Laerte Braga
Kalanag foi um mágico que se apresentou no Brasil lá pelos idos de 1960. Como, ninguém nunca soube, mas descia do palco até a platéia com uma jarra d’água e mandava o espectador escolher a bebida preferida. Vinho, uísque, cerveja, da tal jarra saia tudo. Se levarmos em conta que os mágicos àquela época dispunham de poucos recursos tecnológicos, aquele negócio de jogos de luzes, máquinas que engolem pessoas, esses aparatos todos dos mágicos de hoje, Kalanag era de fato um prodígio.
Circos ainda ocupam um espaço importante tanto na lembrança dos que assistiram aos velhos grandes circos do passado, como os que hoje têm o privilégio de observar uma arte – falo de tudo o que o circo traz -. Aquela armação de lona sobrevive em muitas cidades do interior do País. Hoje, uma nova roupagem recheada de salamaleques dos tempos atuais, levou o circo para dentro dos ginásios, das grandes áreas de espetáculos e numa certa forma preservou e preserva as características do espetáculo circense.
Águas dançantes apareceram no Rio de Janeiro no final da década de 50 e o show aconteceu no Maracanãzinho como ponto culminante de um dos grandes circos norte-americanos em seguida a trapezistas, palhaços, mágicos, equilibristas, toda a troupe.
Foi uma semana antes da célebre luta entre Archie Moore e o brasileiro Luisão, mas essa é outra história.
A descaracterização da palavra circo, transformada, entre outros sinônimos, em local de pilantragem, de maracutaia aconteceu por conta de se emprestar à pilantragem e às maracutaias o epíteto de um grande circo, com mágicas com dinheiro público, trapaças nos negócios de governo, grandes palhaçadas de políticos, toda essa sorte de ilusionismo do chamado mundo real.
Num tem o palhaço, esse o de verdade, sério, que bate a carteira do parceiro e fica olhando para o alto como se não fosse com ele enquanto o parceiro, desesperado percebe que ficou liso, sem carteira? É por aí, o político tipo Temer, Sarney, bate a carteira do distinto cidadão/ã e fica falando em moralidade, se bobear ainda vai buscar ajudar a achar o culpado, quase sempre o MST.
Os palhaços não têm culpa disso. Eram agentes de diversão da garotada e até de adultos. Nem os mágicos que no máximo serravam uma bela mulher e depois a reconstruíam sem um único dano, sem uma única cicatriz.
O circo de Brasília, por exemplo, não tem nada a ver com o Circo de Moscou. E nem com as lonas remendadas que povoam as cidades do interior brasileiro. Ali, nessas cidades, crianças e adultos ainda são capazes de gargalhadas quando o palhaço tropeça e daquelas interjeições de espanto quando o mágico faz sumir um carro em pleno palco substituindo-o ou por um elenco de mulheres, ou por pássaros coloridos que saem voando dentro dos limites da lona.
E haja pipoca. Muitos conservam a orquestra – bem menor hoje dado aos custos – indispensável ao toque de atenção, de suspense, no prenúncio do salto mortal.
O circo de Brasília tem a batuta de três dos mais espertos “mágicos” da política brasileira. O presidente do Senado, José Sarney. O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer e o presidente do Supremo Tribunal Federal – atual STF DANTAS INCORPORATION LTD – o ministro Gilmar Mendes.
Sarney, proprietário dos estados/fazenda Maranhão e Amapá seja talvez o mais completo exemplo de Zelig da história da política brasileira. Em 1º de abril de 1964, governador do Maranhão, soltou um manifesto na parte da manhã apoiando o governo constitucional de João Goulart e outro à tarde, aderindo ao golpe militar. Virou capacho de confiança dos governos da ditadura. Acabou presidente da República no episódio da construção da candidatura Tancredo Neves e da morte do mineiro, eleito presidente em 1984.
Estendeu seus domínios ao Amapá onde foi eleito senador. Controla com mão de ferro o Maranhão e lembra aqueles ditadores da América Central que imaginavam se perpetuar colocando seus nomes em avenidas, ou de seus pais, seus filhos, seus tios, seus sobrinhos, suas amantes, toda a família no espírito do padre Patrick Payton, o tal da “Marcha com Deus pela Liberdade”. O dinheiro do padre Payton vinha da CIA, o de Sarney vem do bolso do cidadão/ã brasileiro. No Maranhão tudo é Sarney.
