"Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas, mas nenhuma delas é cubana." FIDEL CASTRO

quarta-feira, 29 de junho de 2011

SIONISTAS SÃO GENOCIDAS - Xenófobos, Isolacionistas, Fundamentalistas





SIONISTAS SÃO GENOCIDAS – ISRAEL TERRORISMO DE ESTADO



Laerte Braga



Israel é uma aberração jurídica inventada pelas grandes potências ao fim da 2ª Grande Guerra a guisa de justificar o assassinato em massa de judeus nos campos de concentração nazistas. No duro mesmo uma ocupação de terras palestinas para garantir o petróleo no Oriente Médio.


É, desde a sua instalação, um Estado terrorista. Não significa que judeus sejam criminosos, mas que a imensa e esmagadora maioria dos que controlam o país/terrorista e seus principais líderes religiosos – os chamados ortodoxos, ou fundamentalistas – são os principais acionistas dos Estados Unidos e todo o seu entorno continental ou além mar. São genocidas.


A propalada ajuda a Grécia havia sido negada até que banqueiros judeus/sionistas e alemães em sua maioria alertaram à primeira ministra Ângela Merkel que seriam eles os maiores prejudicados com a falência daquele país (aos olhos do capitalismo), já que detinham a maior parte dos títulos da dívida pública grega.


A Europa Ocidental é uma parte do mundo em processo de dissolução. No terror do capitalismo o que se impõe à Grécia é uma política econômica de terra arrasada, tal e qual fizeram com o Brasil no governo de FHC e fazem sistematicamente com todos os países no mundo desde o fim da União Soviética.


Trabalhadores, em todo o mundo, pagam o preço dessa estupidez.


A verdade única, absoluta do terrorismo de Estado. Escora-se em sangue de um arsenal nuclear que é capaz de destruir o mundo cem vezes se preciso for. Foi assim no Iraque onde não existiam armas químicas e nem biológicas, apenas petróleo. É assim no Afeganistão onde assumiram inclusive o controle da produção e tráfico de drogas. Ou na Colômbia, onde sustentam um governo dos cartéis das drogas.


No Brasil agentes da MOSSAD – organização terrorista israelense a que chamam de serviço de inteligência – transitam à vontade com a omissão do governo (deste e dos anteriores) na velha e surrada mentira da presença de terroristas entre os refugiados ou imigrantes de nações árabes na região de Foz do Iguaçu.


Em Porto Alegre um vereador descabeçado – para que servem câmaras municipais? – impôs o ensino do holocausto nas escolas públicas da capital.


E os ciganos, os negros, os homossexuais, os adversários do regime de Hitler assassinados nos mesmos campos de concentração? O holocausto não é privilégio dos judeus.


Quem vai ensinar e mostrar o genocídio contra o povo palestino? As prisões indiscriminadas, os estupros de mulheres palestinas, a tortura, o roubo de terras e riquezas dos palestinos?


O governo de Gaza – Hamas – foi eleito em pleito livre e democrático que resultou dos acordos assinados pelo então presidente Bil Clinton, o primeiro ministro de Israel Itzak Rabin e o líder palestino Yasser Arafat. Nas comemorações da paz Rabin foi assassinado por um fundamentalista, ou ortodoxo, contrário à paz e com a convicção que judeus são o povo eleito e, portanto, superiores.


A mesma visão de Hitler, os mesmos procedimentos. Um imenso muro que tenta transformar a Palestina num grande campo de concentração.


Detentores do controle acionário de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A assombram o mundo suas ogivas nucleares e a barbárie que os caracteriza.


Einstein desistiu do sonho de uma nação judia ainda em 1948, em carta publicada no jornal THE NEW YORK TIMES, quando percebeu o caráter terrorista do Estado de Israel.


A FLOTILHA DA PAZ inicia sua jornada saindo de vários pontos do mar Mediterrâneo levando ajuda humanitária aos habitantes de Gaza submetidos a um implacável bloqueio dos terroristas de Israel.


Cidadãos de várias nacionalidades vão tentar chegar a Gaza e mostrar ao mundo o horror e os crimes praticados pelo governo de Israel. Entre eles Hedy Epstein, 86 anos de idade, norte-americana, judia e que teve os pais assinados pelos nazistas. Hedy participou da primeira FLOTILHA e indignou-se com a violência, o massacre praticado pelos soldados de Israel.


Não são humanos. São assassinos por natureza e caráter.


