"Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas, mas nenhuma delas é cubana." FIDEL CASTRO

segunda-feira, 30 de março de 2009

O GOLPE MILITAR DE 1964

Laerte Braga

Entender o golpe militar de 1964 é entender boa parte da História do Brasil e penso que o ideal é tomar a "proclamação" da República em 1889, como ponto de partida. Independente da campanha republicana e do juízo de mérito sobre um regime e outro, monarquia ou república, o que Deodoro fez foi dar um golpe de estado. Havia um descontentamento geral dentro das Forças Armadas com o imperador e não uma identificação dos militares com a campanha republicana.

Militares, começa aí o problema, sempre se consideraram à margem do restante dos brasileiros. Um estamento do Estado e das instituições, ou seja, uma espécie de instituição com o poder de juízo final. Apartados do resto do País. À época de Deodoro eram capazes de olhar para dentro, como via de regra o fazem, mas incapazes de perceber, por exemplo, que a Guerra do Paraguai fora um massacre brutal e estúpido financiado pelos ingleses sem heroísmo algum, apenas a clássica boçalidade dos mais fortes contra os mais fracos que, naquele contexto, se opunham aos grandes.

Solano Lopes, como Lugo hoje, sonhou e lutou por um país independente no sentido pleno da palavra.

De lá até 1964 o Brasil viveu de sucessivas rebeliões, ou tentativas de grupos de militares e curiosamente, até que o general Castello Branco fixasse em quatro anos o tempo máximo de permanência numa patente de general (brigada, divisão, exército - contra almirante, vice-almirante, almirante de esquadra - major brigadeiro, tenente brigadeiro, brigadeiro do ar), cada um que alcançasse o posto se transformava numa espécie de general mexicano dono de determinada área, de determinado comando, numa eternização de uma oligarquia que gerou, por exemplo, Góis Monteiro, Eurico Gaspar Dutra, notórios militares de inclinações fascistas e vocações golpistas.

E outros tantos.

Reações é claro que existiram. O próprio Eduardo Gomes no episódio do Forte Copacabana. Ou a Revolução dos Tenentes, a Coluna Prestes, os primeiro momentos da revolução de 1930 (a conquista do voto secreto e do direito de voto pelas mulheres) e em 1964, o confronto entre militares controlados pelos Estados Unidos (os que deram o golpe) e militares brasileiros lato senso, com visão do processo democrático e da necessidade de modernização da sociedade brasileira a partir das reformas de base para usar uma expressão da época.

Se formos nos alongarmos nesses episódios, militares como Cordeiro de Faria, Juarez Távora, participantes da Coluna Prestes, se transformaram em líderes à direita da sociedade e clássicos legalistas como o marechal Lott vieram a ser avalistas da democracia burguesa, mas com visão correta e precisa da realidade histórica e da importância - volto a repetir a expressão da época - das reformas de base. Lott é o grande nome militar brasileiro do compromisso de uma força armada com o seu país. E com a vontade popular.

Quais? Reforma agrária, reforma urbana, democratização das comunicações (Jango assinara pouco antes de cair um decreto autorizando a outorga de concessão de canais de rádio e tevê a sindicatos e organizações populares), a reforma política, fiscal, tributária (que fizesse as elites pagar impostos ao invés de gerar o modelo corrupto de hoje FIESP/DASLU - quadrilha).

Jango sofrera seu primeiro revés quando ministro do Trabalho, Indústria e Comércio do governo Vargas (1951/1954) e um grupo de coronéis afinados com empresários paulistas em sua maioria, se levantou contra o aumento de 100% do salário mínimo. A mentalidade escravagista permanecia presente e hoje se mantém sob formas outras. Nos grandes latifúndios continua como antes de 1888.

Patriotismo acendrado e slogans como "Deus, Pátria e Família" sempre foram os instrumentos dessa canalha ao longo do processo. Na prática 1964 foi um inferno comandado por uma potência outra que desabou sobre os brasileiros e se transformou na noite mais sombria da História em nosso País.

Seqüestros, assassinatos, tortura, estupros, toda a sorte de violência e barbárie em nome de uma democracia que calaram e de interesses que representavam. O mínimo vagido de tentativa de redemocratizar o País terminou quando Costa e Silva - um trêfego que vivia nos quartéis e nas mesas de jogos dos cassinos clandestinos - deu um murro à mesa e decretou que o próximo seria ele.

Castello, um fraco com imagem de forte, sentou em cima, calou-se e figuras vampirescas como Jarbas Passarinho emergiram das sombras e das catacumbas das câmaras de tortura, para dar seqüência ao projeto montado em Washington pelo governo Lyndon Johnson, com o comando do general Vernon Walthers, verdadeiro chefe militar dos golpistas de 1964, uma espécie de comandante oculto dos militares supostamente brasileiros - a bem da justiça exclua-se Ernesto Geisel dessa horda aí - Tinha visão diversa da chamada linha-dura, uma espécie de companhia de "açougueiros - na barbárie que se espalhou por toda a América Latina. Com todo respeito aos açougueiros.

A "doutrina de segurança nacional". Retratada com perfeição no livro do mesmo nome escrito pelo padre Joseph Comblin, expulso do Brasil pela ditadura.

A grande preocupação dos norte-americanos com essa parte do mundo, chamada de América "Latrina", onde despejavam seus dejetos chamados "negócios", era exatamente a ascensão de lideranças populares e o temor do que denominavam "efeito cubano". A influência da revolução de Fidel Castro na conquista da independência de Cuba. A real independência. Não essa que Wall Street espira e aqui precisamos de aspirina para combater febres e coisas mais, na globalização que Milton Santos chamou de "globalitarização".

Moniz Bandeira, em seu livro "o governo João Goulart" narra a briga da Bayer com o governo do Brasil. É que o ácidoacetilsalicílico chinês era mais barato que o alemão. Isso acabou gerando a "aspirina comunista", incompatível com os "ideais democráticos".

O governo Goulart viveu dois momentos distintos. O que se seguiu a posse, sob a égide de um parlamentarismo que Tancredo Neves chamou de "híbrido" - o presidente conservava alguns poderes -. E o presidencialismo, decidido pelos brasileiros num referendo em 1963.

O parlamentarismo foi conseqüência de um acordo para a posse do vice, João Goulart, diante da renúncia de um tresloucado eleito em 1960 Jânio Quadros. A decisão dos militares controlados pelos EUA e escorados no "patriotismo", "o último refúgio dos canalhas - Samuel Johnson - de impedir a posse do vice, a reação de Leonel Brizola - então governador do Rio Grande do Sul que acabou apoiado por parte dos militares e ampla maioria popular - e o acordo costurado por Tancredo na iminência de um confronto entre golpistas e legalistas como se dizia à época.

O presidencialismo foi conseqüência natural do hibridrismo do parlamentarismo brasileiro e da própria reação popular a sucessivas crises que se seguiram à saída de Tancredo, em 1962.

Começa aí um processo aberto de luta entre brasileiros e elites com apoio dos militares controlados pelos EUA. É aberta a intervenção norte-americana através do embaixador Lincoln Gordon e a designação do comandante militar dos donos para o Brasil, Vernon Walthers (o general era amigo de Castello e falava português fluentemente, fora o intérprete das tropas brasileiras na IIª Grande Guerra).

Jango forma um governo com figuras como Darcy Ribeiro, Evandro Lins e Silva, Hermes Lima, mesmo contrabalançado por políticos de centro-esquerda, todos, no entanto, afinados com o processo de reformas de base.