Michel Temer saiu da casca de jurista e constitucionalista para virar político, deputado em vários mandatos e uma interpretação para cada caso, não importa que seja diversa da anterior, desde que os interesses dos que representa sejam mantidos.
É ponta de lança de FHC e José Serra no PMDB. O maior partido do País, curiosamente sem cara, sem rosto, um amontoado de queromeu, onde ainda pontificam figuras sérias do porte de Roberto Requião governador do Paraná.
Sarney controla boa parte dos tribunais superiores, muitos dos ministros foram indicados por ele próprio quando presidente da República. Descobriu agora, depois de vários mandatos de senador, que a chamada Câmara Alta – de “altos negócios – tem um número exorbitante de diretores, paga assessores que não trabalham e nem moram em Brasília – caso da filha de FHC – e aquinhoa a todos com horas extras nos estranhos desvãos dos grandes “negócios”, ou grandes “mágicas” do Circo Brasília.
Temer está atolado até a alma nos esquemas de uso indevido de passagens por deputados. É interessante explicar esse negócio de cota de passagens. Cada deputado tem direito a um determinado número de passagens aéreas por mês e num dado tempo, uma passagem para a cidade do Rio de Janeiro. Essas passagens têm como escopo permitir que os ilustres parlamentares tenham transporte para suas bases eleitorais, seus estados de origem e lá possam auscultar o cidadão/ã eleitor.
Isso é mais ou menos como o cara que pula do centésimo andar. Até o qüinquagésimo tudo bem, só um ventinho extra e aquela sensação de velocidade maior, um frio na barriga. Ou seja, até aí, nada demais.
Essas passagens, no entanto, e a passagem para o Rio (com a transferência da capital para Brasília, o espírito da coisa era manter por determinado período as passagens para a antiga capital – Rio -, até que os deputados se ajustassem a Brasília, ou seja, uma cota a ser extinta depois de determinado tempo. Não foi não sofrem nenhum tipo de controle. O deputado pode usá-las a seu bel prazer já que não são nominais ao deputado.
Vai daí que o paladino da moral e dos bons costumes Michel Temer, que vai mandar investigar o uso indevido de passagens, admitiu, como admitiu Fernando Gabeira (misto de tucano com verde), que também cedeu passagens a familiares para viagens de passeio, de lazer.
Querer que o distinto cidadão cá embaixo, a distinta cidadã acredite que as passagens são entregues aos deputados sem limitação de uso, ou limitadas ao seu fim, repito, querer que se acredite que é para facilitar e desburocratizar, é imaginar que o cidadão seja como de fato afirma William Bonner – outro paladino da mentira – idiota perfeito, pronto e acabado e vá imaginar que o carro que estava no centro do palco sumiu de verdade. Não existe mais. Pelo menos até constatar que no próximo espetáculo, na sessão seguinte lá vai estar pronto para sumir outra vez.
As passagens são repassadas a deputados para que usem da forma que bem entenderem e não existe controle algum, porque deliberadamente querem que seja assim, permitindo que o uso dessas passagens, pagas com recursos públicos, cumpram uma função política e familiar.
O excesso de diretores no Senado não é algo que devesse espantar o presidente da Casa, José Sarney, pois quando senador no seu primeiro mandato, sua filha Roseana era assessora de seu gabinete, aliás, desde os tempos em que o pai era deputado e conhece bem a “mecânica” da coisa.
Soa mais ou menos como aquele princípio da lógica. Se azul é azul, azul não é verde. Então é azul. Se são capazes de montar um arcabouço que chamam de representação dos estados da Federação (Senado) e popular (Câmara dos Deputados) dessa maneira, é porque representam tudo menos os estados e muito menos ainda o popular.
São um estamento, parte fora do todo que forma a sociedade civil organizada, o mundo institucional e fazem desse mundo um mundo de privilégios que se estende para além das passagens.
Para interesses de grandes empresas que financiam senadores como Gérson Camata. Pilantra que vem ludibriando os capixabas faz tempo. De latifundiários, de banqueiros, de toda a casta que se convencionou chamar de elite política e econômica e tem sua raiz, sua base, no estado de São Paulo, no complexo FIESP/DASLU. Não é por outra que os índices de aproveitamento da educação básica em São Paulo não atingiram as metas mínimas. Claro. Não estão interessados nisso. O problema é manter o controle dos “negócios” e dar um jeito de enfiar o pilantra do José Serra na presidência da República.