Em meio à boçalidade das tropas de Israel os palestinos de Gaza preparam uma recepção especial para a FLOTILHA DA PAZ.


Barack Obama, o cínico, já disse que não pode se responsabilizar pela vida dos norte-americanos a bordo dos barcos da FLOTILHA. Só se responsabiliza pela vida de norte-americanos se estiverem a serviço de empresas, bancos, conglomerados da indústria petrolífera e da indústria bélica. Tem eleições a enfrentar em 2012 e não quer contrariar os donos do negócio, falo dos EUA, os judeus sionistas.


O governo de Israel já anunciou que não vai permitir que a FLOTILHA DA PAZ, carregando alimentos, remédios, chegue a Gaza, fure o bloqueio. Segundo o terrorista Avigdor Lieberman, dito ministro das Relações Exteriores, os “ativistas estão buscando confronto e sangue”.


Quem sabe às vezes a OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO NORTE – tão empenhada em “libertar” a Líbia dê uma ajuda? Afinal são direitos humanos.


Na primeira tentativa de ajudar a população de Gaza nove ativistas turcos, um deles com dupla nacionalidade, norte-americana também, foram mortos pelas hordas de assassinos de Israel.


O discurso do nazi/sionista Lieberman é o de sempre. Segundo ele entre os ativistas da paz existem terroristas. Deve ser a vovô de 86 anos que perdeu os pais em campos de concentração nazistas e sabe o que são essas prisões hoje controladas por Israel ou pelos EUA.


A Marinha de Israel está instruída a não permitir a aproximação dos barcos e a reprimir qualquer tentativa de furar o bloqueio.


São desumanos, covardes e assassinos em sua gênese.


E depois a culpa é do Irã.


Israel é um câncer para a paz mundial. Os níveis de barbárie e boçalidade praticados pelo governo de Tel Aviv só encontram paralelo nos mais terríveis tiranos da história, Hitler entre eles, naturalmente onde aprenderam o know how da estupidez que usam contra palestinos. Ao contrário da senhora Hedy Epstein, a judia norte-americana que vai num dos barcos da FLOTILHA DA PAZ cheia de indignação.


A FLOTILHA DA PAZ deve chegar às águas territoriais de Gaza (controladas pela Marinha de Hitler) na quinta, ou na sexta-feira e provavelmente o mundo vai assistir a mais um espetáculo de horror e violência comuns aos nazistas.


Sionistas são nazistas.


O Conselho de Segurança da ONU não vai resolver nada. Das mais de cinqüenta resoluções contra Israel por violações de direitos humanos nenhuma foi implementada. Têm o controle acionário da maioria do Conselho e da própria Organização.


O embaixador dos EUA vai estar lá para defender os interesses dos patrões e o primeiro-ministro inglês David Cameron vai dizer novamente, é lógico, que o “multiculturalismo acabou”, no racismo explícito de uma nação decadente, mera base militar do complexo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.


No Egito o povo continua massacrado por militares que diante das manifestações de meses atrás. Se livraram de um anel, Hosni Mubarak e mantiveram os dedos da ditadura intactos. Não são forças armadas egípcias, mas braço de Israel e dos EUA. Como boa parte dos militares na maioria dos países do mundo, inclusive o Brasil, onde escondem atrás da covardia do sigilo eterno.


Temem a liberdade, temem a democracia, temem a paz.


Os navios da FLOTILHA DA PAZ sairão com perto de 500 integrantes de várias nacionalidades e de muitos pontos do Mediterrâneo. Levam ajuda humanitária, vão tentar sensibilizar a manada conduzida pela sociedade do espetáculo no resto do mundo, mostrar a situação dramática dos habitantes da Faixa de Gaza e todo o povo palestino.


Serão cúmplices os governos que se omitirem a qualquer ato terrorista dessa aberração jurídica/política e econômica que é o Estado terrorista de Israel.


Nessa história toda Obama é só um cínico, um espertalhão, destituído de princípios e respeito pelo que quer que seja, que não o que os sionistas determinarem.


A FLOTILHA DA PAZ leva mais de 500 integrantes. Leva os que teimam em resistir como seres humanos diante da barbárie que é o capitalismo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O SILÊNCIO NUNCA É RESPEITADO PELA HISTÓRIA



A idéia de instituir uma lei de “silêncio eterno” para certos documentos oficiais foi lançada sem muito sucesso.
As verdade são, ou se tornam Caixas de Pandora quando as tentamos reduzir ao silêncio eterno.
Um dia elas se abrem e os monstros, como os demoninhos da lenda, vem nos puxar as pernas em nossas camas.  E aí, Salve-se quem puder!

