"Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas, mas nenhuma delas é cubana." FIDEL CASTRO

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O FIM DO "ESQUEMA DE PETRODÓLARES AMERICANO"

A imagem dos povos do continente asiático, que tenho gravada na minha memória, através dos filmes que assisti durante a minha infância e adolescência é a seguinte: o chinês era burro, submisso e viciado em ópio, depois de Mao-Tse-Tung se tornou assassino sanguinário; o indiano não tinha cultura e era dependente da cultura inglesa para se tornar civilizado; o árabe só queria saber de cavalos, saques e assassinatos, vivia no deserto e adorava um tal de Alá; os russos viviam num regime militarista onde faltava tudo e eram os vermelhos malvados; os japoneses eram obcecados por um imperador e matavam por prazer; etc., etc., etc.

Na outra ponta desfilavam: o francês com a sua fina educação e requinte; o alemão com a sua força e domínio; o inglês era o metódico, que de tudo sabia e entendia, disposto a civilizar os burros; e por último o norte-americano, cujo país era sinônimo de liberdade e de oportunidades, e de todos era o mais altruísta, pois onde houvesse uma violação à liberdade era para lá que eles iriam numa cruzada messiânica, sem interesses e tendo como lema: Igualdade, Fraternidade e Liberdade!

"Ah, meu deus por que é que a gente cresce, se não sai da gente essa lembrança?"

Hoje percebo que a cultura e as técnicas chinesas são milenares, e que ao contrário do que me incutiram, o ocidente é que não sabia de nada. Nem de navegação e astrolábio, nem de papel, nem de pólvora, nem de medicina e muito menos de macarrão!
O indiano, também diferentemente do que era dito, sempre teve cultura, luxo, sofisticação e o domínio do conhecimento. Não é à toa que quando se fala em meditação logo nos vem à mente um hindu e a lótus. E nos relatos das guerras védicas, encontramos de astronaves a bombas atômicas! E se formos pensar em arquitetura e engenharia...

Os árabes, os russos e os japoneses, também não ficam atrás!

O intróito se fez necessário pois o que eu quero abordar é o seguinte: ao contrário do que a mídia nos informa, os terroristas não são os palestinos do Hamas ou do Fatah.


Os verdadeiros terroristas são os judeus-sionistas e os norte-americanos!

O verdadeiro motivo desse conflito não é o combate ao "terrorismo", a verdadeira causa é o petróleo e o gás! Como li outro dia, eles estão defendendo e protegendo o maior "esquema" de todos os tempos: o "Esquema do Petrodólar Americano".
Sempre os EUA imprimiram e gastaram muito mais dinheiro do que aquele que podia ser coberto pelo ouro que possuíam e produziam.
Então os franceses e outros, no fim da década de 1960, exigiram que os EUA cumprissem a promessa de pagar uma onça de ouro por cada US$35 que entregassem ao Tesouro dos EUA. Isto resultou numa enorme drenagem de ouro que pôs fim a um muito fracamente concebido pseudo padrão-ouro.
Isto tudo acabou em 15 de Agosto de 1971, quando Nixon fechou o guichê do ouro e recusou-se a pagar 280 milhões de onças.
Em resumo, foi declarada a insolvência e todo mundo percebeu que algum outro sistema monetário tinha de ser concebido a fim de trazer estabilidade ao mercado financeiro mundial.
Os EUA foram falar com os sauditas e criaram a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Eles passariam a fazer todas as vendas de petróleo em dólares americanos, em troca os EUA prometeram proteger os vários reinos, ricos em petróleo, do Golfo Pérsico contra ameaças de invasão ou golpe interno.
A partir desse momento todo mundo que desejasse comprar petróleo, teria primeiro que ter em sua posse dólares americanos.
As nações teriam que pagar aos EUA, com bens e serviços, os dólares que eles se limitavam a IMPRIMIR. Dessa forma eles mantinham artificialmente o valor comercial do dólar, e compravam literalmente de graça o petróleo, ao imprimir esses dólares.
-O perfeito "american way of life free" para os americanos, à custa do resto do mundo.
Acontece que o "Esquema do Petrodólar Americano" foi exposto, quando Saddam Hussein passou a vender diretamente o petróleo do Iraque por Euros, anulando assim o confortável acordo que os EUA tinham com a OPEP.
Saddam tinha que ser detido.
Os EUA "cozinharam" um pretexto para justificar uma guerra:
TORRES GÊMEAS AO MOLHO DE ARMAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA.
Invadiram o Iraque, e a primeira coisa que fizeram foi reverter a moeda de venda de petróleo para dólares americanos novamente!
A crise monetária estava temporariamente resolvida.
Mas Hugo Chavéz começou a vender petróleo venezuelano por outras moedas, além do dólar, e por isso sofreu vários atentados e tentativas de mudança de regime, cujos rastos levam à CIA. O "gato petrodólar" tinha fugido do saco!
O presidente do Irã ao assistir a isto, resolveu dar um pontapé no estômago do grande Satã e fazer ainda mais: vender petróleo em troca de todas as moedas, exceto dólares americanos!
O jogo "PETRÓLEO x DÓLAR AMÉRICANO" está chegando ao fim.
À medida em que as nações do mundo perceberem que podem comprar petróleo em troca de outras ou de suas próprias moedas, ao invés do dólar americano, mais nações irão abandonar a OPEP.
A pior coisa para os americanos será que, eventualmente, terão também que comprar o seu petróleo em EUROS, RUBLOS ou REAIS, em vez de simplesmente imprimirem o dinheiro.
Estamos num impasse: a superioridade do dólar depende da fortaleza militar norte-americana, e a fortaleza militar depende do dólar.
Enquanto o mundo continuar a trocar dólares por bens reais e estiver disposto a financiar o consumo e militarismo dos EUA, o status quo (american way of life) deles estará preservado.
Utilizar força para obrigar povos a aceitarem dinheiro sem valor real pode funcionar só em curto prazo.
A lei econômica de que o intercâmbio honesto exige apenas coisas com valor real como moeda não pode ser revogada.
O caos que um dia sobrevirá do experimento norte-americano de 40 anos com dinheiro fiduciário em escala mundial exigirá o retorno a uma moeda de valor real.
Saberemos que este dia estará próximo quando países produtores de petróleo exigirem ouro, bens ou serviços, pelo seu óleo — ao invés de dólares americanos.
Isso será o fim do Império, do Exército e da Economia Norte-Americanos. O "Esquema do Petrodólar Americano" está chegando ao fim, e não há muito que os norte-americanos possam fazer para reverter o processo, exceto talvez, dar início a uma nova guerra mundial.
Gilberto de Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário