"Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas, mas nenhuma delas é cubana." FIDEL CASTRO

sábado, 30 de outubro de 2010

CARTA DE UM AMIGO CRISTÃO DE RAIZ

Caro amigo Gilberto


Obrigado por sua manifestação de ontem relativamente a posição do Papa Bento XVI, que, ao se reunir com bispos católicos romanos nordestinos brasileiros, emitiu opinião política, a meu ver, eticamente comprometida e deselegante, intrometendo-se indiretamente na soberania e eleições de outro País, visto que o Papa é chefe de Estado.

Efetivamente ao me manifestar aqui, sobre esse assunto, caro Gilberto, não o faço movido pelo ranço anticatolicismo romano nem antipapista.

Participo de organismos ecumênicos e me relaciono imensamente bem com católicos romanos comprometidos com o povo.

Conheço excelentes cristãos dessa igreja, profundamente engajados na luta por justiça e diguinidade humana. Mas não se pode calar ante a posição política de Joseph Alois Ratzinger.

Ora, se ele expõe posição política igualmente se torna alvo de contradições e polêmica. Ele sabe disso e se antecipa em avisar que “não devemos temer”.

Pois bem, Joseph Ratzinger (o Papa Bento XVI), é reconhecido por ser conservador, anti-socialista, elitista e de visão centro européia, considerando os povos pobres como periféricos e sem pensamento próprio.

O Papa João Paulo II era muito conservador, mas Ratzinger conseguiu agir à direita do Papa anterior, na articulação contra setores progressistas da Igreja Romana, influenciar destrutivamente o movimento ecumênico internacional, articular-se com o imperialismo americano, aproximando-se de Reagan e dos Bush contra os povos chamados dependentes e indiretamente apoiou a invasão do Iraque e de Afeganistão.

Seu antecessor colaborou com os Estados Unidos para estraçalhar o socialismo soviético.

Há fortes indícios de que Bush ajudou a influenciar na eleição de Ratzinger ao cargo de Papa, para ser um braço pró-imperialista no mundo, usando exatamente a religião e o moralismo para abortar as conquistas dos povos oprimidos.

Quando Bento XVI veio ao Brasil pronunciou discurso dizendo que as missões católicas que acompanharam a “descoberta” do Brasil vieram fazer pura evangelização e nunca praticaram atrocidades contra indígenas e escravos africanos.

Ora, isso é um escárnio à história e uma mentira deslavada com o objetivo de mascarar os crimes políticos que a igreja, medieval e ignorante, praticou contra as vidas dos povos fora da Europa.

A vinda desse Papa ao Brasil deu-se numa moldura de frieza com nosso povo, desrespeito à espontaneidade à nossa cultura. Milhares de pessoas abandonaram o catolicismo romano em face do desprezo com que Bento XVI tratou o povo que ansiosamente desejava saudá-lo e aplaudi-lo.

Tanto que Dom Cláudio Hummes interferiu junto a ele e lhe pediu para que fosse mais cordial e caloroso nas saudações ao povo e não tão frio, seco e desinteressado como mostrou-se em público.


Ratzinger, antes de se tornar Papa, presidiu a Congregação Doutrina para a Fé – a antiga Santa Inquisição.
Do alto de seu posto e arrogância perseguiu teólogos e pastoralistas engajados na Teologia da Libertação em toda a América Latina e da Teologia Negra na África.
Pressionou para aposentar e esvaziar bispos e cardeais como Dom Paulo Arns, em São Paulo, Dom Hélder Câmara em Olinda e Recife, Dom Pedro Cassaldáliga em São Félix do Araguaia, de silenciar e deprimir o Teólogo Franciscano Leonardo Boff e tantos outros e outras.

Trabalhei com o Teólogo uruguaio Juan Luis Segundo e sobre a teologia dele construí minha tese de mestrado.
Acompanhei seu calvário e morte sob depressão, sentimento de abandono e de desprezo por parte do Papa João Paulo II e de Ratzinger.

Proibiram-no de rezar missas nos templos, limitando-o a rezar em clausuras de irmãs, desde que mais rezasse do que pregasse.
Toda a postura e política desse Papa Bento VI é altamente conservadora, de direita e machista.
Não há como negar essa verdade.

Ebtretanto ele, Bento XVI, silenciou em face dos crimes de padres pedófilos e nada disse contra as barbáries praticadas pelos Estados Unidos.
Há indícios de que tenha feito acordos com governos e juízes norte americanos, para não arcar com os altos custos nas indenizações de famílias de crianças abusadas por padres e bispos pedófilos ou por relacionamentos clandestinos de padres e prelados celibatários e suas mulheres atrás das igrejas, que grávidas e mães processaram clérigos que prometeram abandonar o sacerdócio para casar com elas e não o fizeram.

Como diz o povo: esse Papa tem o rabo preso.

Agora aqui na campanha eleitoral o candidato da direita, neoliberal e pró-imperialista José Serra promove a maior perseguição contra esquerda, a Dilma e a Lula, utilizando-se das igrejas, de padres, bispos e pastores comprometidos com o golpe de estado e com a injustiça.

A TFP e a Opus Dei, de seu aliado Geraldo Alckmin, de São Paulo, são promotoras das calúnias, injúrias e mentiras diabólicas contra Dilma e Lula, usando panfletos – estes apreendidos pela Polícia Federal em São Paulo – sites, ligações para casas e celulares caluniando pesadamente a candidata Dilma, pastorais lidas em várias igrejas do País, certamente se articularam com Bento VI na reta final dessa campanha eleitoral.
Ele conversou com bispos do Nordeste a partir de informações mentirosas, caluniosas e de pressões feitas por José Serra, por grupos do capital internacional, com a ajuda da Opus Dei, organização pesada de dentro do próprio Vaticano.

É bom olhar os filmes “O Código Da Vinci” e “O Corpo”, para se ter idéia do que essa Opus Dei, apoiada por Bento XVI, é capaz de fazer.

Não nos enganemos, o teor da fala do Papa Bento XVI é o mesmo usado por Serra e pelos grupos conservadores de direita católicos e evangélicos aqui e agora nessa campanha eleitoral contra Dilma e Lula, portanto, contra os pobres e contra o Brasil. Bento XVI faz interferência antiética e desrespeitosa em nossos assuntos nacionais. Isso não é casualidade nem coincidência, mas proposital. Bento XVI pratica desserviço ao nosso povo.

Dilma disse que o Papa tem direito de se manifestar.

Tem sim e nós temos o direito e o dever de desmascará-lo.

Bento XVI é lobo em pele de ovelha. É falso pastor.
Ele vem para roubar e para matar, como diz Jesus na parábola do Bom Pastor (João 10).

Não nos surpreendamos com as denúncias sobre isso que virão à tona após as eleições.

Abraços, meu irmão e amigo Gilberto.

TEXTO ORIGINAL EM:
http://padreorvandil.blogspot.com/2010/10/coincidencia-ou-articulacao-maligna.html

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

SERRA INVENTA CAFETINAGEM ELEITORAL E REVOLTA MULHERES



Serra pediu às “meninas bonitas” brasileiras que facilitem as coisas para aquele homem entre 15 pretendentes que tiverem que vote no 45.

O candidato tucano não esclareceu o que elas devem fazer se os 15 decidirem votar nele para conseguirem, digamos, os “préstimos” delas.

Tenho 3 filhas e 1 neta – e também tive mãe, à diferença de alguns políticos. Uma filha de 28, outra de 24, outra de 12 e uma neta de 9.

Não são apenas as mulheres que sentiram-se ofendidas pelo candidato do PSDB à… PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Eu me ofendi muito.

Ofendi-me pelas minhas meninas, por minha mãe que já se foi, até. E por todas as brasileiras de qualquer idade, “bonitas” ou não.

Se tivesse um só homem que honrasse as calças que veste naquele comício em Uberlândia nesta 4a, em que esse sujeitinho disse isso, teria esmurrado o nariz dele.

Que tipo de homem pede que mocinhas – e só as “bonitas” – usem a si mesmas em seu benefício?

A palhavra cafetão lhe é perfeita. Além de mentiroso, fingido e covarde , agora sabemos que não há o que não faria para vencer.

Será que na imprensa brasileira não tem um só veículo com vergonha na cara para fazer uma ampla reportagem sobre essa vergonha?

Será que esse indivíduo conseguirá ter uma derrota menos do que acachapante no próximo domingo?



Do Correio do Brasil

O candidato tucano, José Serra, gerou uma nova onda de protestos na internet, no início da noite desta quinta-feira, por parte das mulheres que se sentiram ofendidas com o pedido do candidato, feito no encerramento do discurso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para uma plateia de cabos eleitorais e convidados. Ele apelou para que para as “meninas bonitas” busquem convencer os seus pretendentes masculinos a votar nele, principalmente na internet.

– Quero me concentrar agora no que vamos fazer até domingo. Temos que não apenas votar, temos que ganhar voto de quem está indeciso, voto de quem não está ainda muito decidido do outro lado – argumentou o candidato.

Segundo o candidato tucano, mulheres bonitas têm mais condições de cabalar votos para a aliança da direita.

– Se é menina bonita, tem que ganhar 15 (votos). É muito simples: faz a lista de pretendentes e manda e-mail dizendo que vai ter mais chance quem votar no 45 – completou.

A proposta caiu mal para as mulheres brasileiras que, no Twitter, alçaram o primeiro lugar nos trends (assuntos mais debatidos nas redes sociais) nacionais e terceiro lugar, em nível mundial, com as mensagens de protesto contra o candidato.

“Sou mineira e bonita, mas não tenho tenho vocação pra trabalho de bordel”, escreveu @fiz_mesmo, seguida de @velvetinha: “Credo, o Serra é antigo, que ideia mais triste, gente. Ele imagina as meninas coqueteando para ganhar votos. Perai, vou ali vomitar”.

Os protestos foram rastreados pela tag #serracafetao, que chegou ao terceiro lugar em nível mundial, no início da noite. O internauta @emrsn ponderou que “por muito menos o Ciro foi mega desacreditado pela imprensa”, e @purafor pergunta se esta seria uma proposta do candidato para se criar “um bordel a nível nacional”. Enquanto isso, @rodrigonc, que não deve passar dos 14 anos, aproveita para entrar na discussão, “só avisando às meninas bonitas do Twitter: podem me mandar DM (mensagem direta, na tradução do inglês) que a gente já pode negociar esse voto”.

