A Atitude Pusilânime de Peluso Uma das preocupações do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi a de só assinar o ato concedendo refúgio a Cesare Battisti depois de cientificar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) ministro César Peluso, de sua decisão.
O parecer da AGU – ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – estava alinhavado há algum tempo e qualquer pessoa próxima a Lula ou qualquer analista político com o mínimo de informações sabia que o presidente iria conceder o status de refugiado ao escritor e jornalista italiano.
Já a preocupação de FHC quando presidente da República foi a de calçar todo o processo neoliberal através de armadilhas legais e cortes judiciais dóceis ao modelo. A indicação de Nelson Jobim para o STF num primeiro momento foi para garantir que juízes independentes (caso da hoje desembargadora Salete Macalóes) não iriam criar entraves ao processo de privatização da VALE e da EMBRAER, empresas estratégicas para a soberania e a integridade do território nacional e todo o percurso de entrega do Brasil ao capital internacional.
Garantir banqueiros no caso do PROER (programa de ajuda a bancos falidos, na prática entrega de bancos brasileiros a bancos estrangeiros). Assegurar que magistrados comprometidos com a lei e não com trapaças fossem amordaçados, enfim, domesticar o Judiciário.
Não foi idéia de FHC, mas determinação de Washington.
Jobim, hoje ministro da Defesa, citado nos documentos do WIKILEAKS como “amigo dos EUA” e sem o menor respeito com seus colegas de Ministério (fez críticas diretas em conversa com o embaixador norte-americano a Samuel Pinheiro Guimarães e Celso Amorim ainda no governo Lula), continua sendo um dos homens chave de todo o processo de ocupação do Brasil (literalmente ocupação), hoje no Executivo, mas com a cumplicidade de ministros como Gilmar Mendes e Cesar Peluso no STF, além de outros no STJ –SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA –.
A indicação do nome de Gilmar Mendes para o STF, no final do governo de FHC, integrava o Ministério, suscitou reações até de aliados e o então senador Antônio Carlos Magalhães advertiu o presidente que seria difícil aprovar o nome no Senado diante das várias denúncias de corrupção contra Gilmar.
Pipocavam na mídia e repercutiu de forma aguda a critica de Dalmo Dallari, jurista de reputação inatacável, publicada em vários jornais.
Dallari, com todas as letras chamou Gilmar de corrupto e considerou sua indicação uma afronta ao Judiciário e aos brasileiros.
Nem FHC e nem Gilmar retrucaram.
Trataram apenas de assegurar os votos no Senado (todos sabemos como se faz para assegurar votos no Senado, ou na Câmara, junto a expressivo número de deputados e senadores. Gente tipo Eduardo Azeredo, por exemplo).
O episódio envolvendo o criminoso Daniel Dantas, ex-integrante do governo FHC, serviu para mostrar a verdadeira face de Gilmar, principalmente, a absoluta falta de vergonha e respeito ao que quer que seja que não os interesses que representa.
Garantir a impunidade dos bandidos do governo FHC e as trapaças feitas à época do ex-presidente no processo de privatizações (aí, o operador foi Jobim, que tomou posse escandalizando o STF ao dizer-se “líder do governo nesta Casa”.
Lula assinou o ato concedendo o status de refugiado a Cesare Battisti depois de ter recebido a informação direta do presidente do STF, César Peluso, que sua decisão seria cumprida, é a lei e o mandado de soltura de Battisti expedido antes de primeiro de janeiro.
E Lula não pediu isso a Peluso, apenas afirmou que iria assinar o decreto sobre o caso e conceder o refúgio.
Peluso fez menção, ele sim, à decisão do STF que dava ao presidente da República a palavra final.
Nesse meio tempo, entre a assinatura, a publicação o ministro César Peluso informou a Gilmar Mendes da decisão presidencial e o gangster de Diamantino determinou ao seu preposto que não soltasse Battisti, esperasse a volta da corte aos trabalhos, pois era preciso anular o ato de Lula, encontrar brechas para extraditar Battisti.
Gilmar Mendes chegou a dizer a Peluso que com Dilma a coisa seria mais fácil, pois a presidente não resistiria a uma pressão muito forte em um caso dessa natureza no início de governo e a mídia estava no bolso (sempre esteve).
Medroso, pusilânime, uma das vergonhas do STF, Peluso disse que não disse, ou não disse, apenas voltou atrás na decisão que havia comunicado ao presidente da República, deixou de cumprir a lei e mostrou que quem manda no STF, pelo menos nele Peluso é Gilmar Mendes.
Gilmar, por sua vez, acionou as autoridades italianas, as principais redes de tevê, rádios, jornais e revistas, para pintar um quadro tenebroso de Cesare Battisti e pôs-se em campo para tentar encontrar a tal brecha que revogue o decreto de Lula, vale dizer, revogue um dispositivo constitucional.
A idéia é criar um conflito entre Judiciário e Executivo, jogar a opinião pública contra Dilma vendendo a idéia que Battisti é um criminoso comum e cair de quatro junto ao governo fascista de Sílvio Berlusconi, justificando o que entrou pela porta dos fundos.
Num período em que boa parte dessa opinião pública vai estar de olhos postos na televisão para saber se um dos integrantes do BBB-11 é de fato transexual ou não, vai ser moleza para os costumeiros agentes norte-americanos tipo os WILLIANS, BONNER e WAACK, vender a idéia que se abrigado no Brasil Cesare vai matar criancinhas e idosos.
