"Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas, mas nenhuma delas é cubana." FIDEL CASTRO

sábado, 20 de dezembro de 2008

MEUS VOTOS DE ANO NOVO

Ruas e centros comerciais lotados, consumismo desenfreado, correrias, estresse, árvores, presépios, pequenas luzes piscando em ambientes internos, iluminação farta em ambientes externos, e escuridão dentro de cada um, são almoços e ceias, muita vodka, muito cigarro poluindo nosso interior, e muito CO2 o exterior.

Nesses momentos gastamos o que não podemos, são confraternizações sem fraternidade, em residências, empresas, bares e restaurantes, abraços e beijos puramente formais, troca de mensagens com o objetivo único de não sermos diferentes, são conversas fiadas e às vezes grosseiras, presentinhos trocados.

São ruas lotadas, trânsito engarrafado, humor alterado, isolamento individual mascarado por se estar em um grupo, é uma solidão na multidão.

Com tantos pacotes, sacolas, sons, cores, desencontros, desamores, constatamos um vazio existencial que esconde nossas frustrações, insatisfações, descontentamentos e sentimento de culpa pelo sofrimento e necessidades de tantos outros, pelas crianças sem família, pelos moradores de rua, pelos animais abandonados, pela degradação de nossa fauna e flora, ao que não podemos aplacar, pelas ameaças à vida em conseqüência de nossas vaidades, egoísmos, ambições, ações e omissões.

É a eterna busca do TER em lugar do SER, o desejo de estar onde não podemos e de parecer ser o que não se é.

Transformemos em parte de nossa vida, o pensamento ecológico do cacique sioux que foi transmitido ao presidente americano Franklim Pierce, no longínqüo ano de 1855:

“QUANDO A ÚLTIMA ÁRVORE FOR CORTADA
QUANDO O ÚLTIMO RIO FOR POLUÍDO
QUANDO O ÚLTIMO PEIXE FOR PESCADO
AÍ SIM, ELES VERÃO QUE DINHEIRO NÃO SE COME.”

Neste especial momento, meus sinceros votos de um feliz 2009, com 365 dias de muita reflexão sobre o que estamos fazendo conosco, e nossa descendência. Ela não nos perdoará.

Enfim, muita saúde, paz, felicidades e sucesso!

Fraternalmente,
GILBERTO DE AZEVEDO

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