Parte para medidas ousadas como o controle da remessa de lucros das empresas estrangeiras para suas matrizes, arquiteta o monopólio estatal do petróleo de uma ponta e outra (o que incluía a distribuição - postos de venda). Abre espaços para o educador Paulo Freire e seu método de alfabetização, estimula a formação de organizações camponesas (Ligas Camponesas), privilegia sindicatos e derruba pelegos históricos na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria - a mais poderosa organização sindical do País - surgindo daí o primeiro embrião de uma central sindical, o CGT - Comando Geral dos Trabalhadores - e a intensa participação de organizações populares como a UNE e a UBES - foi na época de Jango que surgiu o CPC - Centro Popular de Cultura - que criou uma nova linguagem para o próprio teatro brasileiro no trabalho de formação popular. Isso em linhas gerais. E em linhas gerais abria as perspectivas para mudanças profundas na estrutura política e econômica do País, com largos reflexos sociais.

Enfrenta, em 1962, a primeira tentativa de golpe travestida de "legalidade", a aberta ingerência de grandes empresas multinacionais e supostamente nacionais nas eleições quase que gerais (foram eleitos vereadores, prefeitos, deputados estaduais e governadores da maioria dos estados do País - alguns tinham mandato de cinco anos como presidencial -, deputados federais e senadores). Os grupos golpistas criaram o IBAD - INSTITUTO BRASILEIRO DE AÇÃO DEMOCRÁTICA - para financiar a campanha de candidatos à direita - a maioria da antiga UDN - e tal e qual acontece hoje com organizações criminosas como a FIESP/DASLU, despejaram dinheiro em candidatos comprometidos com os negócios.

Em 1962 pela primeira vez na História é eleito deputado federal na legenda do PTB - partido de Jango, fundado por Getúlio - um sargento. O sargento Garcia, na cidade do Rio de Janeiro, então estado da Guanabara.

A vitória de Jango nas eleições de 1962, acima de tudo a derrota contundente de Carlos Lacerda para Leonel Brizola no Rio e a eleição de Miguel Arraes em Pernambuco, a luta popular pelas reformas de base e a disposição de executar a reforma agrária, precipitaram o confronto entre as forças golpistas e as do governo. Uma série de pequenos focos de conflitos acabaram por desembocar no golpe articulado em Washington e comandado por Vernon Walthers.

É um erro acreditar que o general Olímpio Mourão Filho, comandante da IV Região Militar -sediada em Juiz de Fora - MG - tenha saído com suas tropas à revelia dos comandos golpistas. Mourão, que fora o autor do Plano Cohen, mistificação sobre uma revolução comunista que serviu de pretexto para o golpe de Vargas em 1937 - o Estado Novo - aliou-se à linha dura e a ação foi de fato comandada pelos generais Antônio Carlos Muricy e Siseno Sarmento, alinhados com Washington, mas em desacordo com Castello Branco e seu grupo, que incluía os irmãos Geisel.

Castello só foi presidente por imposição dos EUA. Assim que Mourão saiu de Juiz de Fora, Costa e Silva, dentro do planejado, como oficial general mais antigo, foi para o Ministério da Guerra, hoje Secretaria Geral do Exército, ocupando um espaço vago, já que o ministro Jair Dantas se encontrava internado num hospital e o general comandante do I Exército, Âncora de Mores - Rio de Janeiro - era legalista.

De lá para cá só a barbárie, a estupidez e o expurgo de civis e militares brasileiros contrários à ditadura. Perto de dois mil e quinhentos militares entre oficiais superiores, subalternos e sub-oficias e praças foram expulsos.

Os generais de linha dura, dispostos a cair de quatro diante de Washington, mas temerosos das ligações de Castello com o chefe das forças armadas "brasileiras" Vernon Walthers, resolveram largar na frente. Os pretextos? O comício da Central no dia 13 de março. Jango assinara ali o decreto que expropriava refinarias de petróleo e postos e impunha o monopólio total do petróleo. A desapropriação das terras às margens de rodovias, ferrovias, rios e lagos numa extensão de oito quilômetros para a reforma agrária (os maiores proprietários dessas terras eram Ademar de Barros, golpista e corrupto, governador de São Paulo e Moisés Lupion, ex-governador do Paraná - o filho hoje é líder da UDR - União Democrática Ruralista -, organização terrorista do latifúndio brasileiro e subordinada à MONSANTO.

E uma série de outras medidas de cunho nacionalista e popular.

E por fim, o discurso do presidente no clube dos sargentos e sub-oficiais da Marinha onde reafirmou seu compromisso com a luta popular e com a democracia, em 30 de março de 1964. O clima se acirra como conseqüência também da revolta dos marinheiros na semana santa de 64. Vigorava na Marinha, uma das mais reacionárias forças militares do País, boa parte do modelo pré abolição da escravidão.

Jango não quis reagir. Ladário Teles, general legalista que tomara o comando do III Exército no Rio Grande do Sul e Leonel Brizola, ofereceram ao presidente condições para a luta. Preferiu não "derramar sangue".

Os golpistas derramaram o sangue de milhares de brasileiros em câmaras de tortura comandadas por carrascos como Brilhante Ulstra, Torres de Mello, num aparato que resultou numa organização subordinada à CIA - a Operação Condor - usada para eliminar lideranças populares de toda a América Latina.

Construíram um país de fantasia, entregaram os interesses nacionais em mãos de Washington e de empresas estrangeiras - coordenaram a OBAN (Operação Bandeirantes), constituída com recursos de empresas como a Gásbras, a Mercedes, a GM, apoio da FIESP, voltada para seqüestros, tortura e assassinato de opositores.

1964 foi, em linhas gerais, seria muito longo historiar ou relembrar cada momento, foi isso. A mesma coisa que se vê hoje num contexto de tempo e espaço diferentes.

De um lado a quadrilha FIESP/DASLU associada a tucanos e democratas - FHC, Serra e outros golpistas (no duplo sentido da palavra) -, um governo de um operário com alguns avanços mas ora tímido e ora medroso diante dos golpistas de agora e a necessidade de perceber a falência do modelo que reflete apenas o diagnóstico de um dos militares de maior peso no golpe de 1964.

Golbery do Couto e Silva - "há momentos de sístole e momentos de diástole" - Ou seja, de abertura e de fechamento. Vale dizer, modelo é sempre o mesmo. Abrir ou fechar é questão de momento, de conveniência dos donos.

Vale relembrar que o pai de um dos maiores criminosos do País, Antônio Ermírio de Moares, foi eleito senador em 1962 pelo antigo PTB, no Estado de Pernambuco, apoiando Miguel Arraes e alinhava-se com um setor de empresários que se intitulava "nacionalista". E, à época, era. José Ermírio de Moraes.

Um fato que considero de suma importância, levando em conta a manchete do jornal O GLOBO, edição de 29 de março, domingo, deste ano, acusando Leonel Brizola e César Maia de receberem propina dos empresários do setor de transportes no estado do Rio é que Brizola, antes do golpe, quando nascia a REDE GLOBO, denunciou a presença de capital estrangeiro no grupo (TIME/LIFE) e o caráter golpista da empresa. E pós anistia, desmontou o esquema fraudulento que tentou impedir sua eleição para o governo do Rio, em 1982, chamado PRO CONSULT. César Maia teve papel importante naquele momento - é um matemático notável e demonstrou a fraude - Brizola foi o único a conseguir direito de resposta até hoje no JORNAL NACIONAL. Cid Moreira, então o William Bonner da época, foi obrigado a ler o documento do governador desmentindo as costumeiras mentiras da quadrilha Marinho.