O internauta @luisfelipesilva acirra o debate ao constatar que “não tem profissão mais ingrata do que ser marketeiro do Serra, haja gafe…”, mas coube à internauta @alessandra_st colocar o tom do protesto: “Serra desvaloriza a mulher e subestima eleitorado feminino em MG”, concluiu.


FONTE: http://www.blogcidadania.com.br/2010/10/tucano-inventa-cafetinagem-eleitoral-e-revolta-mulhres/

A HORA VIRADA DO SERRA




FONTE: http://esmaelmorais.com.br/?p=627

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ONDE VOCÊ ESTAVA EM 1964?




Onde você estava em 1964?

Há momentos na história de cada país que são definidores de quem é quem, da natureza de cada partido, de cada força social, de cada indivíduo. Há governos em relação aos quais se pode divergir pela esquerda ou pela direita, conforme o ponto de vista de cada um. Acontecia isso com governos como os do Getúlio, do JK, do Jango, criticado tanto pela direita – com enfoques liberais ou diretamente fascistas – e pela esquerda – por setor es marxistas.

Mas há governos que, pela clareza de sua ação, não permitem essas nuances, que definem os rumos da história futura de um país. Foi assim com o nazismo na Alemanha, com o fascismo na Itália, com o franquismo na Espanha, com o salazarismo em Portugal, com a ocupação e o governo de Vichy na França, entre outros exemplos.

No caso do Brasil e de outros países latinoamericanos, esse momento foi o golpe militar e a instauração da ditadura militar em 1964. Diante da mobilização golpista dos anos prévios a 1964, da instauração da ditadura e da colocação em prática das suas políticas, não havia ambigüidade possível, nem a favor, nem contra. Tanto assim que praticamente todas as entidades empresariais, todos os partidos da direita, praticamente todos os órgãos da mídia – com exceção da Última Hora – pregavam o golpe, participando e promovendo o clima de desestabilização que levou à intervenção brutal das FAA, q ue rompeu com a democracia – em nome da defesa da democracia, como sempre -, apoiaram a instauração do regime de terror no Brasil.

Como se pode rever pelas reproduções das primeiras páginas dos jornais que circulam pela internet, todos – FSP, Estadão, O Globo, entre os que existiam naquela época e sobrevivem – se somaram à onda ditatorial, fizeram campanha com a Tradição, Família e Propriedade, com o Ibase, com a Embaixada dos EUA, com os setores mais direitistas do país. Apoiaram o golpe e as medidas repressivas brutais e aquelas que caracterizariam, no plano econômico e social à ditadura: intervenção em todos os sindicatos, arrocho salarial, prisão e condenação das lidreanças populares.

Instauraram a lua-de-mel que o grande empresariado nacional e estrangeiro queria: expansão da acumulação de capital centrada no consumo de luxo e na exportação, com arrocho salarial, propiciando os maiores lucros que tiveram os capitalist as no Brasil. A economia e a sociedade brasileira ganharam um rumo nitidamente conservador, elitistas, de exclusão social, de criminalização dos conflitos e das reivindicações democráticas, no marco da Doutrina de Segurança Nacional.

As famílias Frias, Mesquita, Marinho, entre outras, participaram ativamente, no momento mais determinante da história brasileira, do lado da ditadura e não na defesa da democracia. Acobertaram a repressão, seja publicando as versões mentirosas da ditadura sobre a prisão, a tortura, o assassinato dos opositores, como também – no caso da FSP -, emprestando carros da empresa para acobertar ações criminais os órgãos repressivos da ditadura. (O livro de Beatriz Kushnir, “Os cães de guarda”, da Editora Boitempo, relata com detalhes esse episódio e outros do papel da mídia em conivência e apoio à ditadura militar.)

No momento mais importante da história brasileira, a mídia monopolista esteve do lado da ditadura, contra a democracia. Querem agora usar processos feitos pela ditadura militar como se provassem algo contra os que lutaram contra ele e foram presos e torturados. É como se se usassem dados do nazismo sobre judeus, comunistas e ciganos vitimas dos campos de concentração. É como se se usassem dados do fascismo italiano a respeito dos membros da resistência italiana. É como se se usassem dados do fraquismo sobre o comportamento dos republicanos, como Garcia Lorca, presos e seviciados pelo regime. É como se se usasse os processos do governo de Vichy como testemunha contra os resistentes franceses.

Aqueles que participaram do golpe e da ditadura foram agraciados com a anistia feita pela ditadura, para limpar suas responsabilidades. Assim não houve processo contra o empréstimo de viaturas pela FSP à Operação Bandeirantes. O silêncio da família Frias diante da acusações públicas, apoiadas em provas irrefutáveis, é uma confissão de culpa.

Estamos próximos de termos uma presidente mulher, que participou da resistência à ditadura e que foi torturada pelos agentes do regime de terror instaurado no país, com o apoio da mídia monopolista. Parece-lhes insuportável moralmente e de fato o é. A figura de Dilma é para eles uma acusação permanente, pela dignidade que ela representa, pela sua trajetória, pelos valores que ela representa.

Onde estava cada um em 1964? Essa a questão chave para definir quem é quem na democracia brasileira.


Blog do Emir Sader.

101 ANOS DE PURA SABEDORIA

Artido de Oscar Niemeyer - Publicado em 27-Out-2010 - LInk abaixo


"Assusta-nos imaginar uma vitória de Serra" Nosso mestre Oscar Niemeyer, em artigo publicado hoje na coluna Tendências e Debates, da Folha de S. Paulo, com a humildade e a sabedoria de sempre, resume bem o espírito de todos nós diante desta campanha eleitoral: "assusta-nos imaginar o que aconteceria no caso de uma vitória de Serra".

"Seria - adverte Niemeyer - a repetição do que ocorreu no Brasil anteriormente à Presidência de Lula: o governo afastado do povo, alheio ao que se passa na América Latina, indiferente à ameaça que o imperialismo dos EUA representava para os países do nosso continente. Seria o avançar do processo de privatização de grandes empresas nacionais e de empreendimentos de valor estratégico para este país".

Na experiência de quem aos 101 anos, participou de todos os momentos decisivos do país, posicionando-se ao lad o dos progressistas em prol do que mais importa, o bem do nosso povo, o mestre de todos nós afirma que na sua posição de homem de esquerda o que realmente interessa nesta disputa é "defender a permanência das diretrizes fixadas pela gestão de Lula, tão autêntico e patriótico que surpreende o mundo inteiro".

Não deixem de ler seu artigo "O que eu posso dizer".

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2710201008.htm

FELIZ ANIVERSÁRIO PRESIDENTE LULA

CARTA ABERTA DE CARLOS MOURA PARA RICARDO NOBLAT

CARLOS MOURA - Aposentado, fotógrafo, redator de jornal de interior, sócio de uma pequena editora de livros clássicos e coordenador da Ação da Cidadania em Além Paraíba-MG

RICARDO NOBLAT - Jornalista e operário de “O Globo”



Noblat:


Quem é você para decidir pelo Brasil (e pela História) quem é grande ou quem deixa de ser? Quem lhe deu a procuração? O Globo? A Veja? O Estadão? A Folha?

Apresento-me: sou um brasileiro. Não sou do PT, nunca fui. Isso ajuda, porque do contrário você me desclassificaria, jogando-me na lata de lixo como uma bolinha de papel. Sou de sua geração. Nossa diferença é que minha educação formal foi pífia, a sua acadêmica.

Não pude sequer estudar num dos melhores colégios secundários que o Brasil tinha na época (o Colégio de Cataguases, MG, onde eu morava) porque era só para ricos.

Nas cidades pequenas, no início dos sessenta, sequer existiam colégios públicos.

Frequentar uma universidade, como a Católica de Pernambuco em que você se formou, nem utopia era, era um delírio.

Informo só para deixar claro que entre nós existe uma pedra no meio do caminho. Minha origem é tipicamente “brasileira”, da gente cabralina que nasceu falando empedrado. A sua não. Isto não nos torna piores ou melhores do que ninguém, só nos faz diferentes.

A mesma diferença que tem Luis Inácio em relação ao patriciado de anel, abotoadura & mestrado. Patronato que tomou conta da loja desde a época imperial.

O que você e uma vasta geração de serviçais jornalísticos passaram oito anos sem sequer tentar entender é que Lula não pertence à ortodoxia política. Foi o mesmo erro que a esquerda cometeu quando ele apareceu como líder sindical.

Vamos dizer que esta equipe furiosa, sustentada por quatro famílias que formam o oligopólio da informação no eixo Rio-S.Paulo – uma delas, a do Globo, controlando também a maior rede de TV do país – não esteja movida pelo rancor.

Coisa natural quando um feudo começa a dividir com o resto da nação as malas repletas de cédulas alopradas que a União lhe entrega em forma de publicidade. Daí a ira natural, pois aqui em Minas se diz que homem só briga por duas coisas: barra de saia ou barra de ouro.

O que me espanta é que, movidos pela repulsa, tenham deixado de perceber que o brasileiro não é dançarino de valsa, é passista de samba. O patuá que vocês querem enfiar em Lula é o do negrinho do pastoreio, obrigado a abaixar a cabeça quando ameaçado pelo relho.

O sotaque que vocês gostam é o nhém-nhém-nhém grã-fino de FHC, o da simulação, da dissimulação, da bata paramentada por láureas universitárias. Não importa se o conteúdo é grosseiro, inoportuno ou hipócrita (“esqueçam o que eu escrevi”, “ tenho um pé na senzala” “o resultado foi um trabalho de Deus”). O que vale é a forma, o estilo envernizado.

As pessoas com quem converso não falam assim – falam como Lula. Elas também xingam quando são injustiçadas. Elas gritam quando não são ouvidas, esperneiam quando querem lhe tapar a boca.

A uma imprensa desacostumada ao direito de resposta e viciada em montar manchetes falsas e armações ilimitadas (seu jornal chegou ao ponto de, há poucos dias, “manchetar” a “queda” de Dilma nas pesquisas, quando ela saiu do primeiro turno com 47% e já entrou no segundo com 53%, ficou impossível falar com candura.

Ao operário no poder vocês exigem a “liturgia” do cargo. Ao togado basta o cinismo.

Se houve erro nas falas de Lula isto não o faz menor, como você disse, imitando o Aécio.

Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História. E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV.

Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a “matança de criancinhas”, enfiando o manto de Herodes em Dilma.

Esse cambapé de uma candidata a primeira dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais. Ela é “acadêmica”.

A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir “caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade”.

Você não vai “decidir” que Lula ficou menor, não.

A História não está sendo mais escrita só por essa súcia de jornais e televisões à qual você pertence.

Há centenas de pessoas que, de graça, sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado, a face oculta da lua.

Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros.

Carlos Torres Moura
Além Paraíba-MG

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Serra e a “privatização” do petróleo pelo PT

PARA ENTENDEREM MELHOR E REPASSAREM






A estratégia de Serra para fugir à pecha de privatista é a de tentar confundir o eleitor acusando a adversária de ter “privatizado” áreas de exploração de petróleo. Mente e confunde tanto que até o jornal que o apóia explicitamente, o Estadão, viu “esquizofrenia” em seu discurso sobre Dilma ser mais privatista do que ele.


O menos ético – ou mais antiético – no discurso tucano é a acusação ao governo Lula de ter privatizado alguma coisa, no que diz respeito a jazidas de petróleo. Isso porque o marco regulatório vigente até a descoberta do pré-sal – e que o governo atual, por respeito aos contratos, teve que manter – foi criado pelo PSDB.


Fernando Henrique Cardoso, quando presidente, propôs e sancionou a Lei do Petróleo, uma lei ordinária que revogou a Lei N° 2004 e, assim, acabou com o monopólio estatal do petróleo no Brasil e criou o modelo de concessão, que o governo Lula rejeita para a exploração do pré-sal.


Faz-se necessário explicar à sociedade por que o regime de concessão até poderia ter alguma lógica quando foi criado e por que não pode ser mantido para o pré-sal. Além disso, há que explicar que a “privatização” de que Serra acusa Dilma decorre do modelo criado pelo governo que o tucano integrou.


O regime de concessão foi implantado no Brasil em 1997. Àquela época, o preço do barril do petróleo era de US$19, pouco atraente para investidores. E como o país já estava sufocado pela crise cambial que explodiria dois anos depois (1999)e a Petrobras, conseqüentemente, estava descapitalizada – apesar de que o governo vendera 30% das ações da empresa por um valor irrisório, US$5 bilhões –, houve que recorrer a modelo que vigeu até há pouco no Brasil.


Sem dinheiro para explorar petróleo, com o país fortemente dependente de importações da commoditie em um momento em que já praticamente não tínhamos mais reservas em dólares que não fossem emprestadas pelo FMI, pelos EUA ou pelo Clube de Paris, foi necessário criar o regime de concessão.


Para simplificar – e é necessário fazê-lo, porque as explicações de Dilma sobre o assunto têm sido muito tecnocráticas, do que Serra tem se aproveitado –, basta dizer que, no regime de concessão de campos de petróleo, a empresa assume o risco de não encontrar petróleo algum naquela área. Mas se localiza, fica com a parte do leão e paga somente uma “comissão” ao Estado, ou seja, ao povo.


O governo Lula tratou de capitalizar a Petrobrás e de investir pesadamente em pesquisa, o que redundou na descoberta do pré-sal. Como os campos de petróleo descobertos no litoral entre Espírito Santo e Santa Catarina já foram confirmados, explorar petróleo ali representa risco bastante reduzido, para não dizer inexistente.


Nesse momento, o governo Lula propõe ao Congresso que seja mudado o marco regulatório (as leis sobre permissão a empresas privadas para extraírem petróleo) de concessão para partilha, modelo que melhor se adequaria à quase inexistência de risco nos campos do pré-sal.


Como é desprezível o risco de não se obter petróleo nos campos a serem entregues à iniciativa privada – o que terá que ser feito porque nenhuma empresa petrolífera, nem a gigante Petrobrás, tem capacidade de explorar sozinha área tão extensa – não é possível que as empresas privadas – praticamente todas multinacionais – fiquem com parte tão grande do que extraírem do subsolo brasileiro.


No regime de partilha, inverte-se a equação. Em vez de as empresas privadas ficarem com a parte do leão e darem uma comissão ao Estado, é este que fica com o grosso do petróleo extraído e paga uma comissão à empresa extratora pelo serviço prestado.


Enquanto Serra acusa o governo Lula de ter privatizado alguma coisa, seu partido e seus aliados no Congresso lutam para entregar o pré-sal às empresas privadas no regime criado por FHC, o regime de concessão, o que seria uma barbaridade porque não terão custos de prospecção.


É extremamente difícil explicar tudo isto em uma resposta de dois minutos. Serra sabe disso e se aproveita do fato para tentar confundir o eleitorado. Apesar da percepção da sociedade de que privatista é o PSDB, e de o discurso de Serra, como saiu no Estadão, estar parecendo “esquizofrênico”, a estratégia tucana confunde, em alguma medida.


FONTE: http://www.blogcidadania.com.br/2010/10/serra-e-a-%e2%80%9cprivatizacao%e2%80%9d-do-petroleo-pelo-pt/

CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Por Theotonio dos Santos


Meu caro Fernando



Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete comtudo este debate teórico. Esta carta assiada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).

Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.

O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartir com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.

No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?

Conclusões: O plano real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.

E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. UM GOVERNO QUE CHEGOU A PAGAR 50% AO ANO DE JUROS POR SEUS TÍTULOS, PARA EM SEGUIDA DEPOSITAR OS INVESTIMENTOS VINDOS DO EXTERIOR EM MOEDA FORTE A JUROS NORMAIS DE 3 A 4%, NÃO PODE FUGIR DO FATO DE QUE CRIOU UMA DÍVIDA COLOSSAL SÓ PARA ATRAIR CAPITAIS DO EXTERIOR PARA COBRIR OS DÉFICITS COMERCIAIS COLOSSAIS GERADOS POR UMA MOEDA SOBREVALORIZADA QUE IMPEDIA A EXPORTAÇÃO, AGRAVADA AINDA MAIS PELOS JUROS ABSURDOS QUE PAGAVA PARA COBRIR O DÉFICIT QUE GERAVA. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. VERGONHA FERNANDO. MUITA VERGONHA. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identifica com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.

Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.

Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este pais.

Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso faze-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.

Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.

Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.

Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço



Theotonio Dos Santos



thdossantos@terra.com.br , / theotoniodossantos.blogspot.com /

Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


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Aos que não tiveram acesso à carta de Fernando Henrique segue abaixo seu conteúdo.


CARTA ABERTA DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO A LULA / PT

SEM MEDO DO PASSADO


Por Fernando Henrique Cardoso

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo?

Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal.

Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010.
“Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”. (José Eduardo Dutra)

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.
Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.
Fernando Henrique Cardoso

sábado, 23 de outubro de 2010

O QUE É A NEUTRALIDADE DE MARINA?

Ela é a Bláblárina, como já foi muito bem adjetivada, fala, fala e não diz nada. Não sei se ela é uma “inocente útil” ou é já é uma vendida

Do ponto de vista ADMINISTRATIVO, todo aquele que se propõe a ser gestor tem que tomar decisões e diz-se que “é preferível errar por ação do que por omissão”.


Do ponto de vista RELIGIOSO, a Parábola dos Talentos exemplifica e tipifica a atitude de “neutralidade” da Marina como está citado em Mateus 25:18 - “Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor”.

Ou seja, aquele homem pensou que enterrando o talento recebido, ficaria neutro e não precisaria nem se desculpar em relação a seu senhor.

Ele entenderia sua preferência pela neutralidade e não cobraria dele o não uso do talento, afinal, era só um, e não faria falta a seu senhor.

Mas neutralidade, "murismo", indecisão são coisas que estão fora do dicionário divino.

Quem assim procede, mais cedo ou mais tarde irá atrair para si a ira do Senhor.


E por último o ponto de vista POÉTICO, muito bem descrito na música Menino, de Milton Nascimento e muito bem interpretada por Elis Regina, em homenagem ao estudante Edson Luis assassinado em 1968 no restaurante Calabouço.

Para você, Marina, deixo parte dos versos:

“Quem cala sobre teu corpo
Consente na tua morte
Talhada a ferro e fogo
Nas profundezas do corte
Que a bala riscou no peito
Quem cala morre contigo
Mais morto que estás agora...”


FICA PRA SEMPRE EM CIMA DO MURO MARINA E VÊ SE NOS ESQUECE COVARDE!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

NÃO DEVEMOS CONTAR COM O OVO NA CLOACA DA PERUA

O resultado da pesquisa DATAFOLHA – 50% x 40% - me parece oportuno demais, creio que a comunidade demo-tucana-piguiana pode estar querendo jogar água na fervura e incentivar o “já ganhou” para enfraquecer a eterna conquista de votos até o dia da eleição.

Não devemos nos iludir porque ELEIÇÃO SE GANHA NO VOTO e principalmente se ganha NAS URNAS E NO DIA DA ELEIÇÃO!

Depois do sucedido em São Paulo na apuração dos votos para SENADOR, eu fiquei com uma pulga atrás da orelha. Terá sido possível que todos os institutos de pesquisa não conseguiram identificar corretamente as tendências? Como foi possível o Aloysio Nunes saltar de 3º colocado nas intenções de voto para 1º colocado ao final da apuração?

Vou misturar vários ditados: Gato escaldado tem medo de água fria + Precaução e caldo de galinha não fazem mal a ninguém + O preço da liberdade é a eterna vigilância + Quem com “esforço e choro” semeia com risos colherá.

VAMOS SENTAR A PÚA NO 13 PARA FAZER A COBRA FUMAR NO DIA 31!

OS DEZ DIAS QUE ABALARÃO O BRASIL

Proponho a todos uma leitura com uma análise extrapolativa do meu texto.

GILBERTO


Nesta reta final da campanha já dá para antever como serão os últimos dez dias que antecederão a eleição.

Não tenho dúvida nenhuma que até a CIA (Central de Inteligência Americana) está à serviço da equipe demo-tucana-piguiana.
Leiam:
http://correiodobrasil.com.br/fundacao-denuncia-esquema-golpista-patrocinado-pela-cia-no-brasil/187036/

Pelo ocorrido ontem em Campo Grande –RJ, quando o Serra Mente Mais forjou um mal estar devido a um ataque com bolinhas de papel, podemos também imaginar o que vem mais nos próximos dias.
Vejam:
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/multi/?hashId=sbt-exclusivo-video-mostra-momento-em-que-serra-e-atingido-040219396CC08993C6&mediaId=6910692

Não descarto nem a realização de uma Marcha de Serra com Deus e pela Liberdade, nos moldes de 1964, como já foi comentado até.

Os jovens não tem memória do que ocorreu e nem foram educados para pensar e formar uma opinião crítica, muitos deles foram deixados para serem educados alienadamente pela TV GLOBO, que substituiu os pais, e também pelos vídeos-game que introduziram uma verdade virtual em suas cabeças.

Nos somos historicamente o país do futebol e do carnaval, a parcela da sociedade que é ativa politicamente não é muito significativa ao ponto de promover atos de protesto como os que estão ocorrendo em toda a Europa, em especial agora na França e que no fundo é um repúdio ao pensamento neo-liberal. Analisem e formem opinião.

Temo também pela SEGURANÇA E SIGILO DAS URNAS ELETRÔNICAS, pois quando eles querem invadem até o sistema dos computadores do PENTÁGONO, o mais protegido do mundo. O que pensar então das “nossas seguras urnas?”

Quando deixo a blogosfera sinto um baque com a realidade das ruas, apesar de aqui em Pernambuco sentir um sentimento DILMISTA de voto, mas não de consciência política e de politização do povo.

NÃO PODEMOS DEIXAR O SONHO MORRER E NEM A ESPERANÇA ACABAR!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

EU VOTO NA DILMA – Padre Savério Paolillo

O Padre Xavie Paolillo (Savério Paolillo) é Coordenador da Pastoral do Menor no estado do Espírito Santo e representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos.
Ganhador do Prêmio Direitos Humanos na categoria personalidade, no ano 2005.



Só pelo fato de saber que a Folha de São Paulo, o Estadão, Veja e a Globo estão contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato se saber que meios de comunicação que nunca comungaram com os valores cristãos e as causas populares estão contra Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que os porta vozes da ideologia neoliberal comprometidos com a deformação da opinião pública estão contra Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que “funcionários de culto” que usam e abusam do nome de Deus para encobrir os seus perversos negócios são contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que grupos religiosos que aproveitam de seus cultos para anestesiar a consciência do povo são contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que movimentos espiritualistas que esvaziam o cristianismo de sua força libertadora são contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que as igrejas que disputam poder são contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que as oligarquias brasileiras que rapinam as riquezas do Brasil sem se preocupar com a devastação das suas belezas naturais são contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que os defensores do latifúndio que saquearam as terras dos povos indígenas e dos remanescentes quilombolas e os empurraram para as periferias são contra Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que os empresários que constroem suas riquezas às custas da exploração do suor e do sangue dos trabalhadores são contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que “os cabra macho” que gostam de bater em mulher, são contra a Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que os poderosos que gostam de mandar e desmandar sem a participação popular e o controle social são contra Dilma, eu voto nela.

Só pelo fato de saber que um bando de fariseus que sempre fez pouco caso da vida e agora levanta a bandeira da defesa da vida só por oportunismo são contra a Dilma, eu voto nela.

Voto na Dilma porque defendo e promovo a vida em todas as suas fases e em todas as suas manifestações.

Voto na Dilma porque quero que a todo ser humano seja garantido não só o direito a nascer, mas também a viver com dignidade.

Voto na Dilma porque sonho com um Brasil justo e solidário.

Voto na Dima porque acredito no protagonismo dos pobres e dos movimentos sociais.

Voto na Dilma porque quero um governo democrático que garanta a participação popular e o controle social.

Voto na Dilma porque quero que todo brasileiro seja reconhecido como sujeito de direitos.

Voto na Dilma porque sou cristão e como tal tenho o dever de optar pelos pobres e de somar forças com todos aqueles que trabalham na construção de um mundo mais justo e mais fraterno.


ASSINADO: Um religioso a pedido de várias pessoas que participam das comunidades onde presta serviço.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CONTINUO DESAFIANDO TUCANOS/TRAIDORES A DESMENTIREM

A VENDA DO BRASIL – A GLOBO ESTÁ NO MEIO

Laerte Braga

(continuo desafiando tucanos traidores a desmentirem uma linha do que estou escrevendo)


O agente estrangeiro que organizou o evento em Foz do Iguaçu, Hotel das Cataratas, onde FHC está acertando a venda da PETROBRAS, de ITAIPU e do BANCO DO BRASIL é RAFHAEL EKCMANN, que no momento ocupa o cargo de COMMERCIAL MANAGER da GLOBOSAT (serviços financeiros).

A GLOBO está no meio, é sócia do grupo MURDOCH na GLOBOSAT.

E enquanto isso José FHC Serra vai mentindo e distraindo o povo brasileiro. FHC comete a traição pelas costas e seu pupilo mente na REDE TEVÊ. O ex-presidente continua falando aos investidores no jantar no Hotel das Cataratas.

É um fato grave, um ato de traição.

A propósito disso não custa lembrar que em 2002 o então presidente FHC mandou o BNDES dar à GLOBO 250 milhões de dólares numa assembléia de aumento de capital da GLOBOSAT, além de encaminhar ao Congresso a proposta de participação de capital estrangeiro em empresas de rádio e televisão, como parte do acordo para que a rede apoiasse José FHC Serra.

Estão de volta os bandidos. Tentando tomar o Brasil a qualquer custo.

Mais nomes de participantes do evento, as notícias chegam a conta gotas, pois os traidores montaram um esquema de segurança para evitar que a venda do Brasil possa ser testemunhada por cidadãos decentes.

Aí vão:

Raphael Ekmann

Alice Handy

Keith Johnson

Anjum Hussain, CFA, CAIA

domingo, 17 de outubro de 2010

DESAFIO QUALQUER TUCANO OU ALIADO A DESMENTIR OS FATOS ABAIXO

FHC ESTÁ ACERTANDO A VENDA DO BRASIL EM FOZ DO IGUAÇU

Laerte Braga

(DESAFIO QUALQUER TUCANO OU ALIADO A DESMENTIR OS FATOS ABAIXO. A VENDA DO BRASIL PELAS COSTAS DO POVO BRASILEIRO – SÃO CORRUPTOS E TRAIDORES)


Neste momento que escrevo, domingo, 21h31m, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está falando, em inglês, para 150 investidores estrangeiros no Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu.

O evento é fechado, a fala de FHC está se dando em um jantar e o assunto é a privatização da PETROBRAS, de ITAIPU e do BANCO DO BRASIL, além de outras “oportunidades” de negócios no Brasil.

FHC está assumindo com os empresários o compromisso de venda dessas empresas em nome de José FHC Serra.

A idéia inicial dos organizadores de realizar o evento no Hotel Internacional foi afastada para evitar presença de jornalistas.

Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito.

E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef.

Segundo FHC disse a esses empresários logo após ser apresentado pelo organizador do evento, “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas”.

Para o ex-presidente é fundamental a participação desses grupos na reta final de campanha. A avaliação de FHC é que a campanha de Dilma sofreu um golpe com a introdução do tema religioso (o que foi deliberado pelos tucanos para desviar a atenção das pessoas dos reais objetivos do candidato José FHC Serra). É preciso, na concepção do ex-presidente arrematar o processo derrotando a candidata e impedindo-a de respirar nessa reta final.

O acordo com empresários internacionais em Foz do Iguaçu envolve a instalação de uma base militar norte-americana na região, desejo antigo dos governos dos Estados Unidos.

O corretor da venda do Brasil, FHC, com toda certeza, está acertando também a comissão (propina) a ser paga caso o negócio venha a se concretizar, ou seja, a eleição de José FHC Serra.

Para o ex-presidente também não há grandes problemas com a mídia privada “sob nosso controle”, mas é preciso evitar a divulgação de notícias mesmo que sejam pequenas ou de pequenos fatos e que possam prejudicar o projeto de venda do Brasil.

Esse tipo de evento, essa fala de FHC é característica da fala de agente estrangeiro e mostra a desfaçatez tucana em relação ao Brasil e aos brasileiros.

No mesmo momento em que o corrupto e venal José FHC Serra debate com Dilma Roussef na REDE TEVÊ e fala sobre trololós petistas, FHC, seu mentor e principal corretor de vendas de empresas públicas brasileiras, negocia traiçoeiramente a entrega de patrimônio público a esses investidores.

É a opção que os brasileiros temos diante de nós.

Ou caímos de quatro e abrimos mão de nossa soberania ou resistimos e rejeitamos a quadrilha tucana.

Desafio qualquer tucano, qualquer DEM, qualquer pilantra tipo Roberto Freire, quem quer que seja, a desmentir esse fato. O evento em FOZ DO IGUAÇU e sua natureza, a venda do BRASIL!

sábado, 16 de outubro de 2010

DEPOIMENTO DE UM CIDADÃO

“Qualquer cidadão eleitor brasileiro tem o direito sagrado para escolher agora no segundo turno, se quer votar em Serra ou na Dilma.

Ainda bem que vivemos numa democracia, onde podemos escolher em quem votar. E o melhor, o voto é secreto.

Diante da urna eletrônica, está você, a urna e a sua consciência. Também o futuro seu e dos seus familiares.

Por isso, peço licença para passar para os senhores algumas informações que julgo importante para a sua reflexão.

Quando o PSDB de Fernando Henrique e José Serra governou o Brasil, receberam como dívida pública, cerca de 38 % do PIB.

Toda esta dívida foi gerada ao longo dos quinhentos anos de fundação do país. Agora pasmem o que vou escrever agora.

Somente nos oito anos de governo de FHC e Serra, eles elevaram essa dívida para 78 % do PIB.
E olhem que para o Brasil chegar ao patamar de 38 %, criou a PETROBRÁS, ELETROBRÁS, ESTRADAS, TELEBRÁS, ESTRADAS DE FERRO FEDERAIS, CSN, VALE DO RIO DOCE, ETC.

No governo dos tucanos, eles venderam quase tudo e ainda ao invés de reduzirem essas taxas da dívida, eles aumentaram.

A grande pergunta é:
Para onde foi parar o dinheiro das privatizações?

Certa vez, a Rede Globo perguntou ao então candidato ao governo de São Paulo, José Serra sobre a educação em São Paulo.
Ele respondeu que devido aos nordestinos, a educação paulista era ruim.

Mais outra do Serra:
Ele diz que é formado em Engenharia e Economia. Engenharia pela Escola Politécnica de São Paulo e Mestrado pela Escola Latina do Chile.

Todas as duas informações são mentirosas. Ele não concluiu nenhuma das duas.

É esse o homem sério que agora quer consertar o país, depois do Lula?

Informo que voto em Dilma por tudo que o Lula fez pelo nosso país.

Não sou petista. como não tenho a Rede Globo para divulgar isso, utilizo o meu blog para que uma dúzia de leitores possa multiplicar informações e abrir os olhos de algumas pessoas”.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O VERDADEIRO PAPEL DE UM JORNAL e de um Jornalista

15/10/2010 16:09

Por Gilberto de Souza – do Rio de Janeiro


Ao divulgar o desabafo da coreógrafa Sheila Ribeiro, artista em dança contemporânea, novas mídias, publicidade e cinema, casada com o antropólogo Massimo Canevacci Ribeiro, mas antes de tudo, uma brasileira, uma eleitora, o Correio do Brasil cumpre com o seu papel de contribuir com a sociedade deste país na superação de um tabu, como é a questão do aborto. Ao perceber a justa indignação desta cidadã, diante da mudança diametral entre o que disse sua ex-professora Monica Serra, em dois momentos da vida, coube ao CdB dar voz à informação, checada e confirmada de forma cabal junto às colegas da então estudante da Unicamp, onde a mulher do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, lecionou por vários anos. Diante dos fatos, este diário não teve dúvidas em ampliar o debate sobre a hipocrisia, essa mesma hipocrisia que alimenta os radicalismos e fortalece apenas aos obscurantistas.

O Correio do Brasil é um jornal independente, com circulação nas versões eletrônica e impressa para assinantes de todo o país, que há mais de uma década chega todos os dias aos seus leitores com o retrato da realidade brasileira, sem se importar se esta agrada a gregos ou a troianos. Acreditamos que liberdade de imprensa é o pleno exercício do direito de informar, com responsabilidade e coragem. Nós nos pautamos apenas pela verdade dos fatos, contra a qual não cabem argumentos ou quaisquer subterfúgios utilizados para proteger esta ou aquela personagem da história.

Perante o CdB, todos os brasileiros são iguais.

Gilberto de Souza é jornalista, editor-chefe do Correio do Brasil

http://correiodobrasil.com.br/

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SERRA ENTROU POBRE E SAIU RICO DO GOVERNO MONTORO

Laerte Braga


O ministro aposentado do STM – SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR – Flávio Bierrenbach, nomeado por FHC em 1999, na campanha eleitoral de 1988, quando José FHC Serra era candidato a prefeito de São Paulo, disse num programa eleitoral do antigo PFL que o tucano era corrupto, que havia entrado pobre e saído rico do governo de Franco Montoro (foi secretário de estado de Montoro).

A acusação de Bierrenbach foi ao ar para toda a cidade de São Paulo, reproduzida pela mídia e José FHC Serra ingressou em juízo com um processo contra o ex-amigo (foi a primeira mão que apertou quando chegou do exílio). Bierrenbach confirmou em juízo todas as denúncias e alegou exceção da verdade, figura jurídica que avocava o direito de provar que José FHC Serra entrou pobre e saiu rico do governo Montoro.

A revista CARTA CAPITAL cita na íntegra as declarações do ministro do STM.

José Serra entrou pobre na Secretaria de Planejamento do Governo Montoro e saiu rico... Ele usa o poder de forma cruel, corrupta e prepotente. Poucos o conhecem. Engana muita gente. Chama-se José Serra. Fez uma campanha para deputado federal miliardária. Prejudicou a muitos de seus companheiros”

E comparou-o a Paulo Maluf.

“Esses homens têm algo em comum. Uma ambição sem limites, uma sede de poder sem nenhum freio. E pelo poder são capazes de tudo”.

O processo movido por José FHC Serra contra Bierrenbach, por calúnia, injúria e difamação, correu na 2ª Zona Eleitoral e diante do juiz Walter Maierovitch o ministro Bierrenbach sustentou todas as acusações, repetiu-as e afirmou que iria prová-las. O juiz aceitou sua solicitação e o advogado de José FHC Serra pediu então que o processo fosse reduzido a injúria, o que não comporta em comprovação de ser verdadeiro o que se afirmou.

Como faz sempre que o tema não lhe apetece. Não responde, foge do assunto, irrita-se e ofende jornalistas.

A partir da confirmação das denúncias feitas pelo ministro Bierrenbach o então deputado José FHC Serra passou a usar expedientes jurídicos para evitar que o processo seguisse seu curso normal até que prescrevesse.

O jornal FOLHA DE SÃO PAULO (editado por um grupo corrupto e ligado à ditadura militar) tem conhecimento do fato, já que em 2002 publicou uma nota em que afirmava que o então candidato a presidente Ciro Gomes iria usar as imagens de Bierrenbach em seu programa eleitoral.

Hoje, no bolso de José FHC Serra, imprensa podre, a FOLHA sequer toca no assunto.

O programa eleitoral em que Flávio Bierrenbach faz as acusações a José FHC Serra foi ar em 28 e 29 de outubro de 1988.

Covarde, José FHC Serra evitou que a peça de defesa de Flávio Bierrenbach fosse levada às últimas conseqüências. O ministro pedia à época uma investigação financeira com levantamento nos gastos, fontes de receita e movimentações financeiras de Serra.

Ao mudar a figura jurídica para injúria, José FHC Serra, corrupto e venal, evitou as provas que seriam apresentadas.

Hoje, ao ser procurado pela revista CARTA CAPITAL para falar sobre o processo o ministro aposentado do STM confirmou a existência do processo, que sumiu no foro de São Paulo pelas mãos de um juiz amigo de Serra e disse textualmente.

“A única possibilidade de conversa civilizada que eu tenho com José Serra é o silêncio”

Para evitar a apresentação das provas José FHC Serra contratou um batalhão de advogados e enfiou a injúria, a calúnia e a difamação no saco, é corrupto e venal, não tinha como provar o contrário, não tem como até hoje, até mandado de segurança impetrou para tentar abafar o caso.

Amoral absoluto. Destituído de caráter, honra, de coragem. Bandido em todos os sentidos.

O juiz de José FHC Serra era Francisco Prado de Oliveira Ribeiro, foi secretário de Habitação do governo de São Paulo e não era juiz de carreira (TRE). Sentou em cima do processo para que José FHC Serra não se visse diante de provas contundentes de banditismo na atividade política.

O alvo de José FHC Serra atualmente, com Itamar Franco carregando sua pasta e um passo atrás, com todos os sapos (genéricos e real sendo digeridos sem problema de caráter) agora é o Brasil e os brasileiros.

No caso do engenheiro que ficou com quatro milhões da campanha, não há com o que se preocupar. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

A bolsa ou a vida. É o revólver que José FHC Serra encosta na cabeça dos brasileiros com suas mentiras e a desfaçatez apoiado pela mídia privada, corrupta igual a ele.

P.S. - Atualmente José Serra é réu em 17 processos, enquanto a Dilma Rousseff em nenhum.

Ex-alunas de Monica Serra confirmam relato sobre aborto



Alunas da então professora de Psicologia do Desenvolvimento aplicada à Dança, no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Monica Serra, confirmaram nesta quinta-feira estar presentes à aula em que a mulher do presidenciável tucano, José Serra, relatou ter sido levada a interromper a gravidez, no quarto mês da concepção. A coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro revelou o fato após o debate realizado domingo, na Rede Bandeirantes de TV, em sua página na rede social Facebook.

Colega de Sheila Ribeiro, a professora de Dança de um instituto federal de Brasília, que preferiu não ter o seu nome citado “por medo do que essa gente pode fazer”, afirmou, lembra que no primeiro semestre de 1992, no segundo período que cursava na Unicamp, o depoimento de Monica Serra a impressionou. Ela estava sentada no chão em uma sala de dança, onde não há móveis e apenas um grande espelho e a barra de exercícios, ao lado das colegas Kátia Figueiredo, que mora atualmente na Suécia, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert e Érika Sitrângulo Brandeburgo, entre outras estudantes, residentes aqui no país.

– Eu confirmo aqui o depoimento da Sheila Ribeiro. Foi aquilo mesmo. A professora Monica Serra nos relatou que havia feito um aborto em um período difícil da vida do casal, durante a ditadura militar. Foi um fato tocante, que marcou a todas nós. Lembro-me que o assunto surgiu quando ela falava sobre a dissociação do corpo e a imagem corporal, que até hoje dirige meu comportamento – disse.

Pressão

Sheila Ribeiro, após o protesto consignado em sua página, disse nesta quinta-feira que, apesar da pressão dos meios de comunicação e de eleitores de todo o país que passaram a visitá-la no Facebook, não se arrepende de ter relatado a sua indignação ao perceber a mudança de atitude da professora que, em 1992, revelava às alunas um episódio marcante na vida de qualquer mulher, como o aborto realizado diante o exílio iminente, ao lado do marido, e a possível primeira-dama que, em uma campanha política, acusa a adversária do casal de “matar criancinhas”.

– Pior do que isso foi o silêncio do Serra, que deveria ter saído em defesa da mulher, fosse qual fosse a situação em que se encontrava ali, diante das câmeras – emendou a ex-aluna de Monica Serra.

Coreógrafa e doutoranda em Comunicação e Semiótica, na PUC de São Paulo, Sheila Ribeiro mora em uma “praia linda” e, apesar de estar no centro de uma discussão que mobiliza o país, faz questão de seguir a sua rotina de estudos e de trabalho.

– Procuro me manter leve. Respiro – diz, emocionada.

Sheila tem recebido, ao lado de agressões de partidários dos dois candidatos, o apoio dos amigos e “mesmo de estranhos que entenderam a minha indignação”, afirma. Das colegas que estavam ao seu lado, na oportunidade em que a mulher do presidenciável tucano optou por revelar um momento difícil da vida, também recebe a solidariedade e o apoio.

– Estou aliviada por ter visto a Sheila questionar toda essa hipocrisia que permeia a sociedade brasileira. Ela foi muito corajosa e só merece nosso aplauso – conclui a colega que, hoje, mora em Brasília e se destaca pelo trabalho também na área da coreografia e da dança.

Sem resposta

Com as novas entrevistas realizadas pelo Correio do Brasil, nesta quinta-feira, a reportagem voltou a procurar o presidenciável tucano na tentativa de ouví-lo acerca dos depoimentos das ex-alunas da mulher dele, Monica Serra. O CdB o procurou, novamente, no Twitter, às 12h41:

“@joseserra_ Senhor candidato. Três outras ex-alunas confirmaram o relato sobre o aborto feito por sua esposa. O sr. poderia repercutir isso?”

