Governo Lula é aprovado por 92% dos jornalistas. Como assim?
O estudo "A cabeça do jornalista: opiniões e valores
políticos dos jornalistas no Brasil" mostra que o governo Lula
tem aprovação de 92% dos profissionais de imprensa. A pesquisa foi
realizada com 212 jornalistas de mais de 70 veículos distribuídos
em 42 municípios de 23 estados e revela que há uma contradição
aguda entre o que pensam os profissionais do setor e as opiniões que
emitem na maioria dos veículos de comunicação onde trabalham.
Das três, uma: ou a pesquisa abordou apenas jornalistas que não
trabalham na grande imprensa; ou os jornalistas gostam de mentir em
pesquisas ou o que eles pensam não influencia na decisão de seus
editores. Não há alternativas que expliquem o fato da maior parte
dos grandes veículos de comunicação do país serem críticos
ferrenhos do governo enquanto "92%" dos jornalistas avaliarem bem este
mesmo governo que dia sim e no outro também é bombardeado pela
grande mídia com textos negativos.
A contradição permanece inexplicável no fato dos entrevistados
também avaliarem que a imprensa faz uma cobertura justa do governo.
Para 45% deles, a mídia é adequadamente crítica, contra 34% que
a consideram complacente e 18%, crítica em excesso.
O estudo também avaliou a percepção dos jornalistas sobre a
atuação do Congresso Nacional: 73% dos pesquisados consideram o
trabalho desenvolvido pelos parlamentares como ruim ou muito ruim.
O levantamento avaliou o posicionamento político dos profissionais de
imprensa do País. 52% declararam preferência pela esquerda ou
centro-esquerda, contra 23% de centro e 12% de centro-direita ou
direita. 13% preferiram não se posicionar.
O pertencimento a partidos políticos também foi questionado.
Dentre os pesquisados, apenas 15% declararam identificação com alguma
legenda. Destes, 48% identificam-se com o PT, 25% com o PSDB. A lista
segue com PCdoB, PSol, PDT, PMDB e PV.
Sobre a situação da imprensa, 74% dos pesquisados afirmaram que o
jornalismo brasileiro está na direção correta. Entretanto, existem
problemas a serem enfrentados. Os mais citados no estudo foram a baixa
atenção dada a temas complexos, falta de contato dos jornalistas com
seus públicos e a redução dos assuntos cobertos.
Perguntados sobre quais meios de comunicação eles utilizam com mais
frequência, 57% dos entrevistados disseram preferir a internet para
se manter informados. Seguido em um distante segundo lugar por jornais
impressos, com 37%. A televisão só aparece com alguma
relevância entre os meios indicados
como os segundos mais usados, apontado por 22% dos entrevistados. O uso
do rádio como meio de informação é praticamente desprezível.
Esse padrão difere bastante dos hábitos de informação do
cidadão brasileiro. Pesquisas indicam que 42% da população
brasileira escuta notícias no rádio todos os dias e 77% assiste a
notícias na televisão. Apenas 17% e 11%, respectivamente, fazem o
mesmo com jornais impressos e pela internet.
A pesquisa foi publicada na revista Comunicação & Política volume
27 e está disponível aqui.
http://www.cebela.org.br/site/baCMS/files/338501ART1%20Daniel%20Marcelin\
o.pdf
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