O detalhe importante é que Carlos Lacerda, em 1964, antes do golpe, também acusou a GLOBO de vínculos com grupos estrangeiros. Mas logo mudou de opinião.

quarta-feira, 25 de março de 2009

CANSADO, DECEPCIONADO, MAS SEM DESISTIR

Cansado, decepcionado, cambaleando mas sem desistir. É assim que me sinto.

O nosso senado e a nossa câmara estão parados desde dezembro de 2008. Nossos senadores e deputados confundem a diplomação com um “cheque em branco”.
Gastam, gastam e desperdiçam.
Em nome da presunção de inocência nada se faz. A não ser investigar.

Não é por demais sintomático que as falcatruas só pipoquem nessas casas?

Para “mostrar serviço”, depois de cinco anos aprovaram uma modificação tipificando o “sequestro relâmpago”, mas a progressão de pena continua existindo indiscriminadamente.

Ou seja, o crime continuará compensando.

Querem também perpetuar a impunidade para ministros, deputados, senadores e governadores, para em nome do preceito constitucional de que todos são iguais perante a lei, deslocarem o foro para instância inferior, onde segundo o presidente do STF levará os processos a serem julgados somente em 2099...!!!

Agora o imortal Sarney diz que a “coisa” caiu no seu colo.
E o Renan caiu no colo dele ou ele caiu no colo de Renan?

Assisti estarrecido um ex-senador e ex-governador, dizer que necessita dos reembolsos(direito de ex-senadores) de despesas médicas (R$ 144.806,72). “A saúde integral é um direito universal. Esteja onde estiver, o cidadão deve ser coberto”, argumenta a anta democrata.
Vai trabalhar vagabundo!


E como ficarão as “verbas indenizatórias”?

Temos mais de duas centenas de processos, todos envolvendo deputados federais, senadores e governadores. Todos pelos mesmos crimes... Que são quase todos de no mínimo peculato!

Serra e Kassab continuam investigando, e “colaborando com as investigações”, sobre o superfaturamento da merenda – de má qualidade. Sem falar nos cadernos com dois Paraguais...!

No senado da república, as horas-extras durante as “férias” e o batalhão de “apadrinhados-diretores” mostram bem o zelo que eles tem pelo dinheiro do contribuinte.

Heráclito Fortes quando fala parece que sempre está de boca cheia, e vive revisando a quantidade de cargos comissionados. Tudo em nome da moralidade administrativa.

FHC entregou um país quase que quebrado, e agora inventa o neologismo de “cupinização” da máquina estatal.

Vamos abrir os olhos porque eles continuam de olho na PETROBRAS, no BANCO DO BRASIL e na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, dentre tantas outras lucrativas instituições de propriedade do povo brasileiro.

E no dia 1º de abril completaremos 45 anos da bendita redentora, para alguns “ditabranda”...

terça-feira, 24 de março de 2009

O CINISMO E A FALTA DE VERGONHA AO ALCANCE DE TODOS - MATE DOIS COM UM TIRO

Laerte Braga

Por maior que seja o poder da mídia no processo de alienação há um componente de cinismo ora explícito, ora disfarçado no cidadão comum que se extasia com toda essa parafernália tecnológica de nada - existe aquela que é de tudo e no caso não é parafernália -. Quando se reclamava da má qualidade dos programas de televisão, isso na década de 60, Sérgio Porto dizia que era simples - "basta apertar o botão de desligar".

O cidadão que vai até o candidato, época de eleição, pede um saco de cimento, uma quantidade xis de tijolos, etc, sabe que está tirando proveito de uma situação - o período eleitoral - e conta com aquilo para um puxadinho, ou o que seja. Um emprego para o filho ou a filha.

Isso por baixo, no mais simples, no mais corriqueiro, comum, deixando de lado as grandes trapaças entre grandes coronéis da política e eleitores que se submetem em função de interesses pessoais ou de grupos, sem qualquer preocupação com a coisa pública, o futuro, o que seja, até pelo contrário, exibindo aquele ar triunfal de quem chegou, conseguiu. Todos os eleitores de Edmar Moreira sabiam do tal castelo, mas todos se sentiam parte do dito cujo, nem que se lhes coubesse, como se lhes cabe, o papel de servos, os que vivem ao redor em torno das migalhas.

João Ubaldo Ribeiro andou escrevendo sobre isso quando tratou do tema corrupção. É difícil exigir que um bandido montado em bilhões, caso de Daniel Dantas, fique preso, se o distinto aqui embaixo tenta subornar o guarda porque a data da carteira de habilitação está vencida. Ou passa por baixo dos panos uns quinhentos para o Pastinha sossegar uns dias e só voltar na semana que vem e ignorar a sonegação.

Uma cultura cínica que o feio é perder e vale tudo para chegar lá. Não importa o que, vale tudo. O BBB é o exemplo mais claro disso e agora o concurso que escolhe as garotas que vão ao programa dito humorístico Casseta e Planeta. Segundo o portal GLOBO elas "fazem de tudo para conseguir chegar ao Casseta".

Em Israel jovens andam pelas ruas com camisetas conclamando a matar uma palestina grávida por dia, pois assim, com um só tiro, estarão sendo mortos dois "inimigos". Só comprova que na questão do holocausto, uma realidade, ele só aconteceu porque Hitler venceu. Fosse o contrário, como agora na Palestina, haveria como existe o mesmo holocausto e a mesma barbárie, com os mesmos métodos, porque sionistas e nazistas são iguais.

O grande triunfo do modelo político e econômico foi o de fazer o cidadão acreditar nos tais quinze minutos de glória e sucesso previstos por Andy Wahrol. A ditadura da imagem, do sucesso, o fetiche do consumo desvairado, nem que seja necessário andar pela rua como se fosse uma vitrine de cores e berloques, mas dentro dos padrões determinados pelo sucesso.

O cidadão, por exemplo, que vai ao Rio contrata uma dançarina de determinado programa de televisão a tempo certo e altos salários e leva para sua cidade, distribui fotos aos colunistas sociais - fotos de book - e proclama que estão vivendo um "tórrido amor".

Somem os parâmetros de normal e anormal, de real e irreal. Misturam-se. A expressão felicidade ganha a dimensão de hoje e agora o resto depois eu vejo sem perceber o lixo que vai ficando pela estrada e vai ter que ser catado, até porque o modelo é impiedoso e vai exigir a limpeza. Há uma data de validade para esse tipo de gente.

E nesse caso nem personal trainner dá jeito. Esse é só um adereço para eventuais casos românticos, nada mais que isso.

Importante é que quando o pastor gritar que as casas no céu estão à venda o distinto ou a distinta mexa no bolso e doe o que pode e não pode, mas saia absolvido e com garantias da moradia futura. E de um futuro que ninguém pensa, daqueles que a gente acha que só acontece com o outro. Que o digam os bancos norte-americanos que financiaram imobiliárias.

Aí, um fascista com passado pela juventude hitlerista, vai a África, falo de Bento XVI, diz um monte de asneiras a milhões de pessoas sofridas e marcadas historicamente pela escravidão, pela fome, pela miséria, doenças, pelas ditaduras, vender a idéia da modernidade nesse monte de máquinas que os bancos usam para dispensar bancários e transformar o mundo em agências bancárias onde você enfrenta filas que nos cartazes não deveriam existir, mas existem e como existem. É compreensível que os franceses, boa parte dos católicos naquele país, queiram a renúncia do papa. Não é um papa, é um homem de negócios a serviço dos mais sórdidos interesses do capitalismo.