É a velha tática dos tempos da guerra fria.
A lei, o julgamento montado e que condenou Cesare sem provas, isso, para esse tipo de gente, é o de menos. Importante é o saldo bancário.
Cair de quatro diante do governo italiano é mais fácil ainda, são geneticamente fascistas.
O cidadão comum brasileiro não faz idéia da dependência de boa parte do Judiciário brasileiro de governos e instituições estrangeiras, no caso o governo dos EUA e o Banco Mundial.
O papel atribuído a magistrados (putz!) sem qualquer escrúpulo é o de ser o indutor do governo aos ditames da nova ordem política e econômica, levar o Brasil a rever políticas de soberania e independência e aceitar o papel de colônia, como aceitaram a Itália, a Grã Bretanha, a Alemanha, a Colômbia e outros mais.
Há uma forte reação a acordos assinados entre o presidente do STJ e o Banco Mundial dentro da magistratura e do quadro de servidores da Justiça.
O acordo foi assinado após uma visita a Washington e New York.
E o presidente do STJ é aquele que deu um chilique e demitiu um estagiário que estava atrás dele na fila do banco, pois queria ficar sozinho. E fez isso aos berros, no melhor estilo discípulo de Berlusconi/Mussolini.
Esse acordo é outra história. Battisti entra aí de gaiato e vítima da sordidez de Gilmar Mendes e da pusilanimidade de César Peluso.
Um jeito de tentar enquadrar o governo Dilma desde o seu início e evitar danos aos que pagam a esse tipo de gente.
Assegurar a impunidade de criminosos como Daniel Dantas e deles próprios.
Setores capitais do Poder Judiciário estão sob o controle de potência e instituição estrangeiras e a mídia privada então nem se fala.
É laranja desses interesses.
Há disputa dentro do próprio Judiciário (magistrados sérios não aceitam quadrilhas tomando conta do pedaço) e o caso Cesare Battisti é apenas um exemplo do que essa gente está disposta a fazer para garantir os “negócios”.
Quando foi procurado para explicar porque não estava cumprindo a lei, o presidente (cúmulo da esculhambação!) do STF no melhor estilo covardia, sumiu. Aproveitou os festejos de fim de ano para desaparecer e ter tempo de decorar os textos enviados por Gilmar Mendes sobre o que pode, deve e como vai falar.
É por aí, muito pior que se imagina o nível dos “negócios”.
Serra, o Noviço Rebelde.
ResponderExcluirNoviço Rebelde = Inexperiente e avesso à Educação.
Serra resolveu boicotar o ENEM (logo após o vazamento da prova do ENEM na gráfica da Folha) e com isso prejudicou o ingresso de muito pobre nordestino e até mesmo paulista, nas universidades de São Paulo.
O que aconteceu????
Os candidatos migraram para outras Universidades... As Federais!!!!!
O intuito do boicote era, mais uma vez, fragilizar o governo. Mas, todas as vezes, o tiro saía pela culatra. Esta foi apenas mais uma...
http://todeolhomalandragem.blogspot.com/2011/01/serra-o-novico-rebelde.html
O STF é a última fronteira da democrácia. Como o supremo é altamente conservador, o Brasil tende a andar mais rápido ou ser paradio por eles.
ResponderExcluirOi, Gilberto, meu nome é Luciano, moro em Goiânia, formado em História pela Universidade Federal de Goiás, e na época da militância estudantil eu escrevia alguns textos, e criei um blog há muito tempo a fim de postar alguns dos textos que escrevi. Agora eu resolvi reativar o blog, fazer dele um blog bem sujo, e voltar a militar novamente, depois de ter trabalhado muito pela internet durante a última campanha eleitoral para presidente, seja respondendo a e-mails mentirosos de Soninha Francine/Serra, seja no twitter. Dessa forma, informo ao senhor que estou seguindo vocês e peço para que coloque o link de meu blog em sua lista, fico muito agradecido e parabéns pelo seu trabalho. Valeu! - http://asarvoressaofaceisdeachar.blogspot.com/
ResponderExcluirCaro Gilberto, boa noite.
ResponderExcluirEis que navegando no Abra a Boca, Cidadão, da minha cumadi e coeditora do Terra Brasilis Sônia Amorim, descobri o seu excelente blog. Parabéns!
Desde já, o TB está linkado ao PERNAMBUCO FALANDO PARA E COM O MUNDO.
Grande abraço!
VEJA não dá uma palavra sobre enchente em São Paulo. E acha que Alkimin é herói porque chamou a atenção do seu cunhado publicamente. Agora ele é o pilar da Honestidade
ResponderExcluirhttp://todeolhomalandragem.blogspot.com/
Olá Gilberto.
ResponderExcluirParabéns pelo Blog.
Nós é que fazemos a vós de quem não pode ser ouvido.
Abraço
Paulo Marcel
Há quanto tempo, Gilberto! Continuamos na luta, depois de eleger Dilma! Quanto ao Peluso... ele foi indicado ao STF pelo Lula! Além de pusilânime, traíra! Vê se pode!... Abraços e parabéns pelo post e pelo blog!
ResponderExcluirSonia Amorim Abra a Boca, Cidadão!
www.abraabocacidadao.blogspot.com