Da mesma forma, foram encaminhados e-mails à assessoria de imprensa que, por intermédio de uma das assessoras, acusou o contato do CdB e ponderou que, se até o fechamento desta matéria, às 15h04, não houvesse qualquer resposta do candidato, como de fato não ocorreu, o fato deveria ser interpretado como sua recusa em tocar no assunto, em linha com a decisão tomada durante o debate.

FONTE: http://correiodobrasil.com.br/ex-alunas-de-monica-serra-confirmam-relato-sobre-aborto/186052/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quanta hipocrisia! - MULHER DE SERRA JÁ FEZ UM ABORTO

“Monica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor”, afirma ex-aluna da mulher de presidenciável

O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, na noite desta segunda-feira, Sheila deixa claro que não era partidária de Dilma ou de Serra no primeiro turno: “Votei no Plínio (de Arruda Sampaio)”, declara. Da mesma forma, esclarece ser apenas uma eleitora, com cidadania brasileira e canadense, que repudiou o ambiente de hipocrisia conduzido pelo candidato da aliança de direita, ao criminalizar um procedimento cirúrgico a que milhões de brasileiras são levadas a realizar em algum momento da vida. Sheila, durante a entrevista, lembra que no Canadá este é um serviço prestado em clínicas e hospitais do Estado, como forma de evitar a morte das mulheres que precisam recorrer à medida “drástica e contundente”, como fez questão de frisar.

No texto, intitulado “Respeitemos a dor de Mônica Serra”, Sheila Ribeiro repete a pergunta de Dilma, que ficou sem resposta:

– Se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?


Leia o texto, na íntegra:

“Respeitemos a dor de Mônica Serra

“Meu nome é Sheila Ribeiro e trabalho como artista no Brasil. Sou bailarina e ex-estudante da Unicamp onde fui aluna de Mônica Serra.

“Aqui venho deixar a minha indignação no posicionamento escorregadio de José Serra, que no debate de ontem (domingo), fazia perguntas com o intuito de fazer sua campanha na réplica, não dialogando em nenhum momento com a candidata Dilma Roussef.

“Achei impressionante que o candidato Serra evita tocar no assunto da descriminalização do aborto, evitando assim falar de saúde pública e de respeitar tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Mônica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor.

“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático. Mônica Serra fez um aborto. Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Mônica Serra decidiu abortar, pois que seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável. Aqui está a prova de que o aborto é uma situação terrível, triste, para a mulher e para o casal, e por isso não deve ser crime, pois tantas são as situações complexas que levam uma mulher a passar por essa situação difícil. Ninguém gosta de fazer um aborto, assim como o casal Serra imagino não ter gostado. A educação sobre a contracepção deve ser máxima para que evitemos essa dor para a mulher e para o Estado.

“Assim, repito a pergunta corajosa de minha presidente, Dilma Roussef, que enfrenta a saúde pública cara a cara com ela: se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

“Nesse sentido, devemos prender Mônica Serra caso seu marido seja eleito presidente?

“Pelo Brasil solidário e transparente que quero, sem ameaças, sem desmerecimento da fala do outro, com diálogo e pelo respeito à dor calada de Mônica Serra,

“VOTO DILMA”, registra, em letras maiúsculas, no texto publicado em sua página no Facebook, nesta segunda-feira, às 10h24.

Reflexão

Diante da imediata repercussão de suas palavras, Sheila acrescentou em sua página um comentário no qual afirma ser favorável “à privacidade das pessoas”.

“Inclusive da minha. Quando uma pessoa é um personagem público, ela representa muitas coisas. Escrevi uma reflexão, depois de assistir a um debate televisivo onde a figura simbólica de Mõnica Serra surgiu. Ali uma incongruência: a pessoa que lutou na ditadura e que foi vítima de repressão como mulher (com evento trágico naquele caso, pois que nem sempre o aborto é trágico quando é legalizado e normalizado) versus a mulher que luta contra a descriminalização do aborto com as frases clássicas do “estão matando as criancinhas”. Quem a Mônica Serra estaria escolhendo ser enquanto pessoa simbólica? Se é que tem escolha – foi minha pergunta.

“Muitas pessoas públicas servem-se de suas histórias como bandeiras pelos direitos humanos ou, ainda, ficam quietas quando não querem usá-las. Por isso escrevi ‘respeitemos a dor’. Para mim é: respeitemos que muita gente já lutou pra que o voto existisse e que para que cada um pudesse votar, inclusive nulo; muita monica-serra-pessoa já sofreu no Brasil e em outros países na repressão para que outras mulheres pudessem escolher o que fazer com seus corpos e muitas monicas-serras simbólicas já impediram que o aborto fosse descriminalizado.

“Muitas pessoas já foram lapidadas em praça pública por adultério e muitas outras lutaram pra que a sexualidade de cada um seja algo de direito. A minha questão é: uma pessoa que é lapidada em praça pública não faz campanha pela lapidação, então respeitemos sua dor, algo está errado. Se uma pessoa pública conta em público que foi lapidada, que foi vítima, que foi torturada, que sofreu, por motivos de repressão, esse assunto deve ser respeitadíssimo.

“Vinte por cento da população fazem abortos e esses 20% tem o direito absoluto de ter sua privacidade, no entanto quando decidem mostrar-se publicamente não entendo que estes assimilem-se ao repressor”, acrescentou a ex-aluna de Monica Serra, que teria relatado a experiência, traumática, às alunas da turma de 1992.

Exílio e ditadura

Sheila diz ainda, em seu depoimento, que “muitas pessoas querem ‘explicações” para o fato de ela declarar, publicamente, o que a ex-professora disse às suas alunas na Unicamp.

“Eu sou apenas uma pessoa, uma mulher, uma cidadã que viu um debate e que se assustou, se indignou e colocou seu ponto de vista na internet. Ao ver Dilma dizendo que Mônica falou algo sobre ‘matar criancinhas’, duvidei.

“Duvidei porque fui sua aluna e compartilhei do que ela contou, publicamente (que havia feito um aborto), em sala de aula. Eu me disse que uma pessoa que divide sua dor sobre o aborto, sobre o exílio e sobre a ditadura, não diria nunca uma atrocidade dessas, mesmo sendo da oposição. Essa afirmação de ‘criancinhas assassinadas’ é do nível do ‘comunista come criancinha’. A Mônica Serra é mais classe do que isso (e, aliás, gosto muito dela, apesar do Serra não ser meu candidato).

“Por isso, deixei claro o meu posicionamento que o aborto não pode ser considerado um crime – como não é na Itália, na França e em outros países. Nesse sentido não quero ser usada como uma ‘denunciadora de um ‘delito’. Ao contrário, estou relembrando na internet, aos meus amigos de FB (Facebook), que o aborto é uma questão complexa que envolve a todos e que, como nos países decentes, não pode ser considerado um crime – mas deve ser enfrentado como assunto de saúde.

“O Brasil tem muitos assuntos a serem tratados, vamos tratá-los com o carinho e com a delicadeza que merece.

“Agora volto ao meu trabalho”, conclui Sheila o seu relato na página da rede social.

FONTE: http://correiodobrasil.com.br/monica-serra-ja-fez-um-aborto-e-sou-solidaria-a-sua-dor-afirma-ex-aluna-da-mulher-de-presidenciavel/185824/

SERRA DEFENDE EX-ASSESSOR QUE, UM DIA ANTES, ALEGOU DESCONHECER

VEJAM COMO UMA AMEAÇA CUROU A AMNÉSIA DO SERRA...


Um dia depois de afirmar que não sabia quem era e que nunca ouvira falar em Paulo Preto (Paulo Vieira de Souza, diretor que nomeara para uma importante estatal paulista), o ex-governador e atual candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, não apenas sem lembrou do ex-assessor como também o defendeu de acusações feitas por dirigentes do próprio
PSDB e integrantes do comando da campanha presidencial.

Numa reportagem publicada em agosto pela revista IstoÉ, caciques tucanos acusavam Paulo de sumir com R$ 4 milhões que arrecadara para a campanha de Serra.

Citada pela presidenciável Dilma Rousseff durante o debate da noite de domingo na Rede Bandeirantes, a denúncia dos tucanos não foi respondida imediatamente por Serra.

Na segunda-feira, durante entrevista em Goiânia, o candidato deu a seguinte declaração:

"Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês fiquem perguntando".
Serra disse ainda que não iria gastar horas de um debate nacional discutindo "bobagens".

Ontem, Serra já sabia quem era Paulo Preto. E garantiu que o diretor de Engenharia da Dersa no seu governo não desviou dinheiro da campanha.
“O Paulo Souza não está trabalhando na área de finanças da campanha, não recolheu dinheiro que não chegou à campanha. Eu teria sabido. Se sou o candidato, eu saberia. Isso não aconteceu. Não existiu nenhum desvio. Ele é totalmente inocente”.

Paulo Preto ameaça: “NÃO COMETAM ESSE ERRO”

Entre as duas declarações de Serra – a de que desconhecia Paulo Preto e a de que “ele é totalmente inocente” –, o próprio Paulo Preto resolveu reaparecer.

Em entrevista à Folha de São Paulo, cobrou de Serra que o defenda. "Não somos amigos, mas ele me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder. (...) Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala, consente", reclamou Paulo Preto. E lançou uma espécie de advertência aos companheiros tucanos:
"Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro".

Paulo Preto garantiu à Folha que não arrecadou dinheiro para o PSDB, “mas que criou melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanhas. Isso porque, diz ele, deu a palavra final e fez os pagamentos no prazo às empreiteiras que atuaram nas grandes obras de São Paulo, como o Rodoanel e a ampliação da Marginal” do Tietê.
"Ninguém nesse governo deu condições das empresas apoiarem mais recursos politicamente do que eu".

Ontem, em entrevista ao portal R7, o advogado de Paulo Preto, José Luis Oliveira Lima, afirmou que seu cliente está processando por danos morais, calúnia a difamação os tucanos que o acusaram de ter arrecadado ilegalmente R$ 4 milhões para a campanha de Serra.

Segundo o advogado, os processados são o vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, e o tesoureiro-adjunto do partido, Evandro Lossacco.

FONTE: http://brasiliaconfidencial.inf.br/wp-content/uploads/BsBConfidencial_360_baixa.pdf

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O MERCADOR DO PRÉ-SAL




O uso de qualquer arma pela campanha de José Serra, que está recorrendo à difamação da adversária, Dilma Rousseff, por todos os meios, com todo tipo de acusação, o que inclui até a vida sexual dela, e o espantoso apoio que os maiores jornais, revistas e televisões estão dando à estratégia difamatória, tudo isso não acontece só pela retomada do poder.