Só um Edir, falo do Macedo - gosto de explicar para que não haja confusão com o quinhentinho - com paramentos e mais história, nada além disso.

Mais pompa.

As hordas de assassinos sionistas de Israel continuam demolindo casas, matando homens, mulheres e crianças - agora com direito a camiseta - tudo com o aval de Barak Obama, representante da vaselina Johnson and Johnson - Lula já provou dela - encantando o mundo como aquele cara que levanta serpente dormindo no fundo do jarro com sua flauta. A flauta de Obama é o parecer ser negro e de origem pobre, enquanto é branco e grudado no sionismo através da senhora Hilary Clinton. O Irã não mordeu a isca, aquele negócio de maçã maravilhosa que bruxa (ao papa aí) oferece a Branca de Neve.

É isso que explica um Berlusconi primeiro-ministro da Itália e isso que explica todo esse aparato para demitir o delegado Protógenes Queiroz dos quadros da Polícia Federal. Pô o cara foi mexer com um banqueiro amigo de FHC que o considera "brilhante" e ainda por cima não levou em conta que a quadrilha tem Gilmar Mendes na presidência da STF DANTAS INCORPORATION LTD.

E é o que explica as pesquisas IBOPE/DATA FOLHA mostrando figuras como José Serra liderando a corrida presidencial. Hélio Costa liderando em Minas. A empresa PSDB (tucano é marca de fantasia) liderando em vários estados inclusive São Paulo e faz com que figuras como José Sarney e Michel Temer presidam as duas casas do Congresso, promovam censura para não desagradar ao capo Gilmar Mendes e aqui embaixo todo mundo se desespere entrando na fila às cinco da manhã para pegar a liquidação das Casas Bahia. Cinco da manhã na véspera.

A reação de povos como os da Venezuela, da Bolívia, do Paraguai (José Serra pagou a ABRIL para fazer um mapa da América do Sul e o Paraguai sumiu), do Equador, da Nicarágua, de El Salvador, o sentimento de respeito que parcelas da população começam a exigir na luta contra o modelo de empresas/quadrilhas, sociedade de espetáculo, de imagem, de fetiches, de fome, miséria, corrupção, tudo isso sinaliza em duas direções. No Brasil o mundo institucional faliu, acabou, está podre, não tem recuperação. Morreu e continua respirando de teimoso de cínico. A segunda, que a saída não está no jogo democrático montado e desenhado pelos donos. Mas na luta popular não importa de que forma.

Do contrário daqui a pouco Lula chama o advogado geral da União e manda convocar Brilhante Ulstra para a ativa novamente e enquadra todo mundo. Ou o próprio Gilmar Mendes faz isso, manda o torturador entrar pela porta dos fundos.

Um cidadão, no antigo estado do Espírito Santa, hoje latifúndio ARACRUZ/VALE/SAMARCO/CST foi escravo durante anos a fio de um desses defensores de Deus, pátria, liberdade e família, mas a dele.

E está tranqüilo tem uma bancada no Congresso para defender os seus interesses. Em último caso é só fazer como o prefeito tucano de Unaí, manda matar os fiscais. Fica do mesmo tamanho, não acontece nada. Mas não mexa com Daniel Dantas. Dá galho.

No meio disso tudo Lula, cada vez mais banana, sem perceber a dimensão de sua responsabilidade o real significado do desastre sem volta que seria a eleição de Serra para a presidência. Ou que será. Ele e o seu PTSDB.

Ou acorda ou vai virar a Bela Adormecida nessa história.

A camiseta que soldados e jovens terroristas de Israel vestem conclama o cidadão a matar mulheres grávidas. Deve ser indicação do "deus" do povo eleito, o que mora em Wall Street.

quinta-feira, 19 de março de 2009

SENTIMENTOS IRMÃOS E INIMIGOS

Dizem que amor e ódio andam de mãos dadas. São sentimentos irmãos, irmãos e inimigos.
Mas, será que é realmente possível transformar o amor em ódio?
Se você respondeu sim é hora de rever seus conceitos.

Por expressar uma variedade de formas de afeto que diferem em nível e intensidade, este sentimento costuma receber milhares de rótulos: amizade, carinho, ternura, companheirismo, entre outros.

Porém, na realidade, o que costumamos constatar é que nem sempre a expressão do amor dá-se por vias saudáveis.
Um exemplo disto pode ser visto em certos tipos de relações conjugais, onde encontramos o exercício da "posse" mascarado sob a roupagem do "amor".
Aqui, diante das dificuldades de convivência, os casais comportam-se como verdadeiros inimigos transformando suas juras de amor em desavenças dentro do próprio lar ou, em casos extremos, em incansáveis disputas judiciais.

Mas, será que isto realmente pode ocorrer?
Podemos transformar o amor em vingança?
Será que é certo dizer que no amor e na guerra vale tudo?

Diz-se que, enquanto no amor temos a expressão do afeto em sua forma positiva, no ódio encontramos o total desapreço por aquele que se tornou alvo da nossa ira.

Desta forma, quando alguém nos diz que hoje odeia aquele que um dia disse amar, podemos afirmar com certeza, que o que ela sentia por esta pessoa era tudo, menos amor. Isto porque o amor é um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem.
Aqui o meu foco está voltado para o exterior, para o lado altruísta da relação e baseado na vontade que tenho de cuidar dos desejos e interesses alheio, seus no caso.

Como o amor não cobra, não exige, simplesmente flui incondicionalmente, a pessoa que ama verdadeiramente espera que o outro seja feliz, que tenha experiências que lhe propiciem o crescimento, mesmo que isto signifique abrir mão do desejo de estar em companhia da amada.

Para estes indivíduos, a própria felicidade encontra-se atrelada ao bem-estar daqueles que eles escolheram ser o objeto de seu apreço, pois eles bem sabem que é impossível separarmos aquilo que nunca esteve unido de fato e que o amor pode se expressar de outras formas, aquém e além da união física.

Certamente, aqui não quero dizer que não podemos ficar com raiva ou nos sentirmos magoados quando alguém, que julgamos amar, opta por outro caminho.
Porém, se me decepcionei com esta pessoa é por que talvez eu tenha acreditado nela e não em sua essência.
Lembre-se que o tempo é um grande sábio e, como dizem, o melhor remédio para curar nossas feridas e enxergarmos com clareza a realidade que existia e não aquilo que havíamos criado frente as nossas carências internas.

Quando o amor se faz presente em nossos corações, conseguimos nos perdoar e aos outros também, entendendo que as pessoas passam por nossas vidas, para que possamos vivenciar lições úteis ao desenvolvimento de ambos.

Aprendamos, pois, a transformar a posse em amor, a olhar o que de positivo restou, pois sabemos que o que fica de uma relação é o que de verdadeiro existia nela: carinho, amizade, respeito ou, simplesmente compaixão pelo outro.

Mas, se o amor é isto como o ódio surge?

Para responder a esta pergunta, vamos primeiramente tentar entender o que significa odiar.

Podemos descrever o ódio como uma paixão que nos impele a causar ou desejar mal a alguém.
Ora, se ódio é paixão, e esta um sentimento intenso, que sobrepõe nossa lucidez e razão, o que encontraremos aqui é o apego, ou seja, o lado egoísta da relação.

Neste caso, preocupamo-nos muito mais com a satisfação de nossos desejos pessoais, com nossas carências, com o controle do relacionamento afetivo, do que com a nossa capacidade de expressar o amor de forma incondicional.