Aí, como são os donos dos “negócios”, controlam a mídia podre, corrupta e venal como FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, GLOBO, ESTADO DE SÃO PAULO, etc. A culpa toda é da ministra Dilma Roussef que tem uma ficha policial dos tempos da resistência à ditadura militar.
A ditadura hoje é desses caras. Só mudou isso. Trabalho escravo tem às pencas no Brasil.
A REDE BANDEIRANTES – televisão – está incitando agricultores a desobedecer a lei que busca proteger os mananciais de água, pois essa lei contraria interesses de grandes grupos econômicos do latifúndio, banqueiros que financiam o latifúndio. E olha que a BANDEIRANTES é uma “redinha”. Se o trapezista cair se esborracha no chão. Mas quer a sua fatia, como quis também e levou à época da ditadura. Se Serra doou milhões para a EDITORA ABRIL, assinando revistas em troca de apoio, porque não dar um pouco para a BANDEIRANTES? São baratos, algo assim com uns três por cento do que pagam a GLOBO. E se chorar fica por menos
O terceiro nessa trindade de pilantras é Gilmar Mendes, presidente do STF DANTAS INCORPORATION LTD. Corrupto de carteirinha, tucano de coração, corpo e alma, ocupa a presidência do que deveria ser a corte suprema do País para transformá-la em instrumento de garantia de todo esse mundo podre e irreal que acaba sendo o real.
Temer, Gabeira, Camata, são como aqueles pistoleiros da máfia que quando erram são executados para não comprometer o todo, o chefe, o chefão, no caso os chefões. Um ou outro pode até sobreviver, caso de Temer. Se cismar de reagir e abrir a boca leva de roldão a lona do circo e promove uma grande confusão e nem é disso. Esperto demais para isso. Sabe que o bom cabrito não berra, vai fazer acordo no escurinho da lona, depois do horário das sessões do circo.
E como a Polícia Federal está trocando os comandos para que Dantas e seus iguais não sejam mais importunados, a turma está respirando mais aliviada.
O circo da pilantragem é no duro mesmo um circo de tragédias e essas tragédias se abatem sobre o povo brasileiro que segundo o imortal João Ubaldo Ribeiro ainda é o culpado de tudo.
Não são como aquelas tragédias que Vicente Celestino cantava em circos do passado.
“Tornei-me um ébrio/na bebida busco esquecer/aquela ingrata que um dia...
Era casado com Ester de Abreu uma das mais belas cantoras da música brasileira. E portuguesa de nascimento. Fiel até o ultimo momento.
Tem nada a ver com Michel Temer, Sarney, Gabeira, Gilmar Mendes, etc, etc.
Ah! Cesare Battisti continua preso. E os pistoleiro de Dantas andaram dando tiros em trabalhadores rurais sem terra no Pará.
Tudo em nome do progresso, da geração de empregos, do Brasil grande.
O deles. Os ingressos para os espetáculos desse circo estão demasiadamente caros é preciso buscar o circo de verdade.
Outra coisa. Esses caras têm mania de quando apertados achar um bode expiatório. O senador Gérson Camata, da bancada Álvaro Dias, sócio de Aécio Neves, quando apertado, diz que as FARCs e o MST estão armando guerrilha no interior de Minas e do Espírito Santo.
Vai ver os guerrilheiros e os sem terra estão viajando com passagens cedidas por deputados e senadores.
E William Bonner, síntese do pilantra na comunicação, está lá para assustar todos os “homer simpson” na hora dos JORNAL NACIONAL. O maior produto vendido pelos donos do Brasil aos incautos que ainda acham que esses circos são reais,. Não têm a ver com Arrelia ou Pimentinha, palhaços de muito caráter e seriedade.
A corrupção é só uma conseqüência do modelo político e econômico. Esse é o fato gerador. Esses são os donos do circo, os FIESP/DASLU. Aquele que o mágico Stak, o chefão da máfia, transforma assinaturas de camelôs paulistas em assinaturas de todos os trabalhadores brasileiros. Isso enquanto os fiscais não chegam para baixar a borduna.
