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A mídia pode gastar tinta e papel, páginas e páginas de jornais e revistas, as emissoras de rádio e TV dedicarem horas ao noticiário, e a Internet ficar abarrotada de notícias dando conta do contrário, mas o que estamos assistindo de fato na Líbia é a repetição da intervenção, pura e simples, de potências militares em um conflito civil num país soberano a pretexto de defender os direitos humanos.
Os pretextos mudam só nas definições mentirosas, mas são isso - mero pretexto para tomar partido em guerras civis, derrubar adversários para instalar governos amigos e se apoderar da economia ou dos recursos naturais de países, como aconteceu à exaustão na America Latina.
É a repetição do que houve, no passado, de parte dos Estados Unidos, como nos governos Ronald Reagan num pequeno país, Granada, e Lindon Johnson na República Dominicana. Nesta, em 1965, a razão alegada era a defesa da vida de civis norte-americanos e desta intervenção, infelizmente, o Brasil participou até com tropas enviadas, pelo então presidente-marechal Castelo Branco.
Resolução não fala em derrubar Kaddhafi
Na Líbia, agora, a resolução 1973 aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas não falava em derrubar o presidente Muamar Kaddhafi, ou em apoiar os insurgentes e rebeldes, mas em defesa da população civil, indefesa e inocente, agora vítima dos covardes e brutais ataques de aviões da França e da Grã-Bretanha.
O argumento irrefutável era que Kaddhafi com sua aviação ia bombardear Bengazi, uma cidade indefesa e aberta, apresentada como fortaleza dos rebeldes. Mas, agora, a aviação do governo e suas defesas antiaéreas estão destruídas, e a capital líbia, Trípoli, tão aberta e indefesa quanto Bengazi, é castigada diariamente por ataques aéreos sob a coordenação da OTAN.
Daí, o justo protesto do representante da Rússia na ONU e de seu governo, via Ministério das Relações Exteriores, exigindo o estrito cumprimento da resolução da ONU. Mais grave, ainda, é a omissão, cumplicidade e a intervenção militar e política aberta dos EUA e das monarquias ditatoriais do Golfo Pérsico para apoiar governos como os do Bahrein e Iêmen.
Na Líbia, se sobrar país...
Em nome do que? Agora, no Bahrein e no Iêmen, em nome da "luta" contra o terrorismo e a Al Qaeda, da estabilidade da região - e não em nome do que realmente causa as intervenções e invasões, a defesa dos governos amigos e do acesso seguro, barato e fácil ao petróleo.
Na Líbia como aconteceu no Iraque, quando a guerra acabar, se sobrar país e se ela não se desintegrar - como a Somália - empresas norte-americanas dominarão a economia e o petróleo e um governo amigo estará instalado em Trípoli.
Haja hipocrisia e covardia naqueles que apóiam semelhante fraude histórica!
P.S.1 -
ALíbia tinha, em 1970, uma situação pouco pior que a do Brasil (IDH de 0,541, contra 0,551 do brasileiro).
O índice líbio superou o brasileiro anos depois e, em 2008, estava bem à frente: 0,810 (43º no ranking), contra 0,764 (59º no ranking).
Todos os três sub-índices que compõem o IDH são maiores no país africano: renda, longevidade e educação.
No IDH reformulado a diferença se mantém.
A Líbia é a 53ª no ranking (0,755) e o Brasil, 73º (0,699).
A Líbia é o país com melhor IDH da África.
P.S.2 -
Os EUA executaram os mais condenáveis massacres como os da Aldeia de My Lai, em 16/03/1968, no Vietnã, além do aniquilamento na Cidade de Fallujah, em 28/04/2004, no Iraque.
Os EUA praticaram e praticam inomináveis torturas na sua base militar de Guantánamo/Cuba, como fizeram na prisão de Abhu Graib, substituída pela atual prisão de Mutahnna, ambas em Bagdá.
Mutahnna consegue superar a anterior nas extremas crueldades, por ser “secreta” e inacessível a civis.
Os EUA não têm a mínima condição moral para falar em direitos humanos...
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Contra fatos Gilberto não há argumentos.
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