A idéia de instituir uma lei de “silêncio eterno” para certos documentos oficiais foi lançada sem muito sucesso: houve a natural grita de quase todos os setores intelectuais e é bem possível que tudo não passe de uma iniciativa abortada, antes sequer de tomar forma. Há uma incompatibilidade entre o mistério e a democracia. Não deve ser por outra razão que a Igreja Católica cultiva o autoritarismo: nada mais insondável do que a vida dos religiosos fora do confessionário. Para a literatura, no entanto, o mistério é mais que um gênero literário. É a própria razão de um livro. H. Bustos Domecq, pseudônimo do autor policial, criado por Jorge Luis Borges e Bioy Casares, parece ser uma espécie de exacerbação do que, por si, é literatura. Sabemos que no último momento Isidro Parodi – o detetive que desvenda os crimes de dentro da prisão – declinará o nome do assassino. Desfeito o silêncio.

Na paródia dos dois escritores argentinos, os próprios personagens periféricos, são nomes conhecidos da novelística universal de mistério, como o padre Brown, clássico do escritor inglês J.K. Chesterton. A questão do mistério, porém, ou do seu sucedâneo, o silêncio, parece ser que ele acaba, quase sempre, no que se convencionou chamar de segredo de Polichinelo. Numa certa medida o mistério parece, inclusive, ter prazo de validade. A história não tem como prêmio esconder fatos, sejam quais forem.

Em certas celebrações do Vaticano, século atrás, executava-se um “Miserere” (uma espécie de pedido de perdão a Deus) do compositor renascentista Gregorio Allegri (1582-1652) que, a parte ser muito belo , “um\ coro de anjos,” dizia-se com certa razão – era uma espécie de monopólio da Igreja. Ninguém, por proibição expressa das autoridades religiosas, podia divulgar a partitura. Era escutá-la e só. Isso até o dia em que um menino de doze anos, no século XVIII, ao assistir o ofício religioso por apenas duas vezes, na Catedral de São Pedro, resolveu escrever, nota por nota, o contraponto intrincado da obra – tarefa de um gênio, mas que se explicava pela identidade do garoto. Tratava-se do Wolfgang Amadeus Mozart. Dali em diante estava quebrado o mistério da grande música da Igreja, o milagre do “canto dos anjos”: a partitura, no tempo de divulgação possível para a época, seria, então, acessada pelo resto da Europa e, mais tarde, pelo mundo.

Para Mozart, música alguma constituía mistério. Era ouvi-la, e escrevê-la em seguida. No entanto, ele mesmo, ou melhor, sua biografia, seria assombrada, no futuro, por boatos que supõem mistérios e que acrescentam perguntas, aparentemente irrespondidas para a posteridade. Sua morte prematura prestou-se a muitas conjeturas que quase sempre avançaram para o fantástico. Seu passamento teria sido precedida por uma encomenda secreta de seu famoso réquiem. Durante anos propalou-se que o anúncio de sua própria morte, apareceu-lhe sob a forma de um espectro: ele lhe teria encomendado o réquiem (que Mozart, contudo, não concluiu), mas que deveria ser executado por ocasião da sua própria morte É uma bela página fantástica para as histórias detetivescas, mas se sabe hoje que quem a encomendou foi um nobre, que queria permanecer no anonimato, daí a sua aproximação velada do compositor E que no filme ¨Amadeus¨ aparece, claramente, como um fantasma. Uma inverdade “bene trovata”, apenas isso.

Apesar de tudo, porém, persistiu o instigante da morte prematura do compositor. Como “não poderia ter morrido tão moço “, com apenas 35 anos, foi acrescentada uma outra história, ainda mais rocambolesca (palavra, aliás, que vem de Rocambole, um personagem de mistério de uma série saída em folhetim no século XIX, de autoria de Ponson du Terrail). Por ela, Mozart teria sido envenenado, e por ninguém menos que a Maçonaria. A organização secreta a que, de fato, Mozart pertenceu (escreveu várias obras para exaltá-la), teria se sentido devassada pelo compositor. Ao escrever a sua ópera “Flauta Mágica”, Mozart teria revelado vários segredos do grupo esotérico. Sabe-se que isso, comprovadamente, não aconteceu, mas desde que se mantivesse silêncio a respeito, ficaria a dúvida.