Você nunca viu uma campanha eleitoral como esta. Mesmo Fernando Collor de Mello, em 1989, jamais chegou ao ponto de difamar Lula usando homossexualidade ou acusações de que ele matava criancinhas. A campanha de difamação movida contra Dilma é a maior que este país já viu e utilizando “acusações” que em pleno século XXI são espantosas e inéditas.

Tudo isso só para se eleger presidente?

Os livros de história contarão a verdade sobre a campanha mais insidiosa contra uma única pessoa que fora empreendida até então no país. O que leva um único homem a se tornar beneficiário e autor de um processo tão repugnante e a grande imprensa de uma nação com a visibilidade do Brasil se acumpliciar a ele?

O Brasil de 2002 e de 2006 não valia o preço de o candidato da direita e a imprensa conservadora irem tão longe. Não valia porque não existia neste país a riqueza que atualmente é a mais cobiçada da face da Terra, tão cobiçada que fez os Estados Unidos desencadearem uma onda de guerras contra países produtores de petróleo a fim de garantirem para si o abastecimento de um produto que escasseia no mundo e sem o qual esse país invasor poderia parar, literalmente.

É o pré-sal, estúpido. A Petrobrás, sob o governo Lula, tornou-se a quarta empresa mais valiosa do mundo. Um grupo político que consiga viabilizar a entrega dos subsolo brasileiro às petrolíferas multinacionais, exatamente como o governo Fernando Henrique Cardoso fez em 1997, ganhará dinheiro que sobrará aos seus descendentes daqui a mil anos.

As reservas de petróleo encontradas na camada pré-sal do litoral brasileiro estão dentro da área marítima considerada zona econômica exclusiva de nosso país. São reservas com petróleo considerado de média a alta qualidade, segundo a escala API.

O conjunto de campos petrolíferos do pré-sal se estende do litoral dos estados do Espírito Santo até Santa Catarina, com profundidades que variam de 1000 a 2000 metros de lâmina d’água e entre quatro e seis mil metros de profundidade.

Apenas com a descoberta dos três primeiros campos do pré-sal – Tupi, Iara e Parque das Baleias – as reservas brasileiras comprovadas, que eram de 14 bilhões de barris, aumentaram para 33 bilhões de barris. Além destas, existem reservas possíveis e prováveis de 50 a 100 bilhões de barris.

Há estimativas de que o preço do barril do petróleo deve chegar até a 80 dólares no ano que vem. Se tivermos, no limite, 100 bilhões de barris de petróleo enterrados no mar que banha as nossas praias, estaremos falando de OITO TRILHÕES DE DÓLARES.

Só para se ter idéia de quanto dinheiro é, basta dizer que o PIB dos EUA em 2009 foi de 25 trilhões de dólares, pouco mais de um terço do que o Brasil pode ter de petróleo enterrado em seu litoral. Quanto vale a comissão de quem intermediar a venda de uma riqueza desse quilate? 1, 2 ou, quem sabe, até uns estupefacientes 3%?!

Muito dinheiro, não? Quem acha que há homens que matariam a própria mãe por tanta riqueza e poder?

Quem seriam esses homens? Penso que são aqueles que desde que se confirmou a riqueza imensurável que há em nosso subsolo apressaram-se em defender a privatização do subsolo brasileiro que o governo FHC promoveu, sobretudo em 1997 quando vendeu um enorme pedaço da Petrobrás.

As operações de exploração e produção de petróleo foram conduzidas pela Petrobrás de 1954 a 1997. Depois de 40 anos de monopólio da empresa, o trabalho de exploração, produção, refino e transporte do petróleo no Brasil foi permitido a empresas estrangeiras em 1997, quando Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei N° 9.478, que gerou a permissão.

Não é por outra razão que o PSDB e o PFL (agora disfarçado de “democratas”) propõem o regime de concessão para exploração do pré-sal enquanto que o governo Lula defende o regime de partilha.

No regime de concessão, que os tucanos implantaram no Brasil em 1997, a multinacional ganhará aquele pedaço do subsolo brasileiro para explorar e será a dona do que ali encontrar. Já no sistema do governo Lula, de partilha, tudo que for encontrado será do povo brasileiro e a quem extrair o petróleo caberá, simplificando, uma comissão pelo trabalho.

Essa riqueza toda pode dar ao país educação e saúde públicas de alta qualidade, por exemplo. Estradas, segurança, infra-estrutura… O pré-sal é o passaporte do Brasil e do seu povo para o Primeiro Mundo. Não lhe parece bom demais para ser verdade, leitor?

Sim, como você intuiu, há um problema. Para variar, os piratas da nação, os autores da mesma privataria que, por exemplo, vendeu o subsolo brasileiro ao privatizar a Vale, agora querem vender a Petrobrás. Por isso, não existe limite para o que o PSDB, o PFL, a Globo, a Folha, a Veja e o Estadão poderão fazer para eleger José Serra.


http://www.blogcidadania.com.br/2010/10/o-mercador-do-pre-sal/

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Carta à Regina - O que foi o regime de opressão dos MILICANALHAS

Cara Regina,


Sobre o Regime de Opressão ao qual o Brasil foi submetido entre 1964 e 1988, em primeiro lugar, tem-se de entendê-lo como um Golpe de Estado que derrubou o Governo Democrático de João Goulart, presidente eleito pelo povo, em 1962, sob a falsa e ardilosa justificativa de que ele implantaria a ditadura no Brasil, ou seja, de que ele estava preparando um golpe de Estado contra o povo brasileiro.

Veja que ardil bem engendrado! - os MILICANALHAS (operadores do golpe) realizaram um GOLPE DE ESTADO, dizendo que era para evitar o mesmo golpe que seria dado pelo Presidente João Goulart, eleito democraticamente, ou seja, já Presidente da República, mascarando suas reais intenções de SUBJUGAR O POVO BRASILEIRO ao dar o nome de "Revolução de 31 de Março" ao seu próprio Golpe de Estado. Para você entender, os militares brasileiros fizerem o mesmo que os militares hondurenhos, recentemente, ao derrubarem o Presidente Zelaya.


Assim, o Brasil vivia uma DEMOCRACIA, quando o comando-mor do IMPERALISMO CAPITALISTA SIONISTA, liderado pelos Estados Unidos da América do Norte, entendeu que era chegada a hora de SUBJUGAR a Nação Brasileira ao seu poder, para SE APROPRIAR DE SUAS RIQUEZAS.

Ou seja, ao invés de fazer uma invasão do Brasil (como fizeram no Vietnã, Afeganistão e Iraque), eles compraram, a peso de ouro, A TRAIÇÃO DE BRASILEIROS integrantes do próprio Governo Federal (políticos da DIREITA REACIONÁRIA) das Forças Armadas (militares), da Mídia (donos de jornais, emissoras de rádios e TV's e revistas) e da Elite (banqueiros e grandes empresários), para eles próprios, BRASILEIROS TRAIDORES, operarem o Golpe de Estado em solo brasileiro, encobrindo, assim, a participação efetiva dos imperalistas/sionistas internacionais.


Em segundo lugar, Regina, há que se deixar claro que a RESISTÊNCIA À DITADURA não gerou nenhum partido político de fato. Os dois únicos partidos políticos que o Governo da Ditadura permitiu que fossem estruturados e atuassem (ARENA e MDB) eram de fachada.

Não havia liberdade de expressão para os políticos desses partidos que ousassem contrariar, de fato, o desejo dos DITADORES/PRESIDENTES/MILICANALHAS de continuar IMPONDO o arbítrio a todos os brasileiros. Se algum político desses partidos se manifestasse contra o governo ditador, seria preso, torturado e assassinado.


A opressão política imposta aos cidadãos nesta fase negra da História do Brasil gerou, sim, da parte de quem teve coragem de peitar os MILICANALHAS de frente, de se posicionar com clareza contra eles, "GRUPOS DE RESISTÊNCIA" que tentaram formar, COMO EM QUALQUER PROCESSO DE GUERRA CONTRA O PODER AUTORITÁRIO, um EXÉRCITO DE REVOLUCIONÁRIOS para enfrentar as Forças Armadas a serviço dessa DITADURA MILICANALHA.


Onde há TOTALITARISMO, regime político de exceção, onde manda um DITADOR (e cada presidente do Brasil, naqueles mais de 20 anos de Regime de Exceção foi, inequivocamente, um DITADOR), não há como lutar contra o governo senão com um grupo armado que peite sua AÇÃO DITATORIAL.


Enfatizando, esses grupos de RESISTÊNCIA À DITADURA não nasceram de partidos políticos, e sim, de MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO formados por trabalhadores, intelectuais, estudantes e artistas, que comungavam da ideologia política inerente ao comunismo e socialismo - ideologia contrária ao domínio da exploração capitalista reinante no mundo, a promotora do golpe de Estado.

PATRIOTAS E CORAJOSOS, esses REVOLUCIONÁRIOS decidiram LUTAR para libertar o Brasil das mãos do domínio político dos MILICANALHAS operadores do golpe empreendido sob a regência do Departamento de Estado dos EUA, mais precisamente, do General Vernon Walters (CIA – Central Inteligency Agency) dos EUA.


O modus operandi desses MILICANALHAS para se manter no poder era o mesmo de qualquer Governo Totalitário: caçar quem se opunha ao regime, estimulando as "denúncias" (muitos cidadãos dedavam outros, muitas vezes, mentindo), investigando aqueles de quem suspeitavam (os que mais apareciam em passeatas de protestos - muitos deles estudantes idealistas), perseguindo esses cidadãos, prendendo, torturando (para que eles denunciassem seus planos e mais pessoas envolvidas no combate ao governo), ASSASSINANDO (pela tortura, na maioria das vezes, noutras pela morte abrupta), e DESOVANDO seus corpos em valas coletivas, ou sumindo com muitos deles até hoje não encontrados nem dignamente enterrados.

Nesse trabalho de prisão de "suspeitos" e desova de corpos, contavam com a ajuda do dono da Folha de São Paulo, que emprestava os carros do jornal para tal serviço sujo.


Outra tática do Governo DITADOR MILICANALHA era desmoralizar, via Mídia Golpista, os REVOLUCIONÁRIOS, que, propositadamente eram denominados "TERRORISTAS" em cartazes espalhados nas grandes cidades, armando e FALSIFICANDO atentados terroristas para incriminá-los.