Várias pessoas costumam acreditar que amam realmente alguém até surgir um obstáculo na relação.
Quando a outra, por ação ou omissão, deixa de satisfazer meus desejos, muda seu padrão de comportamento, faz uma nova escolha, ou seja, começa a se afastar daquele modelo por elas idealizado, o sentimento de intensa frustração instala-se, levando-as a se fixarem no desejo de destruição daquele que julgam ser o grande culpado pela intensa dor emocional que atravessam.

Isto acontece porque costumamos entrar nas relações imaginando que o outro nos completará, satisfazendo nossos desejos e idealizações.
Esquecemos, porém, que não podemos completar aquilo que só a nós compete: o preenchimento de nosso vazio interno. Ou como diria Lennon: “assumir a nossa própria dor”.
Toda relação envolve sentimentos de compreensão, companheirismo, troca, o saber ceder ou esperar.
E, o mais importante, de que as pessoas não são nossos ativos, mas sim nós é que pertencemos ao mundo, tendo liberdade de vivências e escolhas, sejam estas agradáveis ou não para nós ou para o outro.

Sempre digo que, relação é conhecimento, é crescimento e que este pode se dar de inúmeras formas. Muitas vezes, quando nos relacionamos com alguém, costumamos ativar dinâmicas psíquicas não bem resolvidas em ambos, as quais resultam numa interação patológica.
Isto pode ser facilmente observado nas situações onde a perfeição do outro se torna condição sine qua non.
Nestes casos, quando nossas expectativas não são correspondidas, acabamos por gerar sentimentos de hostilidade que se transformam num jogo de culpas, cobranças e no nosso auto-aniquilamento.

Esquecemo-nos, porém, que enquanto nos "pré-ocupamos" em nos punir ou levar o outro à tortura, deixamos de viver novas experiências, de fazer novas escolhas, de aprender com o suposto erro, de nos respeitarmos enquanto seres merecedores de amor e compreensão e de encontrar o nosso verdadeiro caminho.

Cumpre-nos lembrar aqui também, que a dinâmica amor e ódio pode ser encontrada naqueles indivíduos que cultivam, entre outros, sentimentos de ciúmes.

Isto porque o ciumento não consegue desenvolver o amor autêntico por confundir todas as relações com uma necessidade pessoal, isolada. Em outras palavras, estas pessoas não conseguem amar, mas sim precisam de um sentimento que são amadas, o que justifica que suas perdas sejam revestidas de uma posterior substituição. É diante da ameaça da perda que elas transformam sua paixão em ódio, sentimento este que reflete a baixa auto-estima e insegurança que as assolam.

Finalizando, lembre-se de que um verdadeiro encontro de almas só ocorre quando existe o real desapego e isto só é possível quando aprendemos primeiramente a nos amar, a nos respeitar e a nos valorizar, através do nosso auto-conhecimento, ou seja, do contato com a nossa essência.

Em matéria de amor é importante ressaltar que as pessoas ficam juntas, não por necessitarem umas das outras, mas sim pela satisfação que sentem em compartilhar um mesmo sentimento, um mesmo ideal.

O amor não precisa de condições, ele basta por si só. Sendo assim, se apenas podemos refletir no mundo aquilo que temos dentro de nossa alma, que este algo seja o exercício do AMOR INCONDICIONAL, pois através dele o ódio nunca encontrará espaço para se manifestar.

19/03/2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

VEJAM QUEM É JARBAS VASCONCELOS

O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães Neto) - Concedo a palavra ao ilustre Deputado Silvio Costa, primeiro orador inscrito do Grande Expediente.

O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PMN-PE. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gostaria de começar perguntando que País é esse, onde o maior partido da República é agredido por um de seus membros e dá o silêncio como resposta.

Eu pergunto que PMDB é esse, em que a maioria de seus líderes foi agredida na sua honra e faz de conta que nada está acontecendo, que está tudo bem.
Eu quero perguntar que PMDB é esse que tem 90% de seu quadro acusado de corrupção e, no lugar de dar uma resposta ao Brasil, de ter vergonha na cara e de se dar ao respeito, agora propõe a criação de uma CPI para investigar os fundos de pensão, deixando muito claro para a opinião pública que o PMDB só quer esta CPI, porque não conseguiu os cargos no Fundo Real Grandeza, que era o que queria.
É preciso que esse partido tenha vergonha na cara. Esse comportamento medroso, covarde, acuado do PMDB está levando todos nós para a vala comum. Todos nós! Mas a mim, o PMDB não vai levar!
Eu não tenho pretensão e nem quero ser paladino da ética.

Como cidadão brasileiro, como Deputado Federal, como pai de 4 filhos, como professor, eu não poderia contribuir com o meu silêncio, para que um homem que não tem legitimidade ética nem moral política pose de paladino da ética e da moralidade neste País.

Quero dizer ao Brasil que não tenho nada, do ponto de vista pessoal, contra o Senador Jarbas Vasconcelos; absolutamente nada. Mas fui Vereador do Recife quando Jarbas era Prefeito; fui Deputado Estadual, quando Jarbas era Governador.

Conheço um pouco do currículo de Jarbas Vasconcelos. Sei que ele quer ser a Flor do Lodo mas, na política, ele não é flor que se cheire.

O Jarbas Vasconcelos precisou explicar algumas coisas ao Brasil. E para que, amanhã, parte da imprensa venha a esta Casa divulgar que estou a serviço do PMDB, de “a”, “b” ou “c”, quero comunicar que estou a serviço da minha alma, do meu coração, da minha cidadania, da minha indignação.

Quero contribuir, com este meu pronunciamento, para que não surja mais um farsante no Brasil.

Sras. e Srs. Deputados, vamos aos fatos e aos documentos. Repito. Vamos aos fatos e aos documentos.

O Senador Jarbas Vasconcelos afirmou que o Bolsa Família era o maior programa oficial de compra de votos do mundo. Ele deveria ter vergonha de falar isso porque, na verdade, ele é membro e participa do maior programa de apropriação de recursos públicos, de dinheiro público do Brasil.

O programa que Jarbas Vasconcelos participa é o “Bolsa Marajá”, o “Bolsa Estado”.

Os senhores sabem que o bravo Deputado do PMDB, Ulysses Guimarães, aprovou aqui, em 1988, a Constituição Cidadã. E ela diz, em seu art. 37, Inciso II, que emprego público, só por concurso. Pois bem, de forma esdrúxula — e está aqui o documento, porque eu não sou leviano.

Eu acuso e mostro as provas — o Senador Jarbas, no dia 23 de julho de 1992 — portanto, 4 anos após a Constituição dizer que emprego público, só por concurso — ele foi nomeado Procurador da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

E pasmem, brasileiros! Pasmem, jovens do Brasil! Um ano depois ele pediu — um ano depois — para se aposentar, no dia 14 de julho de 1993. Está aqui o documento que eu vou entregar à imprensa.

Pois bem. O último salário do marajá — e lá em Pernambuco já estão começando a chamá-lo de Marajarbas — o último salário do marajá, agora em janeiro de 2009, foi de 17.364 reais. Eu não mostro o seu contracheque porque quem vai mostrá-lo é ele, porque esse dinheiro é depositado em conta bancária.

Eu quero saber qual é a moral que um parasita do poder, um homem que vive há 40 anos do dinheiro público, qual é a ética qu7e ele tem para criticar o Bolsa-Família.