Na verdade, nada desses acontecimentos tem a ver com qualquer coisa parecida com o “silêncio eterno” reivindicado por alguns políticos da base do governo. Essa é uma suposição que fica da Igreja, ou melhor, de todas as igrejas. E, mais que tudo, de todas as organizações, inclusive as empresariais. Quando não, por grupos clandestinos, que vão do IRA irlandês, a Al Qaeda islâmica. Mas disso se sabe tanto, que é até ocioso fazer qualquer menção.

Chesterton, inspirador de Borges e de Bioy Casares em muitos bons momentos de seus escritos, não apenas aos que pertencem ao gênero explicitamente ¨de mistério¨, aponta, não raras vezes, para o fantástico. Num de seus romances, em que a palavra “delicioso” talvez não seja um juízo exagerado, há que se aduzir o fantástico. Chama-se “O Homem que foi Quinta-Feira”. Como o intrigante do título sugere, é um livro detetivesco , mas com um tom farsesco que se aproxima do incrível. De repente, lá pelo fim do livro, o grande vilão não é quem pensamos, se é que existe um vilão. E, nas últimas páginas, o que resta é o poético.

Talvez seja essa a questão do silêncio: ele valerá para o mistério na dimensão em que não se diz. Um dos maiores filmes de terror de todos os tempos traduzido como “Os Inocentes”, do inglês Jack Klayton, assusta por nunca mostrar explicitamente as fantasmagorias. É como se os personagens fôssemos nós mesmos. A todo o momento ficamos na dúvida se estamos vendo o que parece nos observar do meio do lago. Os monstros não são explícitos e , no final, a questão persiste em aberto. Pois as dúvidas – os silêncios – são os que mais nos incomodam. E assustam.

Talvez fosse isso que o senador autor da proposta sobre a tal lei do silêncio eterno, na verdade, quisesse: que os brasileiros ficássemos na expectativa de que tenhamos medo da nossa história. Para exemplificar, o senador citou o Barão do Rio Branco. Como criador da Chancelaria, antes e depois da República, o Barão teria segredos a manter sobre o Brasil. Claramente, o tal senador, não se referiu à ditadura militar recente que a rigor, não tem como se manter silenciosa, já que os gritos dos torturados ainda ressoam entre nós, pois muitos estão vivos ainda. Mas ao se referir ao criador do Itamarati, ele talvez se referisse, entre outros, ao que quase todos sabemos; que a tomada do Acre pelos brasileiros, talvez não seja de molde mesmo a aquietar nossa consciência, já que o gaúcho Plácido de Castro, que chefiou os seringueiros contra o exército boliviano, era claramente um agente provocador a serviço do Brasil. E talvez tenha sido assassinado justamente como “Queima de Arquivo”, uma história que, afinal, talvez a Globo nunca estivesse disposta a contar.

A questão, porém, continua: onde o segredo ou o silêncio, por mais “obsequioso” que seja?

No fundo, de novo, quem sabe, naquilo que a Igreja chama justamente de “Silêncio Obsequioso” que seria um calar boca que o candidato ao mutismo aceitaria de bom grado, como uma espécie de aceitação de sua confissão, de que errou em alguns pontos doutrinários. Mesmo isso, porém, sem qualquer intromissão via internet , tal qual o Wikileaks , mostra-se, no mínimo, fragilíssimo. Acaba de sair nos Estados Unidos o livro de um jornalista norte-americano, “católico praticante” como ele se define, em que são reveladas com nomes e endereços, os casos de homossexualismo e de práticas heterossexuais de membros teoricamente celibatários, da Igreja. Em que até mesmo a prática do aborto – justamente para evitar escândalos, como sempre -seria explicitamente recomendado por bispos e outros membros da hierarquia da Igreja. Não se trata evidentemente de um assunto para ser discutido em colunas sociais. Ou em páginas em que se fale da arte e da cultura. Mas são casos claros em que o que sobra, afinal, é o sempiterno segredo de Polichinelo. Todo o mundo sabe,

Paganini gostava de fazer segredo quanto a sua técnica prodigiosa ao violino. Muitos juravam que ele tinha feito pacto com o demônio. Era uma história que o violinista sempre fez questão de não desmentir. O silêncio sobre sua técnica, porém, nunca foi além do que ele escrevia. E na medida em que outros instrumentistas se jogavam no violino, estudando-o e praticando-o, mais e mais foi se impondo a crença, não de que Paganini tivesse feito qualquer acerto com satanás, mas de que tudo estava nos dedos para quem quer que tivesse talento e vontade para chegar ao seu virtuosismo. Hoje sabemos que um músico extraordinário pode se alçar ao domínio que Paganini tinha de seu instrumento. Nunca houve segredo algum. Seria, aliás, uma bobagem para a sua memória. que somente ele, apenas ele, tocasse as músicas que compôs.