Um exemplo desse expediente sujo é o atentado a bomba ao Riocentro, que explodiu no colo de um militar antes da hora, denunciando os próprios militares como autores do atentado.


Veja bem, NÃO se faz uma oposição a um governo MILICANALHA sem usar armas. Por isso...


Dado que os GRUPOS DE LIBERTAÇÃO eram clandestinos (OFICIAIS eram as Forças de Opressão - claro! - e por isso todo e qualquer grupo de resistência/luta que se formasse era clandestino, ou seja, tinha de agir na OBSCURIDADE, como os grupos de - “maquis” - resistência que lutaram contra Hitler na França, por exemplo, e também, considerando que esses grupos eram formados por CIVIS (ou seja, pessoas que nunca haviam pegado em armas), dois desafios se apresentavam para os REVOLUCIONÁRIOS:


(1) Arrumar armas; e (2) saber usá-las.


Por isso, os combatentes da opressão política usaram a TÁTICA DE GUERRA de assalto a bancos (mas veja bem, assaltando bancos de banqueiros sionistas FINANCIADORES do GOLPE DE ESTADO MILICANALHA; como se vê, toda ação era de fundo IDEOLÓGICO), para conseguir dinheiro para se manterem - alimentar, morar, fugir etc. (pois abandonaram o trabalho para se dedicarem à luta), e para comprar ARMAS DE FOGO.

Tinham de ter armas de fogo para lutar contra as Forças Armadas - senão como lutar?


Como as Forças de opressão eram infinitamente mais fortes, esses Grupos de Resistência formados por CIDADÃOS REVOLUCIONÁRIOS destreinados e desarmados iam sendo descobertos e, então, seus membros caíam nas mãos da "polícia opressora", e aí eram torturados (por torturadores treinados pela CIA) para revelar planos e denunciar companheiros. Foi então, que os Grupos de Resistência usaram a TÁTICA DE GUERRA DO SEQUESTRO de pessoas importantes, para trocar por prisioneiros/companheiros que caíram nas mãos das Forças opressoras, para salvá-los da morte certa. Por isso, sequestraram dois embaixadores (um americano e outro alemão) e um cônsul japonês.

Numa dessas trocas, um conterrâneo meu e sua esposa conseguiram se salvar (estive com ele faz pouco tempo).


Foi espetacular a ação desses sequestros POLÍTICOS, noticiados pela imprensa como um crime comum, mostrando os presos libertados em troca de um dos embaixadores, partindo para o exílio.



Qual é o PROPOSITAL DESVIRTUAMENTO QUE A TURMA DA DIREITA REACIONÁRIA (do José Serra & Cia) QUER FAZER?


Exatamente esta: classificar os REVOLUCIONÁRIOS membros desses GRUPOS DE RESISTÊNCIA como assaltantes, sequestradores e assassinos comuns, pelos "assaltos a bancos de sionistas" e pelos "sequestros de figuras políticas" que foram OBRIGADOS a fazer, classificando essas AÇÕES DE RESISTÊNCIA como crimes comuns, como se os REVOLUCIONÁRIOS estivessem roubando grana para enriquecer, e não, para comprar armas e terem condições de, num determinado momento, EXPLODIR UMA REVOLUÇÃO ARMADA contra o Governo Opressor defendido pelas Forças MILICANALHAS Nacionais; ou como se estivessem sequestrando pessoas para ficarem ricos (o que era impossível, porque a moeda de troca eram prisioneiros, e não dinheiro); ou como se estivessem matando pessoas, o que, de fato, nunca ocorreu - os REVOLUCIONÁRIOS nunca mataram ninguém.

Quem matou milhares de REVOLUCIONÁRIOS foram os torturadores, policiais e soldados a serviço dos MILICANALHAS. Ocorreu totalmente o contrário.


É esse DESVIRTUAMENTO proposital que INCUTEM na cabeça dos cidadãos MANIPULÁVEIS pela ignorância do assunto ou por SEREM BURROS MESMO.


Portanto, nem Lula, nem Dilma, nem Zé Dirceu, nem Genoíno, nem Jorge Nahas e milhares de outros estudantes, nem Vandré, nem Caetano, nem Gil, nem Chico Buarque (que tiveram de se exilar), nem Anísio Teixeira (o maior educador do Brasil na época, que foi covardemente assassinado pelos MILICANALHAS, que o jogaram num fosso de elevador simulando uma queda, mas com seu corpo NÃO apresentando sinais de morte por impacto), nem o ex-presidente JK (outro assassinado em acidente de carro simulado, por ser LÍDER POLÍTICO CIVIL e representar uma ameaça ao Governo MILICANALHA), nem o presidente deposto João Goulart - o Jango (assassinado no exílio por envenenamento, por ser amado pelo povo - outro Líder Político Civil) foram ou são criminosos porque roubaram bancos ou sequestaram importantes figuras políticas para formar um exército e libertar cidadãos presos pela DITADURA.


Os RESISTENTES REVOLUCIONÁRIOS são HERÓIS NACIONAIS, querendo ou não os MILICANALHAS e os integrantes da DIREITA REACIONÁRIA composta, atualmente, por políticos do PSDB/DEM/PV (+aliados), Grande Mídia e membros da ELITE NACIONAL.


Assim, tanto os REVOLUCIONÁRIOS que morreram na crueldade da tortura (cujas técnicas incluíam desde a agressão física violenta do pau-de-arara, choques elétricos na cabeça e em partes íntimas do corpo e extração de unhas e dentes até os bárbaros estupros), como os que foram assassinados de estalo, por arma de fogo ou por acidente simulado (que era outra tática dos MILICANALHAS para ELIMINAR opositores do regime), como também, OS QUE SOBREVIVERAM, dentre eles a candidata à presidência Dilma Rousseff, são HERÓIS NACIONAIS.


Portanto, uma coisa tem de ficar CLARA: os membros desses Grupos de Resistência (de todos eles) que tentaram fazer uma Revolução Armada contra o Governo de Opressão - Governo TOTALITÁRIO da Ditadura MILICANALHA que MANDOU E DESMANDOU NO BRASIL de 1964 até 1988, que fez do seu povo ESCRAVOS DOMINADOS como fizeram com os negros no tempo da Escravatura, ao contrário do querem fazer acreditar os amantes da OPRESSÃO POLÍTICA, os membros da ELITE PODRE DESSE PAÍS, esses corajosos e altruístas Cidadãos Brasileiros que ousaram enfrentar os DITADORES DO BRASIL e seus TORTURADORES ASSASSINOS (MILICANALHAS), que colocaram suas vidas em risco pela Libertação Política do Povo Brasileiro, são HERÓIS NACIONAIS.


Quanto aos MILICANALHAS e seus TORTURADORES, que membros da Direita Reacionária Golpista Nacional, como o Ministro Gilmar Mendes, impediu, no STF, de serem CONDENADOS E PUNIDOS POR SEUS CRIMES BÁRBAROS, estes, são, na verdade, CRIMINOSOS TRAIDORES DA PÁTRIA BRASILEIRA, que deveriam, no mínimo, sofrer EXECRAÇÃO PÚBLICA pelo mal e roubo ao Povo Brasileiro, praticados em 24 anos de opressão, mas em especial, pela TORTURA praticada contra cidadãos revolucionários indefesos, reconhecida, em todo mundo, como CRIME DE LESA HUMANIDADE.


O que tem de ser feito, URGENTEMENTE, Regina, é escrever a verdadeira História do Brasil, muito embora tenham sido publicados vários livros de presos políticos sobreviventes da tortura, narrando suas dolorosas experiências de REVOLUCIONÁRIOS, e expondo a verdadeira história deste país. O problema é que nossos jovens não têm acesso a estes livros.


É preciso observar, também, que a própria Ditadura ELIMINOU o senso crítico do povo brasileiro, impondo-lhe uma lavagem cerebral nos 24 anos em que ele esteve SOB SEU JUGO. Ou seja, as novas gerações não sabem o que é DITADURA MILICANALHA, nem procuram saber lendo bons livros.

O Governo da Ditadura chamou o Golpe de Estado de "Revolução" e os golpistas de "Revolucionários", quando, na verdade, os REVOLUCIONÁRIOS são os CIVIS que lutaram contra o governo opressor dos MILICANALHAS.


O grande problema é que o povo, em sua maioria, se informa sobre Política lendo e assistindo a matérias jornalísticas dessa mesma Mídia Golpista que, em 1964, foi CÚMPLICE do golpe MILICANALHA e FICOU RIQUÍSSIMA com ele - como é o caso da Rede Globo de Televisão.

E que está o tempo todo, desde que Lula (um trabalhador) assumiu o governo, tentando NOVOS GOLPES DE ESTADO, manipulando o povo contra o governo, pois já que estamos numa DEMOCRACIA, agora, os golpistas não podem mais agir com o autoritarismo de antes.

Então, agem por MANOBRAS de denúncias falsas feitas por meio de MANIPULAÇÃO DAS NOTÍCIAS e FABRICAÇÃO DE ESCÂNDALOS COM BASE EM CALÚNIAS, entendeu?


Essas acusações que faz a IMPRENSA (rádios, jornais e televisões) contra a Dilma, são, antes de tudo, UMA MANOBRA PARA IMPEDIR QUE ELA SEJA ELEITA, OU PARA JUSTIFICAR O GOLPE DE ESTADO CASO ELA SEJA ELEITA.


Quem acredita nelas, ou é DE UMA TOTAL IGNORÂNCIA POLÍTICA ou é da ELITE PODRE QUE DESEJA O GOLPE, POR SER CONIVENTE COM O MASSACRE DO POVO QUE ELES EXPLORAM. O que não é o seu caso, eu sei disso.


Amiga, que bom você ter me dado a oportunidade de escrever mais um texto DIDÁTICO sobre a Ditadura Militar. Se possível, repasse-o para seus amigos.


Bom domingo!



Leila Brito

http://letraporletra.com.br/wordpress/




PS: MILICANALHA = MILItar CANALHA golpista de 1º de abril de 1964. Essa expressão foi acrescentada ao meu texto, com minha autorização, pelo Castor Filho, a quem agradeço a importante colaboração pela avaliação de conteúdo e pela publicação deste texto, agradecimento estendido ao amigo REVOLUCIONÁRIO Vanderley Caixe, que contribuiu com preciosas informações históricas para a composição do conteúdo textual.

http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/10/carta-regina-o-que-foi-o-regime-de.html