Meus filhos, minha mulher, os meus amigos mais próximos reiteradas vezes pediram para que eu não fizesse esse pronunciamento. Quero pedir desculpas aos meus filhos, à minha mulher, aos meus amigos mais próximos. Espero que eles me compreendam. Eu os compreendo, mas eu preciso que eles me compreendam. Foi ao ar uma reportagem domingo no Fantástico em que vi crianças do Brasil que recebem o Bolsa Família passando fome. Infelizmente neste Brasil há mais de 30 milhões de crianças que precisam daqueles míseros 80 reais do Bolsa Família. Crianças que não tiveram o privilégio de ter um pai marajá. Que não tiveram o privilégio de ter um pai que fez um cambalacho, porque isso aqui é um cambalacho, para se tornar um marajá do poder público. Mais que isso, queria pedir à imprensa do Brasil: procurem o Senador. Peçam quantos pareceres ele deu em Pernambuco como Procurador da Assembléia. Foi uma sinecura que ele arranjou.
Quem tem sinecura, quem não tem amor ao dinheiro público não pode falar mal do Bolsa Família. Muito bem. Mas vamos aos fatos e aos documentos.

O Senador Jarbas disse que a corrupção no PMDB começou em 1994. Vou ajudar o Senador.

O Senador cometeu um lapso de memória. A corrupção no PMDB não começou em 1994, não. Começou em 1993. E foi com ele. Foi lá em Pernambuco que começou a corrupção do PMDB em 1993. Foi a primeira CPI de caixa dois no Brasil, foi lá em Pernambuco.

Pernambuco sabe, mas o Brasil não sabe. Eu não sou leviano e vou mostrar os documentos.

Olhem, vou mostrar os jornais e depois os documentos.

São manchetes dos jornais de Pernambuco da época: “Ex-tesoureira confirma caixa dois e as propinas”, “Denúncia envolve político com caixa dois de construtora”, “CPIs vão apurar denúncia do escândalo no caixa dois”, “Fátima não se reconcilia com Jarbas”.
A história, Srs. Deputados, é que a tesoureira de uma construtora denunciou Jarbas. Disse que ele tinha recebido propina. Na linguagem do povo, tinha recebido “toco”. E ela provou.

Essa denúncia deu uma CPI na Câmara de Vereadores — eu era Vereador —, mas todos já sabem como terminou essa CPI. Ele tinha maioria absoluta. Eu tenho certeza que se essa CPI tivesse acontecido na Câmara ou no Senado, se ele fosse Deputado Federal ou Senador, ele teria sido cassado.

Vou mostrar aqui o documento. Ele acusa Lula, acusa Dilma Rousseff, acusa todo o mundo de corrupto. Só ele é ético no Brasil. Aqui ninguém presta. Na linguagem dele, pelo menos 90% não presta. Eu vou provar agora que ele não está entre os 10 não, mas entre os 90, e desde 93.

Eu grifei, num documento da construtora que estava na CPI, o nome J.Vaz. Eu quero perguntar se J.Vaz é Lula ou é Dilma Rousseff? Se analisarmos etimologicamente J.Vaz, o que é isso? Mas há outros documentos com J.Vaz e um outro com J.B.Vaz. Será que J.B.Vaz é Obama? Se esses documentos tivessem chegado aqui, se a CPI fosse aqui, ele teria sido cassado. Mas foi lá em Pernambuco.

Eu não tenho nada de pessoal contra o Senador. Eu estou na política. Ele botou lá um povo dele — eu não quero nem citar nomes — para me agredir no campo pessoal. Eu só quero que o paladino da ética, o timoneiro da moralidade, o homem que vai abrir o caixa da ética do Brasil responda isso.

Mas eu não vim aqui só para isso. Vim fazer propostas. Primeira: houve uma época neste País em que tivemos 20 anos de ditadura, mas a força da imprensa e da opinião pública conseguiram a abertura. Quero até dizer que Senador naquela época era da Oposição consentida.

Na minha ótica, na ditadura, existia a Oposição consentida e a Oposição real, a verdadeira. A Oposição verdadeira foi aquela torturada nos porões da ditadura, como a Ministra Dilma Rousseff, uma mulher que foi torturada na ditadura. Essa era a Oposição verdadeira, mas ele fez parte da Oposição consentida.

Mas eu não vou ser leviano. Acho que ele contribuiu com a democracia no Brasil. Contribuiu sim.

Agora eu quero propor aqui a todos nós: vamos fazer no Brasil uma operação mãos limpas. Proponho que instalemos agora a CPI de 20 anos de corrupção no Brasil. Corrupção no Poder Judiciário, corrupção nas Prefeituras e em todo canto. Proponho a criação de um disque-denúncia. Cada denúncia que chegar, a CPI irá apurá-la. Queria ter o prazer de ver o Senador explicar ao Brasil a história desse caixa-dois, dessa propina que recebeu.

Meus amigos, Deputados, o Senador Jarbas Vasconcelos é useiro e vezeiro em agredir as pessoas. Tenho aqui uma fita que comprova isso. Ele destruiu a carreira política, atingiu de um bravo Deputado de Pernambuco, Deputado Sérgio Murilo. Desculpe-me Dr. Sérgio, sei que V.Exa. não tem condições de saúde para me ouvir, mas falo em homenagem ao senhor. O Senador Jarbas Vasconcelos destruiu, Deputado Ciro Gomes, a carreira política do bravo combatente da ditadura Sérgio Murilo.

O Senador é useiro e vezeiro, repito, em atacar a honra das pessoas. Mas ele é frouxo, porque se tivesse coragem, na entrevista à Veja, deveria ter dito: os corruptos são esses e a corrupção é essa.

Lamento nesta hora não ser do PMDB, porque se eu fosse do PMDB, e peço a algum ético do PMDB que faça isso pelo Brasil, entre no Conselho de Ética e peçam a Jarbas para dizer, para prestar um favor ao Brasil, dizer quais são os corruptos.

Queria propor uma coisa aqui. Existe, além da CPI da Corrupção de 20 anos, se ele topar, existe o Conselho de Ética na Câmara dos Deputados, existe o Conselho de Ética do Senado Federal, mas não existe a CPMI Mista. Quero propor um Conselho de Ética Misto do Congresso Nacional, composto por 21 Parlamentares: 14 Deputados e 7 Senadores. Por que quero propor a criação desse Conselho? Porque às vezes um Senador diz alguma coisa, agride todo mundo aqui e não podemos fazer nada; às vezes um Deputado diz uma coisa, agride o Senado e não podemos fazer nada. Se tivesse um Conselho de Ética teríamos instrumento.

Não quero mostrar o conteúdo desta fita, porque não quero agredir homens de bem de Pernambuco — de bem, não estou falando homens de bens, de bem — que foi agredido por ele frontalmente. Hoje é aliado do Senador, forma vergonhosa. Mas é só para provar o quanto ele é oportunista.

Agora, meus amigos, não tive tempo de procurar nos Diários Oficiais de Pernambuco, mas proponho à imprensa do Brasil que procure agora, de forma demagoga, para surfar na onda da ética, para posar do paladino de tudo no Brasil. Ele inventou um projeto. Qual é o projeto do Senador?

O projeto do Senador é o seguinte: quem tem mandato eletivo, não pode ocupar cargo público. Ele diz que com esse projeto quer valorizar os funcionários.

A minha pergunta é a seguinte. Ele foi Governador durante 8 anos. Por que é que ele não valorizou os funcionários lá? Durante 8 anos, e não quero citar os nomes. Aqui tem 5 Deputados Federais que foram secretários de Jarbas. Ele foi o Governador campeão em Assessoria especial lá em Pernambuco. Quase todos os ex-parlamentares de Pernambuco eram assessor especial dele. Ele agora vem com esse discurso pousando para a ética.