Digamos que seja esse o limite do segredo – que é de não ser senão o começo da verdade. Pois daí, quem sabe, advenha todo o mistério, o mistério de Paganini. Mas também da história. Não será por a termos engavetada em arquivos indevassáveis, que ela deixará de bramir. As verdade são, ou se tornam caixas de pandora quando as tentamos reduzir ao silêncio eterno. Um dia elas se abrem e os monstros , como os demoninhos da lenda, vem nos puxar as pernas em nossas camas. Salve-se quem puder.

Por ENIO SQUEFF - artista plástico e jornalista




segunda-feira, 6 de junho de 2011

Por que o Poder Imperial (EUA) domina o mundo?

SANGESSUGADO DE:

http://abraabocacidadao.blogspot.com/2011/06/os-segredos-do-poder-imperial-manuel.html

 

Os segredos do Poder Imperial


Manuel Freytas*

manuelfreitas@iarnoticias.com



MUITO ALÉM DE OBAMA: Alguém se perguntou por que os Estados Unidos dominam o Mundo?





Traduzido por Vera Vassouras**


Barack Hussein Obama

Os EUA não dominam o mundo por formulações doutrinárias político-diplomáticas ou eventuais discursos “democráticos” ou “militaristas” de seus presidentes, senão porque impõem ao resto dos países a lógica de seu poder militar e econômico, indestrutível, salvo por uma explosão nuclear do planeta.


Informação especial

1) O discurso imposto como realidade

A imprensa mundial e os analistas do sistema têm colocado em “moda” a análise dos processos econômicos militares e políticos dos EUA partindo dos discursos do empregado (o presidente de turno na Casa Branca) e não da dinâmica funcional do patrão (os interesses da estrutura capitalista sionista que controla o presidente dos EUA).

Obama e o juramento
Nos meios de comunicação do sistema a interpretação do papel do presidente dos EUA está geralmente dissociada dos interesses estratégicos (planetários) do poder capitalista que representa a Casa Branca.

O costume midiático de analisar os discursos do gerente USA despojados da realidade estrutural totalizada da empresa capitalista imperial que controla a Casa Branca deu como resultante que as maiorias planetárias acreditam que os EUA são manejados exclusivamente pela vontade e a decisão de seus presidentes de turno.

Esta falsa percepção (induzida pelo próprio poder imperial) se traslada às maiorias que falam e “comentam familiarmente” sobre os presidentes americanos como se fossem personagens da farândula, ignorando por completo a realidade estrutural e funcional do poder estratégico de dominação imperial dos EUA que os controla.

Esta dissociação conceitual entre o poder imperial central e os discursos de seu presidente de turno possibilitou recriar a mística do “novo sonho americano” e gerar uma expectativa de “reciclagem democrática” do império USA na figura e nos discursos de Barack Obama.

Evitando a realidade estratégica do domínio hegemônico geopolítico-militar-nuclear dos EUA (cuja dinâmica se nutre e se retroalimenta com a conquista militar permanente de países e a depredação de recursos estratégicos em escala global), a imprensa mundial e seus analistas edificaram na figura e nos discursos de Obama uma “nova alternativa mundial” com os EUA renunciando a seu status de potência imperial dominante.

Com a ascensão de Barack Obama à presidência dos EUA se desenvolveu uma campanha midiática destinada a fazer acreditar às maiorias mundiais que a primeira potência capitalista imperial, atolada no Iraque e no Afeganistão, com seu sistema financeiro pulverizado pela crise e por uma recessão econômica de efeitos imprevisíveis, poderia recriar a si mesma gerando novas expectativas e mudanças “democráticas” de política a nível mundial.

Como sustenta Henry Kissinger, Barack Obama proclamou desde seu discurso “uma espécie de ordem mundial sem uma potência dominante na qual a potência que pode dominar dirige através da automoderação”.