Kalanag foi um mágico que se apresentou no Brasil lá pelos idos de 1960. Como, ninguém nunca soube, mas descia do palco até a platéia com uma jarra d’água e mandava o espectador escolher a bebida preferida. Vinho, uísque, cerveja, da tal jarra saia tudo. Se levarmos em conta que os mágicos àquela época dispunham de poucos recursos tecnológicos, aquele negócio de jogos de luzes, máquinas que engolem pessoas, esses aparatos todos dos mágicos de hoje, Kalanag era de fato um prodígio.
Circos ainda ocupam um espaço importante tanto na lembrança dos que assistiram aos velhos grandes circos do passado, como os que hoje têm o privilégio de observar uma arte – falo de tudo o que o circo traz -. Aquela armação de lona sobrevive em muitas cidades do interior do País. Hoje, uma nova roupagem recheada de salamaleques dos tempos atuais, levou o circo para dentro dos ginásios, das grandes áreas de espetáculos e numa certa forma preservou e preserva as características do espetáculo circense.
Águas dançantes apareceram no Rio de Janeiro no final da década de 50 e o show aconteceu no Maracanãzinho como ponto culminante de um dos grandes circos norte-americanos em seguida a trapezistas, palhaços, mágicos, equilibristas, toda a troupe.
Foi uma semana antes da célebre luta entre Archie Moore e o brasileiro Luisão, mas essa é outra história.
A descaracterização da palavra circo, transformada, entre outros sinônimos, em local de pilantragem, de maracutaia aconteceu por conta de se emprestar à pilantragem e às maracutaias o epíteto de um grande circo, com mágicas com dinheiro público, trapaças nos negócios de governo, grandes palhaçadas de políticos, toda essa sorte de ilusionismo do chamado mundo real.
Num tem o palhaço, esse o de verdade, sério, que bate a carteira do parceiro e fica olhando para o alto como se não fosse com ele enquanto o parceiro, desesperado percebe que ficou liso, sem carteira? É por aí, o político tipo Temer, Sarney, bate a carteira do distinto cidadão/ã e fica falando em moralidade, se bobear ainda vai buscar ajudar a achar o culpado, quase sempre o MST.
Os palhaços não têm culpa disso. Eram agentes de diversão da garotada e até de adultos. Nem os mágicos que no máximo serravam uma bela mulher e depois a reconstruíam sem um único dano, sem uma única cicatriz.
O circo de Brasília, por exemplo, não tem nada a ver com o Circo de Moscou. E nem com as lonas remendadas que povoam as cidades do interior brasileiro. Ali, nessas cidades, crianças e adultos ainda são capazes de gargalhadas quando o palhaço tropeça e daquelas interjeições de espanto quando o mágico faz sumir um carro em pleno palco substituindo-o ou por um elenco de mulheres, ou por pássaros coloridos que saem voando dentro dos limites da lona.
E haja pipoca. Muitos conservam a orquestra – bem menor hoje dado aos custos – indispensável ao toque de atenção, de suspense, no prenúncio do salto mortal.
O circo de Brasília tem a batuta de três dos mais espertos “mágicos” da política brasileira. O presidente do Senado, José Sarney. O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer e o presidente do Supremo Tribunal Federal – atual STF DANTAS INCORPORATION LTD – o ministro Gilmar Mendes.
Sarney, proprietário dos estados/fazenda Maranhão e Amapá seja talvez o mais completo exemplo de Zelig da história da política brasileira. Em 1º de abril de 1964, governador do Maranhão, soltou um manifesto na parte da manhã apoiando o governo constitucional de João Goulart e outro à tarde, aderindo ao golpe militar. Virou capacho de confiança dos governos da ditadura. Acabou presidente da República no episódio da construção da candidatura Tancredo Neves e da morte do mineiro, eleito presidente em 1984.
Estendeu seus domínios ao Amapá onde foi eleito senador. Controla com mão de ferro o Maranhão e lembra aqueles ditadores da América Central que imaginavam se perpetuar colocando seus nomes em avenidas, ou de seus pais, seus filhos, seus tios, seus sobrinhos, suas amantes, toda a família no espírito do padre Patrick Payton, o tal da “Marcha com Deus pela Liberdade”. O dinheiro do padre Payton vinha da CIA, o de Sarney vem do bolso do cidadão/ã brasileiro. No Maranhão tudo é Sarney.