Qual é o Jarbas que o Brasil tem que acreditar? É o Jarbas que está com essa demagogia toda, ou é o Jarbas Governador?

Eu repito ao Brasil que eu não tenho nada de pessoal contra o Senador. Mas neste País, já surgiram, com ajuda de parte da mídia, com a ajuda da opinião pública, às vezes informada, alguns farsantes.

Eu, como cidadão, quero ajudar o Brasil, tentar evitar que surja mais um farsante. Aliás, hoje à noite tem uma reunião do grupo dos éticos. Quero comunicar que se for convidado eu vou.

Eu não sou paladino da ética.

Agora, basta de fazer proselitismo na política. Basta de demagogia, basta de desrespeitar a inteligência do povo brasileiro.

O Senador Jarbas tem que entender que o Brasil precisa efetivamente ser passado a limpo. Mas para que o Brasil seja passado a limpo, é preciso homens que tenham uma ficha limpa, que tenham uma vida limpa. Ele não tem uma vida limpa. Repito, ele não tem uma vida limpa.

Para concluir, Sr. Presidente,...

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - O Presidente Antonio Carlos Magalhães Neto disse que V.Exa. dispõe do tempo de 20 minutos. Se V.Exa. precisar dos outros 5 minutos para completar os 25 minutos, podemos concedê-los.

O SR. SILVIO COSTA - Preciso.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Portanto, determino 5 minutos a mais para V.Exa.

O SR. SILVIO COSTA - Para concluir, Deputado Luiz Sérgio, gostaria de me apresentar ao Brasil. Andam dizendo aí que estou a serviço do PMDB. Repito, se eu estiver a serviço de alguém, é a serviço das 30 milhões de crianças do Bolsa Família, programa aliás que querem acabar, que precisam, infelizmente, de 80 reais por mês para viver.

Aproveito para me apresentar ao Brasil: sou filho de trabalhador rural. Meu pai foi cortador de cana. Deus me deu o privilégio de ser Vereador de Recife, Deputado Estadual e, hoje, Deputado Federal. Houve uma época em que fui representante legal das minhas escolas. Hoje não sou mais. Por quê? Sou um homem prevenido e faço política sem medo. O art. 54 da Constituição diz que, “quando se tem um mandato, o Parlamentar não pode ter empresa concessionária de serviço público”, e escola é concessão de serviço público. Tive esse cuidado.

Quando eu era representante legal, tive alguns problemas de causa trabalhista no INSS, como muitos empresários neste País. No entanto, não tenho processo no Ministério Público, em nenhum Tribunal de Contas, no TCU nem no Supremo Tribunal Federal.

Ele colocou a turma dele para agredir lá, que eu tenho causa trabalhista, que eu tenho dentro do INSS. É verdade, tenho e não nego. A imprensa pode ir atrás da minha vida. Repito que não quero ser paladino da ética. Tenho horror a paladino da ética. Todo paladino da ética desta Casa... foram atrás e havia um rombo na vida dele. Esse Jarbas é apenas mais um.

Eu quero concluir, dizendo aos meus filhos, dizendo à minha mulher, à minha família, aos meus amigos mais próximos. Se eu não fizesse esse pronunciamento, se eu não ajudasse a desmascarar um pouco esse farsante, eu não dormia em paz. Agora, ele sabe, eu tenho umas coisas, eu quero ver como é que ele vem. Vamos fazer uma novela. Eu proponho uma novela da ética por capítulo. Eu tenho mais de 20 itens com documentos para ele explicar. Vamos criar a CPI da Corrupção há 20 anos?

Então, Senador Jarbas, não tenha raiva de mim. Eu não tenho nada do ponto de vista pessoal contra V.Exa., mas eu quero dizer a V.Exa. que eu estou com V.Exa. na política. Eu estou, Senador, com V.Exa., dando oportunidade de V.Exa. explicar ao povo do Brasil por que há essa sinecura em Pernambuco, uma aposentadoria de 17 mil. Eu fiz um cálculo, de 1992 psra cá, Deputado Praciano, ele já recebeu 50 mil bolsas-família. E eu desejo vida longa ao Senador Jarbas.

Se o Senador Jarbas viver mais 30 anos, ele vai receber, ao longo de 30 anos, 250 mil bolsas-famílias. E o interessante, ele vai receber 250 mil bolsas-família para uma família só, a família dele.

Como este homem, um parasita do Poder, pode ter moral e ética para criticar a imoralidade que reina neste País?

Era o que tinha a dizer.

Por favor, desculpe, esqueci de algo fundamental.

Falei da CPI. O povo que o defende aqui vai dizer que ele saiu inocentado na CPI. Está aqui o livro. Olhem o resultado da CPI de Pernambuco. O resultado da CPI de Pernambuco, a CPI do Caixa 2, é um livro chamado “A única vítima”, escrito pela moça que denunciou a corrupção. Não estou fazendo nenhuma denúncia. Infelizmente neste País a corrupção prescreve, mas a história não prescreve.

Muito obrigado.

SILVIO COSTA - Deputado Federal

quarta-feira, 4 de março de 2009

O ETERNO JOGO DO "FAZ DE CONTA"


Laerte Braga

Al Capone em diversas oportunidades recebeu senhoras da liga pela moral e pelos bons costumes em busca de doações. Nos jornais de Chicago, a chamada grande mídia, não era comum encontrar criticas a ação do gangster. Pelo contrário. As cestas de Natal que distribuía e a quantidade de perus assados no dia de Ação de Graças, essa veia caridosa, era louvada em prosa e verso pelos jornalistas e radialistas de Chicago.

Capone fez doações, no processo em que foi condenado os documentos estavam lá, para o Exército da Salvação Nacional. Aquele monte de chatos que fica tocando trombone nas esquinas e pedindo doações em nome da defesa da temperança. Nem sei se essa palavra existe mais, deve existir. A temperança não, essa foi para o espaço.

barak obama apareceu dia desses num jogo do washington com uma garrafa de cerveja à mão. Fez questão de deixar visível a marca. george bush bebeu, bebe, tanto que nos Jogos Olímpicos de Pequim andou passando a mão em algumas atletas do vôlei de praia do seu país. E nem vou falar de boris yeltsin.

A bem da verdade temperança nos moldes defendidos pelo Exército da Salvação Nacional é mais ou menos, mais na verdade, que nem essa horda de "pastores" vendendo casas no céu a preços módicos (muitos nem tanto) e depositando tudo no banco terrestre/celestial do edir, o macedo.

E nisso tudo tinha um agravante. A cerveja e o uísque "fabricados" por Capone no Canadá - período da lei seca - não passavam por critérios de qualidade, esse trem que nomearam iso qualquer coisa, pois a concorrência Capone mandava metralhar. Nessa ótica etanol virava puro malte escocês, escorrido das Highlands.

jarbas vasconcelos absorveu esse modus operandi, como de resto a maior parte dos respeitáveis senhores vendidos pela mídia de Chicago, quer dizer, Rio, São Paulo, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, etc, etc, como benfeitores e freqüentadores de reuniões sociais do esquema fiesp/daslu/psdb/dem.

Propôs a criação de uma liga de combate à corrupção no Brasil. roseana sarney, tudo indica, começou ganhando a ação de reintegração de posse da fazenda Maranhão, momentaneamente ocupada por jackson lago.

Falta pedro simon a vestal número um do país vir a público dizer que falta vergonha e o escambau aqui e a ali, sem olhar para o período em que foi governador do Rio Grande do Sul, onde algumas significativas carretas do líquido precioso de Capone escorriam por entre "negócios" do palácio. Hoje ocupado por yeda crusius e a todo vapor em grande feitos e realizações em benefício próprio.