De acordo com o histórico guru do sionismo imperial, no discurso de Obama “a liderança estadunidense deriva da disposição de escutar e de afirmações inspiradoras”. A ação comum surge de convicções compartilhadas. O poder emerge de um sentido de comunidade, não da ação unilateral, e se exerce mediante a atribuição de responsabilidades segundo os recursos de um país.

Desde o ponto de vista da realidade estratégica imperial, a nova ordem mundial “multilateral” proclamada por Obama só se trata de ilusionismo fabricado para incautos.

A construção conceitual e discursiva de um EUA “automoderado”, que rompe com a “unilateralidade militarista” da era Bush, já choca com a realidade da gestão de Obama na Casa Branca.

Durante seus primeiros 90 dias de governo, e enquanto reafirmava em seus discursos a “renúncia dos EUA a sua representação de potência imperial dominante”, Barack Obama decidiu aprofundar a ocupação militar, enviando mais tropas ao Afeganistão, elevar os gastos militares a níveis recordes e impor (através do G-20 e do FMI) um novo plano de endividamento para fazer pagar a crise financeira imperial aos povos da Ásia, África e América Latina.

No mês de março passado, o gerente imperial ordenou o primeiro bombardeio à Líbia que hoje se encontra despedaçada e balcanizada sob os ataques aéreos da OTAN que, junto com o Pentágono, ensaia um novo tipo de invasão contra um país petroleiro.

Esta é a melhor prova de que as políticas estratégicas de sobrevivência imperial dos Estados Unidos estão acima da vontade pessoal (ou do discurso eleitoral “democrático”) do eventual gerente que ocupe a Casa Branca.

Como já está provado na forma histórica e estatística. Nos Estados Unidos a potência locomotora do capitalismo sionista em escala global não governa os presidentes ou os partidos, senão a elite econômico-financeira (o poder real) que controla a Reserva Federal, o Tesouro, Wall Street, o Complexo Militar Industrial e o Silicon Valley.

Apagadas as luzes artificiais da campanha eleitoral, democratas e republicanos deixam de se agredir e se complementam em um desenho de política estratégica de Estado na defesa dos interesses das grandes corporações econômicas que acionam as políticas internas e da conquista de mercados encoberta nas “guerras preventivas contra o terrorismo”.

Na prática, essas políticas imperiais (e sua continuidade no tempo) não têm nada a ver com o discurso e os novos preceitos "doutrinários" expressos pelo gerente de turno na Casa Branca, neste caso, Obama.

Poder nuclear


2) O poder militar imperial

Como primeiro conceito estratégico, é necessário esclarecer que os EUA não dominam o mundo nem se constituem em primeira potência imperial capitalista com os discursos de seus presidentes eventuais, senão com o aparato nuclear-militar mais poderoso do mundo, sete frotas com poder atômico sulcando os oceanos e cerca de mil bases militares ao redor dos pontos estratégicos do planeta.


No momento de controlar o mundo do capitalismo transnacionalizado, os EUA não utilizam discursos presidenciais, senão estratégias de dominação marcada na supremacia mundial de seu poder militar e econômico.

A atual projeção global do poder militar dos EUA se divide em cinco comandos regionais distribuídos nos cinco continentes: o Joint Forces Command (USJFCOMN) para a região da América do Norte, o Southern Command (USSOUTHCOM) para a América do Sul, o Pacific Command (USPACOM) para a Ásia e a Oceania, o European Command (USEUCOM) para a Europa e a África, e o Central Command (USEUCOM) para as regiões do noroeste e do corno africano, Península Arábica, Golfo Pérsico e Ásia Central.

Em 1° de outubro de 2007 entrou em operações o USAFRICOM, ou AFRICOM, um Comando Combatente Unificado do Pentágono, responsável pelas operações militares dos EUA em relação com as 53 nações africanas (exceto o Egito). Passou a ser totalmente autônomo e operativo em 30 de setembro de 2008.


Os Estados Unidos possuem o maior arsenal de armas de destruição em massa do mundo, e é o único que utilizou essas armas nucleares na prática, contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki (6 a 9 de agosto de 1945). Na atualidade o arsenal nuclear dos EUA conta com 534 mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) dos modelos Minuteman III e Peacekeeper, 432 mísseis balísticos de lançamento submarino (SLBM) Trident C4 e D5 (distribuídos nos 17 submarinos classe Onio) e aproximadamente duas centenas de bombardeiros nucleares de longo alcance, entre os que se contam 16 "invisíveis" do tipo B-2. O total de cabeças nucleares distribuídas poderia oscilar, segundo fontes militares, entre 5.000 e 10.000.

