CLIMA, CHEIRO E GOSTO DE IMPUNIDADE

No dia 3 de fevereiro, após a posse na vice-presidência do Senado do Senador Marconi Perilo , foi também empossado na presidência interina da mesa e, ao iniciar sua fala dizendo:

"... como minha primeira decisão ...",

estando os microfones da TV Senado abertos, ouve-se e vê-se o Senador Romero Jucá dizer a outros Senadores que concordam sem demora:

"pode ser aquele aumento para nós ... (ouve-se risos) ... ou uma Mercedes zero para cada um!"
O microfone é fechado e todos continuam a brincar e rir.

Esta foi a fala do "Líder do Governo no Senado"!

Seria engraçado se não fosse trágico.
Seria sem importância se não fosse sério.
Seria apenas uma brincadeira se não fosse no Senado da República.
Sabemos todos que é pensando só nisso que eles lá estão.

A impunidade é tão grande que já falam, sem medo de serem ouvidos e, muito menos, punidos.
Vamos aguardar a proposta de aumento de salário ou de verba de gabinete, que virá.

No dia 5 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma brecha para que réus, mesmo condenados à prisão em segunda instância, continuem em liberdade.

Diga-se também ,alterando a própria jurisprudência.

Por sete votos a quatro, a corte estabeleceu que a pena só deve começar a ser cumprida quando não houver mais qualquer possibilidade de recurso a tribunais superiores, ou seja, quando o processo for julgado em última instância.
Para a maioria dos ministros, a Constituição garante que ninguém será considerado culpado até a condenação definitiva. A decisão do STF também permite que todos os brasileiros presos sem terem sido condenados em última instância recorram à Justiça para ganhar a liberdade.

É no esteio dessas tantas que o carcereiro profissional se acha no direito de assumir a posição de corregedor. Depositário infiel, sonegador rima com corregedor!
Três vivas ao homem do castelo
Enquanto couber recurso será inocente?
O institucional está falido e desmoralizado...