E quem acha que os métodos de Capone foram deixados de lado, semana passada uma testemunha chave contra a quadrilha tucana do Rio Grande do Sul, a de yeda crusius, morreu nas tais circunstâncias misteriosas em Brasília. Tinha ido buscar ajuda diante das ameaças que sofria. yeda surgiu pelas mãos de itamar franco, o que pensa que foi presidente da República e se encantou a com a beleza - naqueles tempos - da moça. Aí, o caminho mais fácil era nomeá-la ministra e foi o que fez. O marido foi parar numa sinecura para não reclamar muito.

Em São Paulo é desnecessário dizer o controle absoluto que os descendentes de Capone exercem. Desde o governador josé serra, passando pelo prefeito gilberto kassab, terminando tudo em festa no palácio fiesp/daslu/psdb/dem, mas com uísque escocês original e modelitos daslu contrabandeados.

Faz de conta que existe um Estado organizado e voltado para o interesse comum. Que o stf dantas incorporation ltd é só ficção é que gilmar mendes é um bravo defensor da moral, dos bons costumes, da democracia e talvez até da temperança, não em se tratando de álcool, mas temperança em propina. Essa ele não tem nenhuma.

Faz de conta que as instituições funcionam. Que edmar moreira e seu castelo são invenção e que nem os cabelos e nem os bigodes de sarney são produzidos pela tintura tal - ele não revela a marca, ainda não deve ter chegado a um acordo quanto ao michê -, como faz de conta que jarbas vasconcelos vai vestir uma túnica, calçar uma sandália, passar a mão num bastão e sair país afora pregando o combate à corrupção.

Está é atirando na corrupção e passando a sacolinha por baixo dos panos, como sempre fez, para engordar o esquema pessoal, assim que nem roberto freire, outro pernambucano paladino da moral e dos bons costumes, agora conselheiro numa companhia estatal de São Paulo, onde faz proselitismo a favor de josé serra.

Capone é pinto perto dessa gente. Se conhecesse fernando henrique cardoso ia entrar em crise existencial. Perceber-se pulga no mundo do crime. E ia fazer o diabo para contratar o contador dos tucanos e democratas, os que maquiam as contas de tal jeito que até parece que vivem no prejuízo e como abnegados brasileiros se doam ao povo, enquanto vendem o País.

Sem entrar no mérito, quando Juan Perón era presidente da Argentina se dizia que o general usava os dois maiores jornais portenhos da época, o La Democrácia e o La Nación. Pregava a democracia e vendia a nação.

O governador de Minas (mora no Rio e vive nos arredores do mundo em vilegiatura sonhos e delírios) é outro. Inventou o vice, antônio anastasia como candidato a governador, à sua sucessão. O lema do cara é choque de gestão. Um trem que a grosso modo pode ser resumido assim. Acaba com a saúde pública terceirizando tudo com marcus pestana e seus sócios. Acaba com a educação terceirizando tudo e todos os sócios do setor, inclusive andradas. Paga uma nota ao estado de minas, principal jornal do estado para fingir que está fazendo um monte de coisas e se ganhar as prévias tucano/democratas que vai disputar com o governador serra, disputa entre quadrilheiros, vai achar uma sister para ser candidata a vice, já que a senhora rita camata tem que olhar os pimpolhos e o marido gerson está preocupado com a invasão das FARCs-EP e do MST em regiões de Minas e do antigo Espírito Santo, hoje vale/samarco/aracruz/cst.

Faz de conta que o congresso congressa alguma coisa. Que o stf dantas incorporation ltd incorpora alguma coisa que não o que entra pela porta dos fundos de gilmar mendes. Faz de conta que serra é sério, não é só aquela cara de vampiro não. Que fhc é um sábio que libertou o Brasil do atraso.

Faz de conta que ermírio de moraes é empresário e não criminoso. Que os banqueiros brasileiros vão ouvir o apelo do ministro carlos minc e só investir no que for sustentável na Amazônia. Faz de conta que a mídia retrata com rigor os fatos de cada dia. Aqui e alhures, por exemplo, o extermínio de palestinos por Israel (que permanece agora com a demolição das casas de árabes em Jerusalém)

Faz de conta que todos os papéis estão carimbados no lugar certo, com firma reconhecida, que pastinha, coitado, ainda vai conseguir chegar à câmara municipal, quando na verdade cada um representa o seu papel nesse mundo irreal que chamam de real.

E sem faz de conta, mas na dura realidade, essa mesa, vamos chamá-la assim , com os pés comidos por cupim e uma grande desordem em cima, toalha suja, seja jogada fora e outra mesa seja posta onde os brasileiros todos tenhamos assento.

Vale dizer que o legal está podre. E resistir e lutar é questão de sobrevivência.

E cuidado com a cruzada de jarbas vasconcelos. Cada centavo doado vai acabar na suíça, amontoado de bancos que chamam país. Uma parte fica, lógico, para as campanhas tucano/democratas, a de serra então é a principal.

E depois é só arranjar uma crise que buscam o meu, o seu, o nosso.

Às vezes falo que Calígula nomeou Incitatus para o senado romano. Por aqui poderiam entronizar um busto de Capone nas principais instituições

NADA DE NOVO NO FRONT, E NA RETAGUARDA TAMBÉM!

Após 11 dias de descanso não remunerado, longe dos comentários e crônicas do nosso CIDADANIA BRASIL, volto saudoso das inteligentes frases e elaborações de pensamentos, e dos amigos também.

Percebo que ainda repercutem as “verdades” ditas pelo exemplo pernambucano da lisura.
Os demais asseclas SE CALAM.

Se existisse moral não teríamos uma câmara e um senado cheio de “políticos”, com rabo de palha e telhado de vidro, que continuam com aquele singelo rostinho a denotar: “O QUE É QUE EU FIZ?”.
Corroborando isto, assistimos o “retorno” de Edmar Moreira, abraçado e festejado por muitos.

De novo o cavaleiro cruzado da ética falou e não disse nada.
Ao contrário do discurso do Deputado Silvio Costa (PMN-PE), na câmara, que matou a cobra e mostrou o pau.
Por que o senador Jarbas não explicou o caso denunciado pelo deputado Silvio Costa, que apresentou a denúncia municiado com documentos legais?
Por que Jarbas não dá nome aos bois?
Será que é um simples aviso que se ele cair, leva um monte junto?
A velha bandeira de combate ao regime de exceção na década de 70, na qual o Roberto Freire também quer segurar no mastro, não convence mais e tampouco não explica e nem justifica a guinada à direita dos dois.
É um caso clássico que somente George Orwell bem explicou no seu livro “A Revolução dos Bichos”.

A elite continua “comendo” meninas e meninos impúberes, naquilo que já nos acostumamos a chamar de redes de pedofilia.
E nada de cadeia, para variar...

Renan reaparece na cena tal qual a fênix, e nada...

O diretor geral do senado foi afastado e declarou que se tinha que fazer o sacrifício pela maioria, seria o cordeiro oferecido em holocausto.

Escândalo da merenda em sampa, propinas e superfaturamentos do Oiapoque ao Chuí, verbas indenizatórias nos três níveis legislativos, esquadrões da morte nas polícias militar e civil, tudo foi e está sendo investigado, e tudo vai dar em nada.
É tudo encapado pela IMPUNIDADE.

Não é necessária a aprovação de uma reforma política. Basta aprovarem uma lei que proíba que quem tiver processos seja impedido de exercer cargos eletivos. Tal qual no serviço público.