Excetuando-se a Rússia, o poder nuclear-militar dos EUA supera o de todas as superpotências capitalistas juntas.

Com um investimento que já supera os U$800 bilhões, as forças armadas combinadas do Pentágono superam os dois milhões de efetivos, espalhados nos cinco continentes, equipados com a melhor tecnologia do mundo, com o melhor treinamento e com o melhor salário profissional de todo o planeta.

Os EUA contam com cerca de 1.000 bases militares distribuídas em todo o mundo e com uma estratégia de operação de suas forças armadas que abarca mais de 180 países da Europa, Ásia, África e América Latina.

Sua estrutura de poder naval cobre todos os oceanos e mares do mundo com sete frotas operativas cujas unidades de combate (buques, submarinos e aviões) estão equipadas com poder nuclear.

Esse poder hoje não está a serviço dos discursos “democráticos” de Obama, senão (como sempre esteve) a serviço da expansão dos bancos e corporações imperiais que extraem sua maior taxa de rentabilidade capitalista das políticas de conquista militar que sustentam o edifício da primeira potência mundial.
3) A linha de continuidade histórica

Há uma linha de continuidade histórica que rege a política militar do império reitor (mais além do discurso de seus presidentes).

Obama e Bush - faces da mesma moeda
Com a administração do democrata James Carter na década de setenta, se estabeleceu a chamada “Doutrina Carter”, que estipulou que qualquer movimento por parte de um poder “hostil” que pretendesse ganhar o controle da região do Golfo Pérsico, - e consequentemente, sobre os enormes recursos energéticos da mesma, “deverá ser considerado como um ataque contra os interesses vitais dos EUA justificando o uso da força militar para rechaçá-lo”.

Durante a administração do republicano Ronald Reagan, em janeiro de 1983, as Rapid Deployment Joint Task Forces (RDJTF) se converteram no US Central Command (USCENTCOM), cuja missão abarca a projeção estratégica do poder militar dos EUA sobre os recursos energéticos gasíferos do Golfo Pérsico, do Cáucaso e da Ásia Central que contêm mais de 70% das reservas mundiais.

O republicano George Bush (pai de W) em 1991 lançou a primeira guerra contra o Iraque que teve como missão reposicionar estrategicamente as forças militares dos EUA no Golfo Pérsico com projeção às regiões petroleiras do Cáucaso e da Ásia Central.

Com o democrata Bill Clinton, o aparato militar dos EUA aprofundou seu avanço e estendeu sua cadeia de bases na Ásia Central e no Cáucaso, se posicionou no território do ex-império soviético da Europa do Leste com o bombardeio e posterior controle da Iugoslávia, e iniciou as bases da invasão do Iraque com os bombardeios preventivos a esse país.

Com o republicano George W. Bush, e sob o preceito doutrinário da “guerra contra-terrorismo”, os EUA invadiram militarmente dois enclaves estratégicos para seu projeto de apropriação dos recursos energéticos do Golfo Pérsico e da Ásia Central: Iraque e Afeganistão.

Ao democrata Barack Obama, cabe-lhe a missão de ampliar e estender o dispositivo de controle geopolítico militar sobre os corredores energéticos euro-asiáticos com a ocupação militar do Paquistão, o reposicionamento do poder dos EUA no Cáucaso, e o aprofundamento do controle sobre a “chave petroleira” do Golfo Pérsico destruindo o poder militar do Irã.

Como se pode apreciar, esta realidade emergente das necessidades estratégicas (reais) de sobrevivência do império militar norte-americano não tem nada a ver com o discurso “democrático” (irreal) de Obama que compram e vendem diariamente a imprensa de mercado e os analistas do sistema.

4) O poder econômico imperial

O poder militar dos EUA como modelo de coluna vertebral sustenta e garante, por sua vez (em caráter de “polícia mundial”), a supremacia global e a ordem vigente de seu poder econômico imperial expandido em escala planetária.

Poder corruptor das elites civis e militares
Há de se precisar que os EUA não cifram seu poder de potência econômica hegemônica nos discursos de seus administradores (presidentes) de turno na Casa Branca, senão na imposição imperial vigente do dólar como moeda de transação e de reserva em escala mundial que permite a Washington (o emissor do dólar) controlar os processos tanto dos mercados internos como dos mercados internacionais do sistema capitalista em escala planetária.

