QUO VADEMUS?

E, de novo assistimos ao vivo, a um policial no DF atacando um torcedor exaltado a coronhadas, e por uma “fatalidade” a pistola disparou...

Hoje o sãopaulino morreu.

Também hoje de madrugada, no Rio de Janeiro, outro policial foi absolvido da morte de um garoto de três anos, este policial atirou primeiro e perguntou depois.

Foi condenado a serviços comunitários por um ano...

Como diria Belchior: “...dois policiais, cumprindo o seu (maldito) duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida...”

Por que todos os policiais que matam, “no cumprimento do dever”, só são repreendidos? Isto não será a institucionalização da impunidade?

Todo “meganha” pensa que é otoridade! É realmente uma alucinação!

Ah! Paulinho da força, apesar das provas de peculato, também foi absolvido pelos asseclas!

O nosso senado (casa de chá) acaba de aprovar a criação de mais 8.000 (oito mil) cargos de vereador para todo o Brasil, em nome da representatividade? Significam quase 180 milhões de reais por ano a mais, fora o que será desviado, propinado e superfaturado!

Já não agüento mais a voz do nosso “garibaldo”, nota-se que ele não faz força nem pra ca....

Os crimes ambientais ganharam mais um ano para se adequarem.

Os conselhos regionais de medicina também não punem ninguém!

As empresas que superfaturaram, os políticos que se locupletaram, os pimentas neves que mataram por amor, os “juizes lálaus”, todos continuam “sãos, salvos e fortes.”

Aonde vamos?

Estamos indo, ou estamos voltando?

E eu com as minhas leituras, as minhas vodkas, o meu cigarro, a minha internet, e minhas encefalorréias para não endoidar, para onde estou indo ou voltando?

Nos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos resta-nos concluir que:
“Nenhum Estado pertence a um homem só!”

Penso em Rousseau com o seu “bom selvagem”.

Será que a sociedade só serve mesmo para corromper?

“Será que o ser humano está preparado para evoluir, ou ele é pré-programado para se destruir?”

Penso e as idéias me confundem, sem mesmo me confundir. E chega a verdade, mas com ela vem a mentira, são irmãs e inimigas, e na grande batalha nenhuma das duas perde. Só eu perco...

AONDE VAMOS?


Gilberto de Azevedo