Michel Temer saiu da casca de jurista e constitucionalista para virar político, deputado em vários mandatos e uma interpretação para cada caso, não importa que seja diversa da anterior, desde que os interesses dos que representa sejam mantidos.
É ponta de lança de FHC e José Serra no PMDB. O maior partido do País, curiosamente sem cara, sem rosto, um amontoado de queromeu, onde ainda pontificam figuras sérias do porte de Roberto Requião governador do Paraná.
Sarney controla boa parte dos tribunais superiores, muitos dos ministros foram indicados por ele próprio quando presidente da República. Descobriu agora, depois de vários mandatos de senador, que a chamada Câmara Alta – de “altos negócios – tem um número exorbitante de diretores, paga assessores que não trabalham e nem moram em Brasília – caso da filha de FHC – e aquinhoa a todos com horas extras nos estranhos desvãos dos grandes “negócios”, ou grandes “mágicas” do Circo Brasília.
Temer está atolado até a alma nos esquemas de uso indevido de passagens por deputados. É interessante explicar esse negócio de cota de passagens. Cada deputado tem direito a um determinado número de passagens aéreas por mês e num dado tempo, uma passagem para a cidade do Rio de Janeiro. Essas passagens têm como escopo permitir que os ilustres parlamentares tenham transporte para suas bases eleitorais, seus estados de origem e lá possam auscultar o cidadão/ã eleitor.
Isso é mais ou menos como o cara que pula do centésimo andar. Até o qüinquagésimo tudo bem, só um ventinho extra e aquela sensação de velocidade maior, um frio na barriga. Ou seja, até aí, nada demais.
Essas passagens, no entanto, e a passagem para o Rio (com a transferência da capital para Brasília, o espírito da coisa era manter por determinado período as passagens para a antiga capital – Rio -, até que os deputados se ajustassem a Brasília, ou seja, uma cota a ser extinta depois de determinado tempo. Não foi não sofrem nenhum tipo de controle. O deputado pode usá-las a seu bel prazer já que não são nominais ao deputado.
Vai daí que o paladino da moral e dos bons costumes Michel Temer, que vai mandar investigar o uso indevido de passagens, admitiu, como admitiu Fernando Gabeira (misto de tucano com verde), que também cedeu passagens a familiares para viagens de passeio, de lazer.
Querer que o distinto cidadão cá embaixo, a distinta cidadã acredite que as passagens são entregues aos deputados sem limitação de uso, ou limitadas ao seu fim, repito, querer que se acredite que é para facilitar e desburocratizar, é imaginar que o cidadão seja como de fato afirma William Bonner – outro paladino da mentira – idiota perfeito, pronto e acabado e vá imaginar que o carro que estava no centro do palco sumiu de verdade. Não existe mais. Pelo menos até constatar que no próximo espetáculo, na sessão seguinte lá vai estar pronto para sumir outra vez.
As passagens são repassadas a deputados para que usem da forma que bem entenderem e não existe controle algum, porque deliberadamente querem que seja assim, permitindo que o uso dessas passagens, pagas com recursos públicos, cumpram uma função política e familiar.
O excesso de diretores no Senado não é algo que devesse espantar o presidente da Casa, José Sarney, pois quando senador no seu primeiro mandato, sua filha Roseana era assessora de seu gabinete, aliás, desde os tempos em que o pai era deputado e conhece bem a “mecânica” da coisa.
Soa mais ou menos como aquele princípio da lógica. Se azul é azul, azul não é verde. Então é azul. Se são capazes de montar um arcabouço que chamam de representação dos estados da Federação (Senado) e popular (Câmara dos Deputados) dessa maneira, é porque representam tudo menos os estados e muito menos ainda o popular.
São um estamento, parte fora do todo que forma a sociedade civil organizada, o mundo institucional e fazem desse mundo um mundo de privilégios que se estende para além das passagens.
Para interesses de grandes empresas que financiam senadores como Gérson Camata. Pilantra que vem ludibriando os capixabas faz tempo. De latifundiários, de banqueiros, de toda a casta que se convencionou chamar de elite política e econômica e tem sua raiz, sua base, no estado de São Paulo, no complexo FIESP/DASLU. Não é por outra que os índices de aproveitamento da educação básica em São Paulo não atingiram as metas mínimas. Claro. Não estão interessados nisso. O problema é manter o controle dos “negócios” e dar um jeito de enfiar o pilantra do José Serra na presidência da República.