Uns 80 % das transações internacionais, uns 70% das importações mundiais e a quase totalidade do comércio petroleiro se realizam em dólares, segundo o Banco Mundial e o Departamento de Comércio estadunidense.

Segundo o Banco Internacional de Pagamentos (BIS – sigla em inglês - na Suíça), o banco central dos bancos centrais, o dólar continua sendo a “moeda favorita dos bancos centrais” e representa uns 55% de seus ativos e passivos em moeda estrangeira.

Os EUA, a primeira economia mundial, a Europa, a segunda economia mundial, a China, a terceira economia mundial, e o Japão, a quarta economia mundial, realizam a maioria de seu comércio em dólares (além de ienes e euros).

Se a divisa estadunidense se colapsa, colapsariam EUA, a União Européia, a China, a Índia, o Japão e a Coréia do Sul (os maiores vendedores e compradores do mundo) que juntos somam mais de 70% da economia mundial.

E há um terceiro fator que fecha o círculo geométrico do poder imperial dos EUA. As primeiras 200 corporações comerciais, industriais, financeiras e tecnológicas do planeta (que dominam os processos econômicos produtivos e os comércios exteriores dos países a nível mundial) têm cotas em Wall Street, valorizam seus ativos financeiros em dólares e depredam o planeta protegidos sob os “guarda-chuvas lobistas” das embaixadas dos EUA espalhadas no mundo inteiro.

Ademais, as mais poderosas corporações econômicas imperiais adquirem bônus do Tesouro dos EUA como “refúgio” diante da crise global, e a maioria considerável dos países subdesenvolvidos ou emergentes da Ásia, África ou América Latina têm suas reservas em dólares e também adquirem papéis do banco central norte-americano para escapar do colapso econômico.

Esta realidade, estatística e verificável, e não o discurso dos presidentes de um turno em Washington é o que determina as bases estratégicas do poder imperial dos EUA assentado sobre o poder nuclear-militar e a supremacia econômica global com o dólar como moeda padrão.

Em resumo, os EUA não dominam o mundo por meio de eventuais formulações doutrinárias político-diplomáticas de “unilateralidade” ou “multipolaridade”, ou pelos eventuais discursos “democráticos” ou “militaristas” de seus presidentes, senão porque impõem ao resto dos países a lógica de seu poder militar e econômico, indestrutível, salvo por uma explosão nuclear do planeta.

Nesse cenário, quem pode pensar logicamente que os EUA vão se resignar “mansamente” ao seu papel de potência dominante, a desaparecer como Império regente do sistema capitalista, sem utilizar antes o poder militar destrutivo mais poderoso do planeta?

E quem poderá pensar, sem pecar por insanidade mental, que os EUA vão renunciar ao seu domínio militar, a sua condição de potência econômica capitalista dominante, para converter-se em um Estado “democrático” que respeita o direito dos demais pela simples vontade do duplo discurso de Obama?

Somente a ignorância generalizada sobre quem é o empregado (Obama) e quem é o patrão (a estrutura de poder imperial que controla a Casa Branca) permite à imprensa do sistema colocar Obama e seus discursos marqueteiros como se fosse o centro decisivo do poder imperial.

*Manuel Freytas é jornalista, investigador e analista, especializado em Inteligência e Comunicação Estratégica. É um dos autores mais difundidos e referenciados da Internet. Procurem seus trabalhos no GOOGLE.

** Vera Vassouras é advogada, Mestra em Filosofia do Direito pela Universidade de São Paulo, professora universitária, tradutora, escritora, autora de O mito da igualdade jurídica no Brasil - Notas críticas sobre a igualdade formal.
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Nota da tradutora

Inobstante o artigo tenha interesse acadêmico, no sentido de destituir de autoridade todos aqueles que ainda pregam sermões econômicos e doutrinas hipócritas de Estados de Direitos e Direitos Internacionais, Comércios Exteriores e “crescimento econômico” nas academias, em especial as militares, todas, em todos os cinco continentes, a resposta ao artigo é evidente. Esse poder destrutivo só é exercido devido à submissão dos parlamentos, apoiando acordos secretos com esses bárbaros trogloditas, vergonha para a espécie humana. Ademais, caberia análise do papel (pois são atores) dos Tribunais, autores especializados da legislação que depreda homens, animais, plantas e as consciências. Os donos da “demo-cracia”. Os arquitetos do universo eleitoral no qual a farsa se impõe como autoridade de lei e cuja competência é extra-constitucional.