Aí, como são os donos dos “negócios”, controlam a mídia podre, corrupta e venal como FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, GLOBO, ESTADO DE SÃO PAULO, etc. A culpa toda é da ministra Dilma Roussef que tem uma ficha policial dos tempos da resistência à ditadura militar.
A ditadura hoje é desses caras. Só mudou isso. Trabalho escravo tem às pencas no Brasil.
A REDE BANDEIRANTES – televisão – está incitando agricultores a desobedecer a lei que busca proteger os mananciais de água, pois essa lei contraria interesses de grandes grupos econômicos do latifúndio, banqueiros que financiam o latifúndio. E olha que a BANDEIRANTES é uma “redinha”. Se o trapezista cair se esborracha no chão. Mas quer a sua fatia, como quis também e levou à época da ditadura. Se Serra doou milhões para a EDITORA ABRIL, assinando revistas em troca de apoio, porque não dar um pouco para a BANDEIRANTES? São baratos, algo assim com uns três por cento do que pagam a GLOBO. E se chorar fica por menos
O terceiro nessa trindade de pilantras é Gilmar Mendes, presidente do STF DANTAS INCORPORATION LTD. Corrupto de carteirinha, tucano de coração, corpo e alma, ocupa a presidência do que deveria ser a corte suprema do País para transformá-la em instrumento de garantia de todo esse mundo podre e irreal que acaba sendo o real.
Temer, Gabeira, Camata, são como aqueles pistoleiros da máfia que quando erram são executados para não comprometer o todo, o chefe, o chefão, no caso os chefões. Um ou outro pode até sobreviver, caso de Temer. Se cismar de reagir e abrir a boca leva de roldão a lona do circo e promove uma grande confusão e nem é disso. Esperto demais para isso. Sabe que o bom cabrito não berra, vai fazer acordo no escurinho da lona, depois do horário das sessões do circo.
E como a Polícia Federal está trocando os comandos para que Dantas e seus iguais não sejam mais importunados, a turma está respirando mais aliviada.
O circo da pilantragem é no duro mesmo um circo de tragédias e essas tragédias se abatem sobre o povo brasileiro que segundo o imortal João Ubaldo Ribeiro ainda é o culpado de tudo.
Não são como aquelas tragédias que Vicente Celestino cantava em circos do passado.
“Tornei-me um ébrio/na bebida busco esquecer/aquela ingrata que um dia...
Era casado com Ester de Abreu uma das mais belas cantoras da música brasileira. E portuguesa de nascimento. Fiel até o ultimo momento.
Tem nada a ver com Michel Temer, Sarney, Gabeira, Gilmar Mendes, etc, etc.
Ah! Cesare Battisti continua preso. E os pistoleiro de Dantas andaram dando tiros em trabalhadores rurais sem terra no Pará.
Tudo em nome do progresso, da geração de empregos, do Brasil grande.
O deles. Os ingressos para os espetáculos desse circo estão demasiadamente caros é preciso buscar o circo de verdade.
Outra coisa. Esses caras têm mania de quando apertados achar um bode expiatório. O senador Gérson Camata, da bancada Álvaro Dias, sócio de Aécio Neves, quando apertado, diz que as FARCs e o MST estão armando guerrilha no interior de Minas e do Espírito Santo.
Vai ver os guerrilheiros e os sem terra estão viajando com passagens cedidas por deputados e senadores.
E William Bonner, síntese do pilantra na comunicação, está lá para assustar todos os “homer simpson” na hora dos JORNAL NACIONAL. O maior produto vendido pelos donos do Brasil aos incautos que ainda acham que esses circos são reais,. Não têm a ver com Arrelia ou Pimentinha, palhaços de muito caráter e seriedade.
A corrupção é só uma conseqüência do modelo político e econômico. Esse é o fato gerador. Esses são os donos do circo, os FIESP/DASLU. Aquele que o mágico Stak, o chefão da máfia, transforma assinaturas de camelôs paulistas em assinaturas de todos os trabalhadores brasileiros. Isso enquanto os fiscais não chegam para baixar a borduna.
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